sábado, 22 de dezembro de 2012

Insônia

Insônia
Saí à rua
Espantei-me
Com a beleza
Estonteante da Lua
Pareceu-me ver a silhueta
De um corpo de mulher
Estava nua
Rememorei tempos idos
Mirava-te
A desvencilhar-te lentamente
Das abas do teu vestido
Extasiado de desejo
Qual vulcão enfurecido
Qual abelha saciava-me
Do nécta da tua boca
Do beijo sabor de mel
Da mais nobre flor do campo
Sentia-me no paraíso
N'um pedacinho de céu
Quicá ao adormecer
Ao menos venha a sonhar
Nos dois naquele lugar
Nevoa em forma de véu
E uma brisa suave
Novamente nos soprasse
Ao amanhecer do dia
E que envolto em magia
Lentamente eu acordasse
Saciado tal qual antes
Mirasse a vir lá distante
Flutuando tal qual plumas
Você de braços abertos
Com seu sorriso marfim
Correndo de encontro a mim
Como tu fazias antes.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Tente

Tente
Persistentemente
Tente
Vez em quando
Necessário é
Até mesmo
Ser um pouco
Inconsequente.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Luiz Lua Gonzaga 100 anos hoje

Exatamente a cem anos
Lá pras bandas do Sertão
Nascia um menino pobre
N'uma árida região
N'um lugar chamado Exu
N'um casebre pobretão

Da chapada do Araripe
Bem jovem ele saiu
Buscar novos horizontes
Determinado partiu
Para o Rio de Janeiro
Destino lhe conduziu

Cantou e encantou o Mundo
Levando sua mensagem
A saga do nordestino
Da música fez reportagem
Assim sensibilizando
Com sua singela imagem

Com sua sanfona branca
Alegrou muitas gerações
Pobres, ricos, pretos, brancos,
Sem descriminação
Assim logo consagrou-se
O nosso rei do baião

Neste treze de dezembro
Dedico tão breves versos
A sua memória Lula
Que toda gente confesse
Você foi embaixador
Deste sofrido Nordeste.

Até o g o o g l e homenageou seu Lua.


PS: criei as pressas, especialmente para postar na página do Repórter Brasil no face book - por estarem (ao vivo) fazendo um reportagem sobre o nosso rei do baião.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Se misturo


Não sei se isso é ser inconsequente

Mas parte de mim é impulsiva

Outra parte um tanto reticente

Se misturo uma parte n'outra parte

Posso ser um tanto displicente

Talvez nem sempre consistente

Porém, sempre contundente...

Esperança volta


Que cheiro gostoso
De chuva na terra
Alegrando o povo
Dessa região
Tomara oh Deus
Acabe a penuria
E traga fartura
Pra nosso sertão


Se brota o verde
Esperança volta
Vida se renova
Obstinação
Tomara Deus
Chuva venha breve
Abunde alegria
Dentre 'esse povão

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PHILOSOPHIA PULITIQUEIRA

phalsos pudores putrificam pobre puliticagem  perverssa, porém pertinente;

propinável; propositadamente pragmática/ presunçosa/ permissiva/ perniciosa/ prepotente;

pois propinoditos proliferam pelo Pais - populoso/ prospero/ pouco providente;

povo pacato; predominantemente, pacifico / paciente;

peço perdoem-me por pensar: pretos, pobres, puts! Pagam patos.

PS: este post, é a primeira página do meu livro Filosofraseando vol. II, com 40 'dóceis' palavras inciadas pela letra P - de política - 'homenagem' a "putarização" da dita cuja nos últimos tempos, alusão ao adágio popular "todo político calçar 40".

À venda, na Livraria Grafite - Praça João Pessoa - Garanhuns, ou (87) 992202432/ (87) 8101 2948 (87) 8130 3332.

Em tempo: "Ao redor do Sol, existem mistérios absolutamente indecifráveis". (Nieltzsche). Qualquer semelhança com a "politicagem" bem como eleições no Brasil não terá sido mera coincidência. *A frase do filósofo alemão Nieltzsche, não está ao 'pé da letra'.

domingo, 25 de novembro de 2012

O OCASO

Finzinho de tarde

O ocaso inflama

No peito uma chama

Desengano aumenta

U'a  nuvem cinzenta

Sugere quimeras

Dessa longa espera

Prolonga a tormenta

MERA MAGIA

Parque arborizado
Mesa de bar ao relento
Divaga o pensamento
Quem sou já não sei
Relembro que amei
Um dia amei...

Ouço o cantar dos pássaros
Olho para o alto
Borboleta pousa ao lado
Trouxe-me algum recado?
Não sei.
Aliás nada sei

Miro morro abaixo
Vejo um riacho
Parece-me - ainda
Água cristalina

Relembro minhas utopias
Mera magia
E como tudo que é efêmero
O tempo levou

Uma música estridente - letra chula
Quebra a harmonia
Vou-me embora
Mas, voltarei outro dia.

MEGERA

A solidão é o avesso

O ocaso pertinente

O lado outono do ser

A fera dita indomável

É ladra insaciável

Megera inconsequente.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O VENTO

Já que de fato não posso

Divago em pensamento

Pego carona no vento

Viajo além fronteiras

Fico a madrugada inteira

Imaginando pomares

Visito outros lugares

Donde plantei esperança

Ao menos hoje a lembrança

Faz-me flutuar na Lua

E dessa saudade tua

O vento encurta a distância.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

SEM DIREÇÃO

Qual plumas ao vento

Em noite sem Lua

Desapercebido

Costumo passar

Multidões eu vejo

Mas o meu deserto

No meu lugar certo

Costumo ficar

Qual nuvem perdia

No meio da noite

Vagueio sem rumo

Vou sem direção

Qual poeira Cósmica

Quiçá invisível

Alheio a rumores

O meu coração

De que' ainda existe

A tal esperança

Jã não me comove

Quica se renove

Ao menos em parte

No mundo da arte

Vou enveredar

Espero encontrar

N'um vagar constante

Novos horizontes

Possa vislumbrar.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Esperançar a vida

Um ir e vir constante

Esperançar a vida

Percebe-se no semblante

De quem já não tem pressa

Cansado de promessa

Vez em quando se'aflige

Existe, já não vive

Esperançar lhe resta.

DE CARONA NO VENTO

Se ter alma de poeta
É sonhar mesmo acordado
Acredito tenho um pouco
Desse sensível legado
Ou talvez seja somente
Um sonhador iletrado

Brinco juntando palavras
Uma a uma formo versos
Na fonte do sentimento
Da vida narro reversos
Fatos que naturalmente
Nem as paredes confesso
Mas sendo em forma de rima
Digo até frases sem nexo

Divago além fronteiras
Pego carona no vento
As vezes narro verdades
N'outras Apenas invento
Assim engano a mim mesmo
Que quem ler fica na dúvida
Se as bobagens que rabisco
São devaneios ou lamentos.

DESATINOS DOS AMANTES

E daqui vejo a Lua lá no alto
E as estrêlas dançando ao redor dela
É inverno mas parece desconhecem
E bailam tal qual fosse primavera

O cintilar das estrêlas mas parece
Serem lágrimas escorrendo sem cessar
Do lamento solitário de Saturno
Certamente por não encontrar um par

Donde estou o fascínio é deslumbrante
Vislumbrar quão bela é a noite
E na alma sinto como fosse açoite
O porque dos desatinos dos amantes

Ao redor miro nesse instante
Pirilampos reluzindo sobre árvores
Já nem sei se é ao menos razoável
Rotula-los de meros figurantes

Os segredos e mistérios que se sente
Quando o vento assovia na folhagem
Trás à tona no mínimo uma imagem
Que por certo hipnotiza nossa mente.

ANOITECER NA ROÇA

Desde menino q'eu tinha
Mania de olhar pro céu
Ver as nuvens se movendo
Muita vez formando véu
Noutras formando fuguras
E eu divagando ao léu

Quem sabe saudando a noite
A passarada cantava
Com melodias sublimes
Que'a qualquer um encantava
E uma brisa suave
A todos acariciava

Bacuraus e cotovias
Complementavam a orquestra
Os grilos, sapos e rãs
Nos lagos faziam festa
Harmonia era tão grande
Que enfeitava a floresta

Ao amanhecer do dia
Do alto de' um arvoredo
Um gavião fanfarrão
Cantava causando medo
Pois pssarinhos menores
Eram-lhes tal qual brinquedo.

Uns vêm outros vão

Uns vêm outros vão
Uns tem outros não
Na ciranda da vida
Se bem ou mau vivida
Uns sorriem outros choram

Uns vivem na nobreza
Outros na incerteza
Se um dia terão
Um pedaço de chão
Onde plantem seus grãos
Que garantam-lhes o pão
Abundante sobre a mesa

E assim é a vida
Na b o n a n z a ou sofrida
Todos buscam seus sonhos
Ao longo da' estrada
Calmaria e alvoroço
Vale apena o esforço
Na esperança quem sabe
De' encontrarem guarida.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

MARIPOSAS, BACURAUS E COTOVIAS

O silvar do vento
Que parece canto
Sintetiza tanto encanto
Que é difícil descrever

Me faz lembrar do tempo
Das noites enluaradas
À beira daquela estrada
Logo após o entardecer

Bacuraus e cotovias
Iniciam revoadas
Enunciam trovoadas
Clarões dos raios no céu

Borboletas formam véus
Ao redor das lamparinas
Festejam talvez a sina
De saírem dos casulos
Pois lá não existem muros
Q'as privem fazem seus céus

Mariposas também bailam
Voam inponentemente
Pros olhos lindo presente
Que'a Natureza oferece

Faz-nos esquecer o  s t r e s s e
Do agito da cidade
Donde em qualquer idade
Não há quem ouse dizer
Que n'alguma vez na vida
Não foi alvo de maldade.

ME FAZ FALTA

Me faz falta a utopia
Me faz falta a esperança
Os sonhos que antes tinha
Desde os tempos de criança
De um mundo de fantasia
Hoje só resta a lembrança

Me faz falta o pôr do Sol
Se escondendo atrás dos montes
O brilho da Lua-cheia
Divinamente elegante
E uma estrela cadente
Reluzente qual brilhantes

Me faz falta aquele tempo
Quando o ar ainda'era puro
Quado ainda era possível
Colher-se um fruto maduro
Que será da Natureza
Doravante, no futuro

Me faz falta os vedes campos
Os umbuzeiros floridos
A deslumbrante beleza
De um juazeiro esculpido
Pelas abelhas do vale
Fazendo deles abrigos

Me faz falta aquelas tardes
Quando íamos pras campinas
Arrebanhar as galinhas
Cumprimentando as meninas
Antes do anoitecer
Cantando em prosa e em rima

Me faz falta enfim o tempo
Que havia menos ganância
Que o homem era racional
Hoje só resta a lembrança
De uma Natureza sana
Não sei se há esperança.

CHUVAS DE OUTONO

Chuva constante de'outono

Fininha cai mas machuca

Não tal qual fosse torrente

Mas mesmo assim preocupa

Pois com ela vem o frio

E na'alma causa um vazio

Pois quem tirita de frio

Por falta de cobertor

Por está jogada ao léu

Tomara venha do Céu

Quem alente a sua dor

Certamente que são muitos

Os que' inda por aqui

Acreditam que se o'amor

Forte do peito emergir

Aquecerá corações

Melhorará o porvir

Oh Deus faça com que o homem

Não alimente o'egoísmo

Não pense somente em si

Mas pense no coletivo

Do que lhe sobra um pouquinho

Aquece onde for preciso.

Cenas grotescas

Cenas grotescas

Homens contra homens

Uns maltratam outros

Mais que fossem lixo

Quando em sua fúria

Fogem da razão

Agem instintamente

Mais parecem bichos.

VENTO

Vento forte
Vento norte
Que assovia no telhado
Que revira a plantação
Faz um favor z i n pra mim
Pede lá pros querubins
Que afugente a solidão

Vento amigo e camarada
Saiba que confio em ti
Vê se não vais me negar
Se passares pelo mar
Lembra de avisar pra ela
Que' ainda a espero aqui

Vento quando aqui passares
De novo basta soprar
Abrindo a minha janela
Ou zunindo no pomar
Entenderei que trouxestes
Um recado pra me dá

Tomara o tempo não tenha
Apagado da memória
Das noites naquela praia
Onde vivemos a história
De' amor que durou bem pouco
Ela partiu, foi embora

Vento já que perambulas
Sopras em tantos lugares
Te peço em tuas andanças
Quando com ela encontrares
Traze-a de volta pra mim
Fico contente que venhas
Flutuando pelos ares.

Todo vicio é circular

Todo círculo é vicioso

Todo vicio é circular

Assim é o desejo

A vontade de amar

Dá-se volta pelo mundo

Sem se sair do lugar

Se pensa que está doente

Com o peito quase a sangrar

Qual um rio caudaloso

Que vai desaguar no mar

A diferença é que o rio

Tem começo meio e fim

Diferente desse impulso

Que não se afasta de mim

Que machuca e dói na alma

Mas que faz bem mesmo assim

Que faz sonhar acordado

Que faz noites não ter fim

Leva a flutuar nas nuvens

Tamanha alucinação

Faz voar ao infinito

Mesmo sem sair do chão

Um sentimento cortante

Qual um fio de navalha

Mas que eleva o espírito

Seja de nobre ou de rico

Seja de letrado ou de rude

Como num círculo igualmente

Que deixa a todos contentes

Se tem no peito a semente

Deste sentimento nobre.

NEBULOSA

Quando se perde a capacidade de sonhar

Envereda-se para o outono da vida

Bloqueia-se emoções e sentimentos

Fica-se qual barco à deriva em alto mar

Qual folha seca levada ao vento

Qual um pássaro sem rumo a vagar

Desencanto é tormento persistente

Nebulosa insistente a machucar

Torna opaco o que é multi colorido

Deixa a vida um tanto sem sentido

E o único remédio indicado

É tentar conjugar o verbo amar.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

TARDES DE VERÃO

Estava eu envolto em devaneios

Quando do telhado uma fresta insistente

Sem prévio aviso de repente veio

Um raio de sol alegrou-me a mente

Relembrei de quando em tempos idos

Passeávamos nós ao soprar do vento

E a suave brisa acariciava a gente

Sentindo o aroma nos jardins floridos.

A quermesse era nossa diversão

Alegrando a todos que ali passavam.

Do trombone um som suava soava

Alegrando nossas tardes de verão.

De felicidade não sentia o chão

Sonhava acordado a mente divagava

Nada mais em volta eu me interessava

Quando segurava firme a tua mão

Hoje só me resta relembrar do tempo

Teu sorriso franco guardar na memória

Lamentar o adeus o fim daquela história

Das juras de amor daqueles momentos.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Vem

Voaremos além do horizonte

Quem sabe ver de perto o por do sol

Deixando para a noite e seu encanto

Quando ele se esconde atrás do monte.

Vem,

Navegaremos na cauda de um cometa

Vizinhos seremos de uma estrela

Faremos lá na lua um ranchinho

Um abrigo seguro sem fronteira.

Vem,

Partiremos ao romper d’aurora

E uma orquestra um coral de passarinhos

Como que acompanhando nossa história

Saudará a beleza dessa hora.

ALMA VAZIA

Do rosto dela e daquela melodia

Quando cantava eu a acariciava

Doce lembrança que outrora imaginava

Que não passava aquela afazia.

E a brisa fresca meu rosto acariciava

Mim'embalava minha’ alma que alegria.

Quanta ternura que ela me ofertava

Só não me disse que não mais eu a viria.

Ti abraçava ti queria te beijava

Só resta agora minha alma vazia.

Sob a sombra de uma árvore ao meio dia

Na copa dela um pássaro cantava.

Então de repente eu me lembrava.

ENGANEI-ME SIM

Enganei-me sim mas não importa;

Quando te dei a chave dessa porta;

Enganei-me sim!

Mas valeu apena;

Saí desse estado de dormência;

Ou de demência;

Por que viver de aparências?

Enganei a mim, pura evidência!

Um existir sem cores,

A ninguém não satisfaz.

De repente emergiu você:

E sem pedi licença,

Invadiu meu mundo,

Instalou-se de m a n c i n h o:

Minou a minha resistência!!!

domingo, 4 de novembro de 2012

QUE SONHO!

Flutuante
Qual espuma que'esvoaça
Qual a neve
Que enfeita as colinas
Qual a nuvem
E seu enigma indescifravel
Tal qual lagos
De águas cristalinas

Água clara azul turquesa
Areia, prata transparente
Nas árvores flores,
Ouro reluzente
Seus frutos,
Necta digno de nobreza
Que sonho!

BILHÊTE

Já que'eu não posso voar
Pego carona no vento
Pois sei não dá pra' enviar
Através do pensamento
Pra saciar seu desejo
Chego a qualquer momento

Quando ouvir um passarinho
Cantar um canto tristonho
Fui eu que pedí pra ele
Dizer que contigo sonho
E o desejo de te ver
Perto de mim é medonho.


Queria dá um jeitinho
De reservar um cantinho
Na caixa do peito dela
Inda guardo com carinho
Lembrança daqueles dias
Quando estava ao lado dela

Mas o tempo e o destino
Me fez trilhar outra estrada
Outro horizonte tentei
E do meu sonho de menino
Guardo apenas a lembrança
Daquela que tanto amei.

ALENTOS

A chuva é fininha e calma
O frio gélido e intenso
Que o' calor aqueça a alma
Que o' amor seja imenso
Pra aquecer corações
De quem careça de alentos

Um agasalho que' esteja
Guardado não fará falta
Nas ruas há quem precise
Um só que seja lhes basta
Dividir o que nos sobra
Aquecerá à quem falta.

VERSOS QUERUBINS

Observando botões
De rosas no meu jardim
Descobri que são poemas
Escritas por querubins
Sem precisar de palavras
Tal qual se vê nos jasmins

É por tal que borboletas
Beija-flores e outros pássaros
Ficam ziguizagueando
Em torno lá no regaço
Só vislumbrar faz a gente
Esquecer qualquer cansaço

Decidi colher então
Aquela rosa amarela
De beleza indescritível
De' aroma quase canela
E pedí que 'um colibrí
Deixasse lá na capela

De repente ele voltou
Parecia está bem triste
No bico trazia a rosa
Deixou que no chão caísse
Deduzir que o' endereço
Que lhe dei não mais existe

Era' uma cabana pequenina
Entre a serra e as colinas
Rodeada de arvoredos
De beleza que fascina
Mas a' insensatez do homem
Devastou cavando minas.

sábado, 3 de novembro de 2012

DESVAIRADO TEMPO


E nesse rítimo aluscinante
A onde vou chegar não sei
Só sei que corro contra o tempo
Que sem pudor
Meus sonhos desfez

Desvairado e insano
O tempo passa
Levando os nossos sonhos
Na bagagem
Os dissolvendo
Quais fossem fumaça
Pois ele, o tempo
Só leva vantagem

E o tempo
Ah, o tempo
Tempo presente
Passado futuro
Tempo insolente
Talvez obscuro
Que mexe com a gente
Nos deixa inseguros

E o tempo passa
No Universo pulsa
Conduz toda espécie
Cria e recria
Falece a matéria
Pro' outra re-surgir
E no tempo todos
Queremos seguir

Tempo companheiro
Senhor da razão
Tempo aventureiro
Nessa imensidão
Sou eu forasteiro
Tentando entender
O por que no tempo
Pretendo viver

ESPUMAS AO VENTO

Qual as gôtas de orvalho
Nas manhãs de primavera
Qual o brilho do rubí
Qual fosse insana quimera
Assim reluz e fascina
O brilho dos olhos dela

Não sei se'é uma princesa
Ou um anjo querubin
Só sei q'o sorriso dela
Brilha qual fosse marfin
Por onde ela passa
Deixa Um aroma de jasmim

Seu cabelo mais parece
Pluma leve esvoaçante
Como que para aguçar
Meu desejo estonteante
De começar a sonhar
Qual os sonhos dos amantes

Presente da Natureza
Corpo moreno cetim
Sequer preciso tocá-la
Para sentir q'é assim
Quando ela passa deixa
No ar um cheiro carmim

Até mesmo um vendaval
Q'ora por aqui passava
Transformou-se em calmaria
Seu cabelo acariciáva
Tal qual a brisa suave
A sua face tocava.

Breve delírio / N'algum lugar

É delírio imaginar-te nos meus braços

É insano esse meu fantasiar

São quimeras, devaneios desvairados

Sonho acordado teus olhos a me mirar

Desejo torpe utopia inconsequente

Essa semente enraizada no meu peito

Esse teu jeito enfeitiçou-me já faz tempo

Dessa magia afastar-me não tem jeito

n


N'algum lugar
Imagino encontrar-te sorridente
E poder dizer-te frente a frente
Que valeu apena te esperar

Enfrento o mar
Não importa se ondas turbulentas
Pois esse desejo me acalenta
Essa vontade insana de te amar

Poder mirar
Teus olhos castanhos cor de mel
Qual sendo pedacinhos de céu
Então este segredo revelar

Se achas pouco
Capaz sou de escalar montanha
Pois minha vontade é tamanha
Esse desejo insano de te amar


Cheiro jasmim

Qual as gôtas de orvalho
Nas manhãs de primavera
Qual o brilho do rubí
Qual fosse insana quimera
Assim reluz e fascina
O brilho dos olhos dela

Não sei se'é uma princesa
Ou um anjo querubim
Só sei q'o sorriso dela
Brilha qual fosse marfin
Por onde ela passa
Deixa aroma de jasmim

Seu cabelo mais parece
Pluma leve esvoaçante
Como que para aguçar
Meu desejo estonteante
De começar a sonhar
Qual os sonhos dos amantes

Presente da Natureza
Corpo moreno cetim
Sequer preciso tocá-la
Para sentir que'é assim
Quando ela passa deixa
No ar um cheiro carmim

Até mesmo um vendaval
Que' hora por aqui passava
Transformou-se em calmaria
Seu cabelo acariciáva
Tal qual a brisa suave
A sua face tocava

SILÊNCIO

Palavras que as vezes dizes
Até mesmo em teu silêncio
Fazem-me refletir sobre
Aqueles breves momentos
Doce lembrança somente
Que feneceram com o tempo

O teu suspiro traduz
Uma esperança distante
Teu bocejar certamente
O cansaço dos amantes
De esperar por alguém
Que por certo está distante

Discretamente disfarças
O teu vazio aparente
Mas olhando se percebe
O que passa em tua mente
Memórias de doces dias
Que vivestes certamente

Será, ou não?

Inevitavelmente acredito

Que o que tiver de ser será

Ou não?

Talvez sim, talvez não

O que importa é tentar

Se há barreias no caminho

Tentemos ultrapassar

Se não conseguir

Ao menos

Temos do que nos lembrar

Suprima-se

É envolto em sentimento

Que no peito atrofia

Bloqueia-se a auto estima

Suprime-se a ousadia

Abdica-se o melhor

Que é da vida a magia.

Decidi

Que me desculpe o tédio

Descobri um belo antídoto

Ante a melancolia

Cai fora desilusão

Decidi vou mergulhar

No mundo da fantasia.

Mente-se

Cotidianamente mente-se

Diz-se o que não se sente

E assim a vida segue o curso

E incoerentemente

Acredita-se -

Nossa entorpecida mente.

Verso e Reversos

Os versos e reversos das escolhas

Que se faz ouvindo a voz do coração

Muita vez só então a solidão

Traduz os erros

Os equívocos da razão.

Renuncias

Lembrança do que não se teve

Saudade do que não se deve

Renuncias por quem não se atreve

Certeza que um tempo não chegue.

Delírio doce

Que sentimento é esse

Que invade a alma

Que inflama o peito

Que de longe acalma

Um delírio doce

Que dá calafrios

Que não vê perigo

Em caudalosos rios?

Megera

A solidão é o avesso

O ocaso pertinente

O lado outono do ser

A fera dita indomável

É ladra insaciável

Megera inconsequente

Fonte

O sonho sonhado

Não cura ferida

Mas é lenitivo

pras dores de amor

Tal qual fosse fonte

Em meio a desertos

Assim é na vida

De um sonhador.

Estáticas estátuas

Estáticas estátuas

Sem vida têm vida

Assim é na vida

Da vida de quem

Re-surge pra vida

Se a vida de alguém

Cruza seu caminho

Revive também.

Deveras

As ilusões são deveras

Alimento para a alma

Magia que nos envolve

Na tormenta nos acalma

Fantasia-se o impossível

E nossos sonhos embala.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

FELICIDADE

Objetivo almejado

Desejado, cobiçado
   
Onde será que se esconde

A tal senhora
 
Ou senhorita?

Seja uma ou seja outra

Pelos muitos que a buscam

Deduzimos: é bonita.

Quando pensamos nela

Quase sempre

Rebenta no peito

Um sentimento cortante

Afiado qual o fio da navalha

Todavia doce

Qual favos do mais puro mel

Pode ser que se esconda

N'um pequeno paraíso

N'um cantinho impreciso

Um pedacinho de céu

Triste final

Tudo na vida e relativo

Uns nascem pra se dar bem

Outros para ser mendigos

Há quem lute até a morte

Talvez por questão de sorte

Levam uma vida ilibada

Sobrevivem na sarjeta

Lutam não conseguem nada

Mendigando até o pão

Perambulam na estrada

Chegam ao final da vida

Não há quem lhes dê guarida

Quando muito lhes concedem

É sete palmos de chão.

SAUDADE

Qual o fio da navalha
Cortante mas sem ferir
Dá um aperto no peito
Não se vê mas faz sentir
Saudade mexe com a gente
Tal qual  prego no faquir

Sentimento sorrateiro
Chega assim sem avisar
Machuca de vagarzinho
Qual a canção de ninar
Não há forte que resista
Quando ela vem pertinente

Ninguém sabe por que é
Que chega assim de repente
Deve ter suas razões
Pra torturar nossa mente

Saudade é itinerante
Percorre grandes distâncias
Parece não ter idade
Pois brinca feito criança.

SINTESE

Sinceramente,
Sua sagacidade
Selou severamente,
Sistematizando sonhos
Solicitamente sensíveis.

Sinto sintetizar
Sentimento esse suscito,
Simplesmente por ser
Sério tal sentir
Sintetizante, suplício.

ÂMAGO

Já faz tempo

Madrugada adentro

Sempre embarco

Nessa nau desgovernada

É insano

Esse cruel tormento

De minh'alma

De há tanto desvairada

Não devia

Guardar ressentimento

Se fui eu

Quem trilhou por essa estrada

Enganei-me

Ao confundir n'uma paixão

Ter encontrado

A eterna namorada

Minh'alma

De tanto esperançar

Trás no âmago

Um desejo (in) permissível

De um dia

Poder enveredar

Por caminhos

Quiçá inacessíveis.

PURA ILUSÃO

Sobre a lage inacabada

Madrugada

A Lua parece-me

Ao alcance da mão

Pura ilusão

Acalanto em meu silêncio

Solidão

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

I N C A B U L A D O

Saudade, coisa esquisita
Deixa-me i n c a b u l a d o
Por mais que tento esquecer
Fico mais incomodado
Melhor conviver com ela
Rememorando o passado

Saudade, bate no peito
Aperta quase da nó
Coração pulsa ligeiro
Qual flecha quiçá anzol
E'o peixe que d'água vem
Amarga quinem g i l ó

Saudade, essa dor aguda
Que machuca sem ter dó
Fura quinem carrapicho
Embrenha-se quinem cipo
É dor que não cura fácil
Já me dizia vovó

Saudade, mexe com todos
Seja rico seja pobre
Não há quem escape dela
Mesmo tendo alma nobre
Ai todos se misturam
Não adianta ter cobre.

Vida/ via de mão dupla

Tenho sonhos m u l t cores
Tal qual um arco-iris
No entanto desfazem-se
No ar tal qual bolhas de sabão
E nessa vida/ via de mão dupla
Sempre trafeguei em círculos
E tal qual os vícios
Difícil encontrar um ponto de chegada.

Ante a indiferença
Jamais serei refém dos espaços
Quando na absoluta ausência
Eu mesmo me abraço!

Desvairada selva

E nesta desvairada selva
Ser coerente não basta
Se o efeito cascata
Se propaga a anos-luz
Se o insano conduz
A cometer absurdos
Não dá prá pousar de surdo
Enquanto massacram a 'massa'.

Se a desilusão ataca
Quando vejo gente as pencas
Descartadas tal qual lixo
Ao poder e seus caprichos
A estupidez se alastra

A D E N D O

Cenas grotescas
Homens contra homens
Uns maltratam outros
Mais que fossem lixo
Quando em sua fúria
Fogem da razão
Agem instintamente
Mais parecem bichos

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Um

Um não sei que

Que se apresenta

Na garganta

Um gosto de pimenta

No olfato

Um cheiro de cocô

Não consigo entender

O desamor

Dessa gente

Nariz arribitado

Que massacra a quem

Considere coitado

E não vê

Que tá sendo inconsequente

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Alguém acorde o piloto!!!

A minha sensatez mais maluquicia, é  - talvez - ter mania de contrariar conceitos pre- estabelecidos; sem contudo, perder o equilíbrio (assim espero)...

Não me incomoda nem um pouco ser rotulado de visionário, inconsequente e assemelhados; apesar dos fiascos, penso - ainda e sempre - o bem comum;

Enigmático? Nem eu mesmo me decifro: em meio a multidão, sinto-me um 'peixe fora d'água'; n'um evento há pouco; cheguei, adentrei, e logo sair;

Quando todos aparentam estarem felizes; e só eu percebo-me confuso/ frustrado, preciso - acurto prazo - rever meus conceitos...




afinal, hoje é to day...
seu dia?
sim/ talvez/ quem sabe..
também já tive os meus...
alguém acorde o piloto!
a Nau tá nau...
naufragando!!!



Cenas grotescas
Homens contra homens
Uns maltratam outros
Mais que fossem lixo
Quando em sua fúria
Fogem da razão
Agem instintamente
Mais parecem bichos!



sábado, 20 de outubro de 2012

Espaço/ tempo

Espaço
Tempo
Presente

Ocasião
Decisão

Protelar
Sempre
Talvez

Êxito
Exige

Ousadia
Pronta
Ação

sábado, 13 de outubro de 2012

Mirei...

Mirei além do'horizonte
Percebi-me embriagado
Não por álcool ou semelhante
Imaginei minha amante
Esta lá do outro lado


Era so um devaneio
De'um maluco apaixonado
Por colocar no papel
Quando o pensamento ao leu
Divaga desenfreado.

Trecho de um poema do meu livro Divagando nas Asas da Imaginação - a venda na Livraria Grafite - Praça João Pessoa, Garanhuns, ou (87) 9922 2432/ 8101 2948.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A partir de hoje - poeminha

Esqueça a partir de hoje
Pendengas, atritos, ranças

Redima-se com seus amigos
Cada um é um abrigo
Viva qual fosse criança.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A rota

Pensar eu penso
A mente divaga sem fronteira
Nao importa quão ingrime a ladeira
esforço-me tento alcançar o topo

Se achas pouco
Capaz sou de escalar montanha
Pois minha vontade é tamanha
De ver-te de perto ao chegar

Enfrento o mar
Nao importa se ondas turbulentas
Pois esse desejo me acalenta
Essa vontade insana de te amar

N'algum lugar
Imagino encontrar-te sorridente
E poder dizer-te frente a frente
Que valeu apena te esperar

Poder mirar
Teus olhos castanhos cor de mel
Qual sendo pedacinhos de ceu
Então este segredo revelar.






Tempo;
Ah tempo...
Sorrateiro/ implacavel
Conseguistes me' envolver
Passastes, nem percebi
Tarde para corrigir
A rota que escolhi
Demorei a entender.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

SUGESTÃO

Há sonhos realizáveis
Outros meras utopias
Por que então
Perder tempo
Desperdiçar energias

                              Mergulhar insandecido
                             N'um mundo
                           De fantasia

Sonhar não é proibido
Mas sempre
De pé no chão
Sob pena de frustrar-se
Conter-se á a sugestão
Prá não lamentar depois
De algma ingratidão

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O mapa do caminho

Mesmo q'eu perca 
O mapa do caminho
Mesmo que queiram 
Me acordar de'um sonho
O meu querer 
É um querer medonho 
Não vai ser fácil 
Desviar de rota

Não antecipem 
Para mim derrota 
Pois que o Cosmo 
É meu aliado
Arquivem bem 
Esse meu recado 
Pra que mas tarde
Não tenham surpresas

Meu aliado
Vem da Natureza 
E sou autor 
Da minha própria história

Peço à Osiris
Que me envie escudo
E sigo em frente 
Encaro tempestade 
Nem mesmo nuvem 
Que cubra a cidade 
É obstáculo
Àquilo que vislumbro

sábado, 5 de maio de 2012

Lua Majestosa Lua

Lua bonita / De beleza estonteante / Tu despertas nos amantes / Ate alucinações / E as emoções / Que sentem enamorados / Sob o teu brilho encantado / Deixa-lhes apaixonados / Conjugando o verbo amar 

  Tua magia / Fenômeno da Natureza / Oh majestosa realeza / Teu brilho faz ofuscar / Vem me buscar / Não me deixe aqui sozinho / Quero de ti tá pertinho / Pra melhor te adimirar / Serei teu súdito Tal qual faz um passarinho Pra ti cantarei baixinho Belas canções de ninar!

ANSEIO MEDONHO

Vidas sem vida
       Sonhos sem sonhos
             Mentes desprovidas
                    Esperança ausente
Fazem do presente
       Futuro sem glórias
            Caminhos inóspidos
                      Estradas desertas
 Pântanos sombrios
        Sem vejetação
                 Coracão vazio
Onde houve rio
      Vendaval passou
             À margem deixou
                     Quanto desvario
Navegar sem leme
       Sonhar mais um sonho
               Flutuar nas nuvens
                         Transpor dimensões
 Pousar noutra nau
        Quem sabe por lá
                  Possa me encontar
                          Que anseio medonho


Por mais que eu almeje 'imitar' um sábio, mais medíocre me percebo.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Lua cheia

A Lua cheia 
Alumiando a mata
Forma cascatas
De nuvens no ceu 
Daqui de baixo
Fico admirando 
Enamorando 
Pensamento ao leo
Um bacurau 
Com seu canto encanta 
Tal qual um mantra 
Minha alma embala
A cotovia 
Assobia longe
Seu cantar abranje 
Quase todo o vale
Ninguém me fale 
Que não doi no peito 
Não sente o efeito 
Por tal sinfonia 
Uma afazia 
Se saudade tem 
Lembranlança de alguém 
Que partiu um dia
E a noite fria 
Convida a neblina 
E uma névoa fina 
Paira sobre as copas 
Dos arvoresdos 
Ao pe da serra 
Aguardado a relva 
Ao amanecer
Um querer de novo 
Reacende a chama 
De amar de novo 
Tal qual fiz um dia 
E nessa magia
Adormeço e sonho 
Um sonho medonho 
Mera fantasia

Tudo é arte

Relembro de tempos idos
E o pensamento vagueia
Quando de longe avistava
Nas ondas verdes do mar
Flutuando lentamente
Parecendo uma sereia
Me aproximava ofegante
Quando então percebeia
Que era apenas miragem
Ou um desejo latente
Vontade não me faltava
De ir ao encontro dela
Pois ouvi que de além mar
As ondas trazem pra cá
Beldades igual àquela

REVELAÇÃO
Amei qual jamais imaginei
Mas amei só: ela não sabia
Cada letra das canções que eu ouvia
Dentro do peito uma chama incendiava
Mesmo sabendo que ela não me amava
Alimentava esse amor inconsequente
Talvez insano ouvi de tanta gente
E não seguir os conselhos que me deram
Passou o tempo e hoje o que mais quero
É deletá-la de uma vez da minha mente

Mirando o horizonte
Além do monte
O meu olhar flutua
Céu estrelado.
Clarão da lua
Mim' inflama o peito
Feito Chama
Sinto a presença tua
A nuvem passa
Feito fumaça
Desenha um colibri
Teu jeito doce
Favos de mel
Meu céu
É tá perto de ti
É só um sonho
Acordo
E não estás aqui!

Coração em chamas 
Palpita
Insano desejo
Sei que não devia
O corpo estremece
A pele arrepia
Louco de paixão
O sangue fervilha
A mente navega
Em teu jeito doce
Delírio, loucura
Sei que não devia
Atormenta a alma
Incendeia a mente
Não devo, mas quero
Sua companhia
Gentil fada meiga
Meu anjo sem asa
Te levar pra casa
É o que mais queria.

A vida tem dessas coisas
Tempo
Espaço
Buscas
Opções
Escolhas
Circunstâncias
Consequências
Decepções...
Inconsequências
Também fazem parte
Comedia ou drama
Tudo é arte
No imenso
Palco da vida
Enceno
A minha parte
Mais um tão somente
Figurante!

terça-feira, 24 de abril de 2012

INTROSPECTIVAMENTE SEM MEDIDA

Já deixei de lado a esperança
Pois cansei de viver desenganado
Decidíi me recolher meio cansado
E viver tão somente de lemranças
No meu eu interior fico trancado
Cada dia que passa me aprofundo
Entrixerei-me de fato no meu mundo
Introspectivamente sem medida
Acumulei dissabores nessa vida
Ao longo do caminho percorrido
Meu semblante deveras abatido
Não consigo disfaçar minha tristeza
Para algo assim não há defesa
Perambulo a passos indecisos
Só lamentos os amores não vividos
Não há mágica que mude essa certeza

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Enigma sem nexo - assim sou eu

Tal qual nômade andarilho

Um enigma sem nexo

Qual segredo do Universo

Talvez do vento o açoite

Tal qual escuro da noite


Qual um intruso à espreita


Qual poeira de 'um cometa


Qual da tarde ocaso rubro


Qual um cartaz sobre o muro


Poluindo o visual


Mais um no Reino animal


Caminheiro sonhador


Tentando afastar a dor


Que o sentimento amor


Causou ao longo do tempo


Divago em pensamento


Nos horizontes da rima


Extraio a matéria prima


E escrevo em prosa e verso


O que sente um coração


Quando a tal da solidão


Insiste em fazer morada


Quando em alta madrugada


Vem e se arrancha no peito


Assim sou eu

quinta-feira, 5 de abril de 2012

As ilusões são efêmeras

As ilusões são efêmeras

São tal qual nuvens ao vento

E quando surge o tormento

Ningém está preparado

Vêm e não mandam recado

São cortantes qual navalha

Ferem sem ter piedade

Podam sem dó qualquer plano

Quando percebe-se o engano

Dificilmente há conserto

No coração fazem berço

Quando encontra guarida

Dos desencantos da vida

Mais cruel é o desengano.

terça-feira, 3 de abril de 2012

ANJO

Era assim que ti sentia
Quando de mim te aproximavas
Teu sorriso franco e belo
Teu olhar estonteante
A leveza no andar
Cabelos esvoaçantes

Causava admiração
Que até os passarinhos
Voavam fazendo festa

Enfeitando o Horizonte
Era tanta a harmonia
Que quiçá a Natureza
Vibrava ao te ve chegar

E para mais realçar
Tamanha satisfação
Enfeitava o ceu com nuvens

Mas o tempo e o destino
Insensíveis e cruéis
Te afastaram de mim

Se o Cosmo quis assim
Deve ter suas razões
Separar dois corações
Com Tamanha afinidade

Já não importa a idade
Sabe-se o tempo avançou
Mas as marcas desse amor
Nascido assim de repente
Quem sabe eternamente
Na alma fica marcado.

domingo, 1 de abril de 2012

Não me dei bem

Encantei-me com o mistério

Da lagarta à borboleta

E essa incrível faceta

Decidi investigar

Não me dei bem!

Descobri meio frustrado

Que é um segredo fechado

Que para ser desvendado

Ainda não surgiu doutor.