Será?
Poderá vir
A acontecer
Ou não
Em
Havendo tempo
E se
Não houver
Contra-tempo
E o tempo
Ah, o tempo!
Fui dando tempo ao tempo
E ele - o tempo
Implacável e
Sorrateiramente
Foi
Me tirando de tempo.
*
"Lua Lua amiga
Vai dizer à ela"
Que 'eu to
pertinho das nuvens
me balançando n'uma rede
curtindo uma brisa suave
quase alcançando estrelas com a mão .
*
Fim de tarde
Horizonte
À oeste,
Ocaso
Nostalgia
Palavras ao vento
Onde irão
Ancorar?
*
Um sábado a noite
quão difere
dos sábados de 'outrora
as luzes da cidade
não mais me fascina
quiçá por essa
estradinha deserta
pirilampos enfeitando o céu
reportem-me de novo
aos tempos dos sonhos.
*
Dormi
E sonhei
No sonho
Um frenesi
Eufórico senti
Teu corpo molhado
Acordei suado.
*
Dormi
E sonhei
No sonho
Um frenesi
Eufórico senti
Teu corpo molhado
Acordei suado.
O ser poeta - ou metido a tal como eu - é ser contumaz mentiroso: quando narro que estou na solidão, tô sempre bem acompanhado: das lembranças. Relendo alguns poemas - sem nexo - que escrevi e, pensei: foi só uma forma de 'respirar' nas vezes que encontrava-me no 'deserto'.
domingo, 12 de fevereiro de 2017
Um Andarilho
Pra lá e pra cá
Um ir e vir constante
Demonstra não ter pressa
Percebe-se no semblante
Cançado de promessa
Vêz em quando se'aflige
Existe, já não vive
Andarilhar lhe resta.
*
PS: certa vez lhe ofereci carona - respondeu: "dispenso; não sei pra onde vou não tenho rumo certo por isso não tenho pressa".
Um ir e vir constante
Demonstra não ter pressa
Percebe-se no semblante
Cançado de promessa
Vêz em quando se'aflige
Existe, já não vive
Andarilhar lhe resta.
*
PS: certa vez lhe ofereci carona - respondeu: "dispenso; não sei pra onde vou não tenho rumo certo por isso não tenho pressa".
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