segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Fatos desabonadores/ um dia a menos/ um dia a menos.

Devo rasgar as vestes que vestiram-me
Devo furtar-me as peças que pregaram-me
Deve esquecer dos elogios falsiáveis
Devo remar mesmo seja contra o vento
Devo guardar somente alguns momentos
Devo partir não levar comigo mágoas
Deve lembrar sempre sempre de ter calma
Devo também saber dá tempo ao tempo
Devo entender que ele - o tempo - define
Devidamente, pois já foi dito "não para".

Ola, dona Felicidade!
Deixe-me me apresentar
Sempre fui um sonhador
Vim lhe pedir um favor
Diga à dona Esperança
Que lembre-se de visitar
A casa de toda gente
Levando-lhes perseverança
Dê-lhes fé e coragem
Para seus sonhos buscar
E que tenham sempre em mente
Vontade de conjugar
Sem nenhuma distinção
Conjuguem de coração 
O Sublime verbo Amar.

Peço-lhe mais um favor
Informe a quem de direito
Quanto a indiferença
Aos desprovidos da sorte
Penso seja inaceitável 
Enquanto a riqueza aumenta
É estatisticanente
Brasil, figura entre os grandes
No item economia
Quantos ainda sem teto
Pernoitam ao relento
Dormem sem se alimentar
Acordam pela manhã 
Desencantados da vida
Olham para os quatro cantos

Madrugada fria
Nem o calor da cama
Acende em mim a chama
Que'havia no meu peito
Quando acreditava
Que um dia inda alcanançava
Fraternidade plena
E sonhava acordado
Ver olhando pr'os lados
Evoluir os homens
A ponto de sentir
Com grande intensidade
Que pra um Mundo melhor
Bastaria que houvesse
Arraigadamente
Permear na Terra

Solidariedade

Sonho meu, sonho meu
Me carregue pra bem longe
Sonho meu
Pois está insuportavel
Sonho meu
Viver em sociedade
Sonho meu
Tornei-me embrutecendo
Sem perceber fui descendo
Os degraus da insanidade
Tanto busquei a verdade
Que acabei sendo este traste
Qual o homem da caverna
E os momentos de euforia
Que vivia n'outros dias
São tão somente lembranças
Que me atormentam a alma
Penso só o que me acalma
É pensar que falta pouco
Pra deixar este Planeta
Antes que quando me vejam
Uns apontem para outros

"Olha, vai passando um louco".

E eu que pensava que minhas lágrimas haviam secado...


Na lápide a qual forem descartados meus restos, gostaria que fosse escrito "aqui jaz mais um que foi exterminado pelo sistema".

Tava tirando um cochilo
Vi assim que acordei
Voando lá no quintal
Borboletas amarelas
Pensei: são mensageiras
Enviadas pelo Alto
Anjos estavam ocupados
Trouxeram a esperança
Vieram para espalhar
Otimismo à todos nós 
Primeiro dia do ano
Transmitindo-nos certeza
Que acreditando nos sonhos
Se cooperando seremos
Uns e outros exitosos
Buscando sempre servir
A certeza do porvir

Bênçãos trouxeram elas.

Uns que se entregam ao vicio do álcool.
Outros que mergulham no mundo das drogas.
Uns que adentram por desespero na prostituição.
Outros que promovem a alto destruição.

E assim a 'limpeza' vai sendo feita a olhos nus e ninguém percebe a mão do carrasco sistema agindo silenciosamente.

Vento forte
Hora oeste hora sul
Hora leste hora norte
Vê se leva pra bem longe
Essa desesperança
Que me faz perder o rumo
Tento mas não me acostumo
Vê tanta disparidade
Nos campos e nas cidades
Pessoas perambulando
Não sei se inda têm ânimo 
De tocar a caminhada
Se obstaculos na estrada
Ofuscam-lhes o existir
Vento seja camarada
A aponte-nos novas jornadas
Que rumos devemos ir
Perambular por ai
Penso seja boa ideia
Se neste solo a colmeia
Foi de fato obstruida
Antecipar a partida
Talvez seja a solução 
Caminhar sem direção 
Quem sabe o vento me aponte
Um lugar quiçá distante
Mesmo além do horizonte
Espaço mesmo que mínimo

Onde eu me reencontre.

E
Quando menos se espera
Surge assim como n'um passe de mágica 
Tarde demais talvez
Não sei se a culpa é do tempo

Ou se da minha estupidez

Se faz necessário...

Que o fantasma do medo que oprime não nos force à ocultar verdades.

Que a desesperança não nos impulsione a abdicar dos nossos sonhos.

Que a mão opressora não nos convença que somos incapazes de mudar o que precisa ser mudado.

Que as palavras jogadas ao vento não se percam nos labirintos da desatenção, que encontrem eco e se proliferem.

Que a vontade de arrefecer ante as injustiças não nos sirvam de fertilizantes à alienação.

Que a tensão que por vezes nos impulsiona a fazer vista grossa não seja entrave a ao menos expressar o que pensamos e sentimos.

Que o espelho de um passado sombrio nos sirva de entusiasmo para não mais aceitar o inaceitável.

Que os sons estridentes que somos forçados a ouvir não nos empurre à incultura - tipo fulerage music.

Que as pessoas a quem amamos sejam pelo menos compreensivas com o nosso jeito de ser inconformado.

Que minhas duras palavras não sejam interpretadas como subversivas e sim como um simples grito de alerta; apenas respeitadas como forma de desabafar minha insatisfação com o sistema.

Que essa minha vontade de - vez em quando - abrir mão das minhas convicções sejam tragadas pelos redemoinhos dos ventos tempestivos.

Que a tensão que me corrói por dentro seja amenizada pelo eco do bom senso.


Que o silêncio dos incautos não nos instigue a pensar - e dizer - "não, não é da minha conta".

Tédio

Palavrinha tão pequena
Cinco letras desiguais
T tristeza sintetiza
E emoções transtornais
D diminui alto estima
I incomoda demais
O oprimente, contumaz

Já não sei se mais da noite
Ou se gosto mais do dia
Só sei que em uma ou outro
Esta incrível incompletude
Por não tomar atitude
Minh'alma está tão vazia

Debandar, é o sonho que me move
Tipo hipie - aos 60
Mochila - cheia de livros às costas
Sem mordomia nenhuma
Perambular sem destino
Trafegar BR afora
Pedir carona - talvez
Se faltar o 'combustível'
Para se locomover
Partir de carro pra que?
Pousar de afortunado
Se acaso algum transtorno
Vier a acontecer
Teria que de repente

Deixar o carro de lado?!
Sentir a brisa do vento 
A luz do sol brilhar 
Com a mesma mochila 
Seguindo o caminhar 
Assoviando tranquilo 
Sem se quer olhar pra trás 
Andando feito menino 
Ou até um rapaz.
Esse que não sabe nem de onde veio
Nem pra onde vai
Assim seguindo o seu destino
Só Deus sabe onde vai  
E quem sabe de repente
N'uma curva do caminho
Quando me sentir sozinho 
Rememorar teu sorriso 
Daquela noite a reprise 
Do papo descontraído 
Você e eu, joia linda
Quiçá no mesmo lugar.


N'um cantinho de parede
A melodia de um grilo
Fez-me rememorar
Que no amor já
Cri cri cri cri cri cri...

O céu sem estrelas
Não há brisas qual antes
A noite não promete
Mas, cumpre
Se seguimos sem medo
Qual faz sem destino
N'um corcel alazão
O cigano, viajante.

Ela - a Lua
Me fascina
Parece-me
E parece
Qual fosse
Uma meiga menina.

Se meu versar parece insano
Não ignore
São resquícios de tristeza de um sonhador frustrado
Se pareço atrevido a ponto de afugentar almas mais compreensivas
Não ignore
São desabafos de um sujeito que acreditou ser capaz de entender o inintendível
Se pareço versátil a ponto de ir de zero a cem em um segundo
Não ignore
São formas que faço uso para tentar disfarçar este sintoma de bipolaridade pertinente
Se parece está eufórico e n'um instante mudo a ponto de parecer está envolto em tédio
Não ignore
São talvez, válvulas de escape que utilizo para dissimular esta minha insensatez. 


Vou de carona n'uma nuvem
Parecida algodão doce
Passar um pitu no tempo
Reviverei áureos dias
Rememorar as cacimbas
De quando o Sol tava ardente
Na areia fazia poças
Do solo brotava água
A qual saciava a sede
No pingo do meio dia
Lá no Sertão era assim
A labuta era difícil
Mas ao anoitecer
O céu todo estrelado
Sem precisar de palavras
Declamava poesias.

Se difere o meu versar
dos tantos que vejo aqui
Deve ser porque sonhar
Inda não desaprendi
Eu insisto em planejar
Imagino que há de vir
Um tempo de acreditar
Aguardemos o porvir
Essa gente à chegar
Quem sabe saiba distinguir
Teorias e promessas 
Do que em voga a iludir.


Amanhece amanhece amanhece amanhece oh dia
Trás o sol em tua companhia
To cansado de tanta afasia
Não consigo controlar este impulso
O que faço com essa agonia
Já cansei de esperar que surgisse uma alma - procuro noite e dia
Que também - como eu - procurasse entender o por que dessa vida vazia
tanta coisa acontece na noite é tanta euforia
E eu aqui delirando e tentando fugir dessa monotonia
Olho e vejo o relógio marcando já outro dia
No entanto entretanto e portanto a madrugada é fria
Á distancia ouço o som do cantar de uma cotovia
Que parece também compartilha dessa melancolia
Abro a porta olho o céu sem estrelas - só nuvens - parece magia
Nem a Lua aparece instigando ao menos fantasia
Até o sono sumiu e não vem me fazer companhia
Diferente do modus viventes desta freguesia
E por lá - tipo aqui - tamanha apatia...

Que este fantasma que insiste em povoar-me a mente
Não impeça-me de tentar de novo alçar voo
Que esta vontade insana de ver de novo não instigue-me à frustrar novos planos
Que esta tortura que perdura desde aquele dia
De mim se afaste
Só assim, quem sabe
Não mais cometerei tamanho engano

Que a desesperança não me impeça de continuar sonhando e acreditando que somos capazes de contribuir para mudar pra melhor.

Que as palavras jogadas ao vento não se percam nos labirintos da desatenção e encontre eco e se prolifere.

Que a vontade de arrefecer ante as injustiças não nos sirvam de fertilizantes à alienação.

Que a tensão que por vezes nos impulsiona a fazer vista grossa não seja entrave a ao menos expressar o que pensamos.

Que o espelho de um passado sombrio nos sirva de entusiasmo para não mais aceitar o inaceitável.

Que o silêncio dos incautos não instigue-nos a pensar - e dizer - "não é da minha conta".

"É pau é pedra é o fim do caminho é um resto de toco..."

É ficar na vontade
É saber ser sozinho
É não arrefecer
É seguir um caminho
É jamais desistir
É pisar em espinho
É entender que na vida
É nunca ser mesquinho
É dá nó na madeira
É esperar um tempinho
É desbravar horizontes...

Egoismo ta na moda

Quase ninguém quer saber 
Se outrem esteja bem
Vai-se então tocando o barco 
Se o vento tá soprando
Na direção que convém.
É tanta gente enganada
Mesmo assim acomodada
Fatos desabonadores
Acontecem a todo instante
Mas os que antes falantes
Se por conveniência
Ou se há pouca decência 
Só se sabe que o silêncio 
Cada vez mais vai crescendo 
E a esperança morrendo
De um novo porvir

Vem

To indo ao teu encontro
Não sei o que me espera 
Mas preciso encontrar
Pois o tempo foi passando
E eu fui me cansando 
E deixei de procurar
Cansado estou
Pois percebo a cada dia
Que a cada amanhecer
Diminui minha euforia
Quanto tempo inda me resta?
Pois a cada amanhecer só trás uma certeza
Tenho um dia a menos.

E, continuamos a sós

Eu, e minhas recordações
Das quais
Muitas eu gostaria de
Deletar da memória.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Chuva caindo - isso é bom/ O ponto - imaginário/ Quase Invisível

Desejo/ almejo/ planejo
Inda saí deste marasmo
Fugir da monotonia
Desembocar n'um lugar
Longe da hipocrisia
Quem sabe inda encontrar
Um pedacinho - que seja
Imune a tal da ganância
Lá inda haja esperança
Da convivência harmônica
Entre pessoas que'entendem
Que direitos e deveres
À todos é inerente
Ninguém se julgue impotente
Não haja submissão
Tampouco lá tenha vez

A tal da demagogia.

Chuva caindo - isso é bom

Podia está mui contente
Há um ano atrás - no sertão
A seca era tormento
Mas aqui bem perto - imagino
Quantos ainda padecem
A desesperança existe
Em quem inda perambula
Tem que perniitar nas ruas
Não tem seu cantinho quente.

Isso não devia acontecer
N'um meio onde deviam
Gente respeitar de fato
Direitos de outra gente.

Real ou fictico
Ilusorio ou ilusão
Perdido no espaço
Anseio e embaraço
Um tanto otário
Sou um ser mult facetário

Qual meteoro ao longe

Lampejo entorpecedor
Qual estrêla cintilante
Rubi de mais linda cor
Assim o sorriso dela
Síntese de um sonhador.

O meu ontem não foi pleno de glórias e vitórias mas de tropeços e - predominantemente - fracassos. O meu hoje, assim um tanto insosso e o amanhã um emaranhado de interrogações - assim é a vida...

Se n'algum tempo me'encontrei de fato
Não me lembro
Sempre 'desenhei' a linha tênue
Que divide
O ponto - imaginário
Além do horizonte
No entanto uma cortina - invisível
Separava
O real do fictício
Por onde andei constatei
Tantos suplícios
Que por vezes m'indaguei
Os por quês disso
E a dúvida
Sempre foi parte perene
No meu eu
Sempre sonhador
E se de fato conseguisse
Entender
Os mistérios ou ao menos
Parte deles
Talvez fosse menos reticente
Quanto ao ponto que povoa
Minha mente
Um sentimento que adjetivam
De amor
Quiça tivesse menos dúvidas
Do que tenho
E não fosse o quanto sou
Tão sonhador.

Para se ser
Quase
Invisível 
Basta trazer à tona
Verdades não tão aceitas
Em especial se sendo
Que contrariem interesses
De quem ocupa espaços
Em esferas de comando
E tais verdades em tesr
Possa contrariar planos

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O Tempo/ Se/

O tempo não perdoa
Quem perde muito tempo
Dando tempo ao tempo
Deixando o tempo passar
Quando no tempo acordar
Vera que não há mais tempo

SI

Se o amanhã fosse ontem
Eu me reprogramaria
Não fazia tantas coisas
Já outras tantas faria
Dentre elas viveria
Cada instante
A tal desafio

Sempre fui meio arredio
Por tal paguei altos preços
Se vivo de fantasias
Não devo pois lamentar
Tão somente aceitar
Rece bi o q mereço