sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Outras

Isso é legal!
Uma esteira sobre a laje
O céu um tanto nublado
Mesmo que algumas nuvens
Tentem ofuscar a Lua
Majestosa ela aparece
Inda tem por companhia
O cintilar das estrelas
E eu aqui devaneando
Um tanto utopiarizando
Pensando que vale apena
Não arrefecer de ânimo
E mergulhar vez em quando
Sabendo que é fantasia
Neste instante de magia.

Quase que cotidianamente
A inspiração poética
Me visita - e geralmente
Quando é alta madrugada

Indissiplinadamente
Vomito duras palavras
Mas, desabafo o que sinto

Isso - penso - é ser poeta
Ter uma mente inquieta
É não compactuar
Com algo a incomodar
E contar pra muita gente

Não - eu não sou refinado
Só transmito o meu recado
Muita vez inconsequente.

Até que tá sendo relativamente fácil... Dormir. Difícil tá sendo está acordado...

No rancho da donde habito, tem um cara que deve ser giga happy - vive cantando o tempo todo...
Também pudera: o galo phudhesthencio tem 7 galinhas só pra ele - bicho sortudo da mucurana!!!

Seguir o curso das águas
Penso seja boa ideia
Se não se alcança o palco
Ao menos se é plateia
Pois pra se chegar ao pote
Onde se encontra a colmeia
Os riscos de ser picado
Por abelha é eminente
Agrava-se quando em questão
Trata-se do bicho gente
Mais perigoso que abelha
Além de ferir o corpo
Fere com mais veemência
A alma se a gente sente
Assim se damos guarida
A algo inconsequente
Torna mais forte o tormento
E pode ser permanente.

Doravante, tanto faz como tanto fez - já deixei o meu legado à civilização. Se encontrasse um lugar deserto pra viver - tipo índio chucro - penso estaria de bom tamanho.

Divagar transpor fronteiras
N'uma nave espacial
Caminheiro sem destino
No espaço sideral
Vagando quem sabe um dia
Ancore n'alguma ilha
Um lugarzinho legal.

Não sei do que nada sei
Não aceito se discordo
Não desejo se não tenho
Não ligo se vai ou vem
Não mim 'importa o seu desdém
Não quero se não convém.

Pouco ou nada adianta
O pote com mel
Se ao tentar bebe-lo
O ferrão da abelha
Deixa um sabor amargo
Qual fosse fel?

Eu queria ao menos desvendar este enigma...
                    Sei não; viu?
               Moinhos de vento
                Moinhos da vida
           O mundo é um moinho
          Trucidante à quem ousa
             Desafiar seus limites
           Trazer à tona verdades
            Onde há cumplicidade
            Adentra por labirintos
             A caminhada é tirana
           Portas lhe são fechadas
            Espinhos pela estrada
               É cruel o desafio.

Se
Ah se...
Tudo seria diferente...

Você foi uma nuvem negra
Das mais negras
Que povoaram meu céu
Mas a Natureza é generosa
E fez que passasse logo
E sei não vai demorar muito
Desbravando estradas outras
Irei trilhando labirintos
E o vento meu amigo
Soprando a favor eu sinto
Mui breve encontrarei
Meu pote pleno de mel

Fascina-me sim
O voo desengonçado de uma garça
Formigas organizadas em filas
O desabrochar de uma rosa manhãzinha
O carcareár contente da galinha
Beija-flores plainando no ar
O enorme nariz do tamanduá
A graciosidade do peixinho no aquário
O João de barro preparando o agasalho
O rastro de uma estrela cadente
O sagui com fisionomia de gente
O coachá do sapo na lagoa
A hiena tão feinha rindo atoa
A camuflagem do camaleão
Quando muda de cor vi neste verão
Uma ovelha pastando na campina
Os longos cabelos da caipora/ menina


Os bichos...
Perdi pros

Permita-se..
Siga o exemplo
Da borboleta
Exuberante
Mas
Só depois
De sair
Do
Casulo.

Mas pra que tanta bitolação
Se não raro
O real também é exceção?
Chega de hipocrisia
O que vale muito a pena
É mergulhar nesta magia
Vez em quando é bom
Fugir do real
E ingressar de corpo e alma
No mundo da fantasia
Tente enganar.

Quem se esforçar em entender a 'metáfora' do Divino Mestre Jesus "Conhece a verdade e ela te libertará" dificilmente persistirá em ser igrejeiro.

Os contra tempos do dia a dia

Vida vivida

Só tem amplo sentido
Quando envolvida
Em defesa de outrem
Que alheia a vontade
Seja oprimida.

Sei lá... Entende?
De tanto ver pilantras se dando bem
De tanto ver quem é serio se dá mal
De tanto ver agigantar a gatunagem
De tanto ver basta ler um só jornal
De tanto ver que parece não ter jeito
De tanto ver chego a pensar que é normal,

inda constato
historias shekespereanas
sem começo meio ou fim
tento entender
por quê sempre faço o bem
não raramente
pilantreiam-me mesmo assim.

Se do futuro, o passado
O hoje destrói os sonhos
Por quê desesperançar?
Elevar-se penso seja
Uma forma de tentar
De novo recomeçar
Tal qual as ondas no mar
Seja qual seja a berreira
Recua; enfrenta torrentes
Refazer-se e novamente
Enfrenta fortes correntes
E com força escomunal
Re-surge e à beira mar
Volta pra demonstrar
Que com simplicidade
Dos campos e das cidades
Muitos vão lhe admirar.

Céu claro
Nuvens que mais parece
Capuchos de algodão doce
Tão alvos parece neve
Ao longe linha do horizonte
De perto gente vagando
Parece um tanto sonâmbulas
Sinto-me desapontado
Percebo n'uma pessoa
Empáfia bem definida
Rememoro há pouco tempo
Me parecia tão simples
Até um jeito inocente
Quando esteve do meu lado.

As pestes (desculpem os bons cães) latem latem latem... depois basta os que estão com as chaves dos cofres estralarem os dedos (sujos) vêm/ vão todos de rabinhos abanando

Isso não é legal...

Acordar na madrugada
E à mente logo vir
A imagem de famílias
Por ganância ou algo assim
Com o desapoio do sistem
De seus casebres nos guetos
Aos trancos e barrancos
Sem o minimo de decência
Cruelmente despejadas
Oh vida malvada

Andando olhei pro alto
Vi algo em movimento
Parei, mirei, era um pássaro
Fugia de predadores
Parecia apavorado

Soltava plumas ao vento.

Nuvens espessas povoam meu céu

Miro pensando seja um oásis
Tento ir ao pote
Não encontro o mel...

Mas, quanto mais espinhento o caule, mas deslumbrante a rosa; quanto mais sujo o lodo, mais preciosa a pérola...


Sensibilidade é algo raro - e raramente é inerente a pessoas que consideram o vil metal como sendo a 'nona' maravilha do mundo.


Se existe algo que eu não desejo jamais ter certeza, é quanto a pre determinados dogmas...



Onde abunda o maldito dinheiro - por o tal o Cristo foi crucificado - circunda toda especie de mercenário.

Como seria a vida não fosse os mistérios?

Não fosse a magia envolvendo/ instigando
Não fosse os caminhos incertos/ insanos
Os quais nos conduz por rios sem água
Mas que a alma alimenta e por vez acalma
Nos faz navegar por mares/ correntes
Nos faz semear infertes ementes
Mas que transforma a vida em fortes torrentes
Divagamos por vezes entende quem sente
Os efeitos das asas da imaginação...
Solidão
Companheira frequente nas horas de angustia
Traiçoeira demente nem sempre assusta
Pereniza-se se a ela damos guarida
Sedutora de astucia provoca feridas
Indutora feroz transformando vidas

Em estradas sem fim de desilusôes...

Não sei se vá não sei se fique
To pensando seriamente
Em sair a procurar
Um lugar bem diferente
Onde se possa morar

Longe de tudo e de todos
Quiçá um lugar deserto
Pra ninguém incomodar

Pois cheguei a conclusão
Que por mais tente agradar
Sou mesmo desengonçado
E a quem esteja ao meu lado
Tende a se decepcionar

Não deixei ser sonhador
Pois faz parte do meu eu
Todavia além disso
Sempre fui meio utopista

Se tivesse sido artista
Penso tenha dado certo
Porém o próprio Universo
Não conspirou a favor

Tento aliviar a dor
Que guardo firme no peito
E sinto que a esta altura
Não há nada que dê jeito

Assim num lugar distante
Ninguém mais - penso - atormento
E como disse o poeta
"Vou mim'embora pra passarga"
Pra aliviar a barra
Mas lá nem de longe penso
Imita-lo ao pé da letra

Pois por não ser habitado
O lugar tento encontrar
Não deve ter com certeza
Mulheres tal qual diz ele

Quanto mais ter privilégio
Tal qual teve o dito cujo
Certeza tenho bem sei
Não sou amigo do rei.

Tenho estado um tanto luariando
Não sei se efeito utópico
Ou se estou flutuando
Divago, sonho acordado
À tona tempos passado
Lembrança conduz meus passos
Isso é bom pois dá impulso
Instiga à continuar
Pois me sinto em pleno ar
Só indago: até quando?

Voltando do litoral
Ao adentrar em Garanhuns
Vi uma estrela cadente
De há muito não as via
Rememorei belos dias
Vividos tempos atras
Tomara seja prenuncio
De novamente adentrar
Mesmo seja fantasia
Pouco importa vale apena
Mergulhar nesta magia...

Foi por ela

que deixei a festança acontecendo
que saí de fininho e fui pra cama
que da cama saí e fui pro piso
sequer fiz uso de colchão
que dormi tal qual dorme um inocente
que acordei um tanto descontente
que garanto assustei alguma gente
mas garanto que muito to contente
por está bastante aliviado
e mesmo que não. pareça um bom bocado
não é não já que surtiu bastante efeito

da coluna amanheci aliviado.

Por que tudo é efêmero - mesmo que se viva usufruindo mordomias, seja pobre ou seja rico o último ato é no chão.

Sei
Querer tudo fosse flores
Seria pedir demais
Mesmo enfrentando barreiras
Tropeçar fazer besteiras
Tenho muito à agradecer
Por ter tido o privilégio
De pra outrem espargir luz..

As vezes no silêncio da noite
Já me acostumei a flertar
Invento mil fantasias
Meu hobi é divagar
Mergulho nesta magia
Meu maior trunfo é sonhar
Fujo da realidade
Uma forma de enganar
Que sou um sujeito inconstante
Viajo sem sair do lugar
Hora to em meio a florestas
N'outras to em alto mar
Pego carona na Lua
Miro nuvem a se formar
Nelas vejo siluetas
Dezenho o que desejo ao olhar
Assim supro minhas vontades
Sinto-me n'um lago a remar
Me entrego ao balanço de um barco
Com o vento a saculejar
Desta forma consigo esquecer
Que conjuguei o verbo amar
N'um passado também no presente
Mas sempre solo a fertar
Já não alimento esperança
De um dia reencontrar
O impulso que tive outrora
Deixo agora o tempo me levar
Pra distante além fronteiras
Horrizontes vou desbravar
Quem sabe n'outras galacias

Em sonho possa ancorar

Não sei se sou demasiadamente coerente ou se minha utopiarizada mente sente os efeitos do meu eu - dizem - inconsequente.
Será pelo fato de - literalmente
Ser inerente ao tipo gente?
Não !
Não consigo me entender
A esta altura qual kamikaze
Gostar de sofrer?
Até porque
Eu não tinha o direito
De interferir
Seria insano
Adentrar em planos
De outrem que sonha
E não seria justo
Se até por impulso
Viesse a gostar - a concluir

Sim, não, talvez...

Desistir geral?
Sei lá, sim, não, talvez?
Não tentei calcular a velocidade do tempo;
por tal, perdi muito tempo - me perdi no tempo.
Existe um tempo certo pra viver - no amplo sentido da palavra?
O tempo - penso - dita as regras e - que eu saiba - ainda não foi inventado o metrômetro.
Ou, alguma espécie de giringonça, adequada à manipular o dito cujo - tipo adiantar o tempo em 3, 4, 5 anos, retroagi-lo em 20, coisas do tipo.
E uma das facetas mais intrigantes do tempo, penso seja 'adequar' tempo para que permitamos ser marionetisados.
Sim, quando nos deixamos enveredar por - mínimo que seja - período de tempo, vulnerabilizamo-nos. Vulneráveis, somos tal qual barcos à velas em alto mar - à deriva - conduzidos de acordo com a direção dos ventos.
Atualmente, preciso - e preciso muito - ao menos encontrar uma bussola para conseguir me orientar rumo a um norte (ou quem sabe leste, sul, oeste, sudeste)...

Perdi o rumo

Caminho incerto
To n'um deserto
Em plena multidão.

Tropeço aqui tropeço ali
Sou caminheiro
Sigo essa estrada desbravando
Aqui, já não encontro chão.

Que olhar!

Triste
Distante
Perdido no horizonte
Baixou a vista
Tentou disfarçar
Mas sua fisionomia
Não consegue enganar

Ta distante sim
Mas certeza tenho
Não pensando em mim
Até porque
Não tem nada a ver
Apenas percebi-te assim.

Mentira
Ou talvez seja alto engano
As vezes fazemos planos
Sem nos alto analisar
Quando quebramos a cara
Por sonhar sem ter limites
Somos sim nos os culpados
Por ter do que lamentar.

Sou do meio

Mas não faço parte
Em Ilha da Fantasia
É assim
Não importa a arte
Se não comunga
Nem prévio aviso
É "descarte"...

O mundo prestaria...
se
não fosse essa mania
de
quase todo mundo
pensar
viver
em em torno do dinheiro
noite e dia.
O mundo prestaria
se
não houvesse o egoismo
todo - ou quase todo mundo
defendendo
interesses mesquinhos.
O mundo prestaria
se
a ganância
não. fosse carro chefe
quase todos
na mesma sintonia.
O mundo prestaria
se
fraternidade fosse
cultivada de verdade
e todo mundo
fosse
uma grande confraria.
O mundo prestaria
se
solidariedade
não fosse
mera teoria.

Almejo/ planejo terminar meus dias longe de tudo (em especial deste mau/ necessário) mas preciso espalhar o meu pensar. Tenho 8 títulos (livros) publicados e outros tantos publicáveis. Se alguém se dispuser à vende-los disponibilizo-los no racha.

Tomei esta decisão ao mostrar todos à um amigo - muito amigo - o qual já tinha adquirido 2 dos meus títulos que me disse depois de uma breve examinada: "muito bom; mas tá dando dinheiro?" - Não respondi; corria o risco de perder o amigo.

Eu preciso eu preciso eu preciso tanto
deixar de ser otário
entender que desse jeito
é história de vigário
tal qual em contos de fada
pobre mais que de repente
acerta na loteria
e torna-se milionário
aí sim pode sonhar
tá lá no dicionário.

Oh nuvem!
Vejo que és densa...
 leva pra bem longe
este meu jeito de ser
que por querer ajudar
sempre saio em desvantagem
leve pra outras paragens
minhas inconsequências
que penso quem sabe tenhas
por tal feito recompensa.

(In)sensível!
Manhã de Sol
Em Terezinha - PE
Linda praça
Transeuntes passam
Pra lá e pra cá
Caminham sem pressa
Até parece festa
Sorrisos perenes
Mas quebrando a cena
Algo instiga à pena
Um ancião sofrido
De olhar dorido
Percebe-se no semblante
Que poucos lhe entendem.

Um copo
Ao abrir a porta
Ao nascer do dia
Vi um copo à minha porta
Um copo - de leite
Bastaria
Para em muitos lares
Abundar a alegria.

Se faz falta muita falta
Mas sabe-se que é insano
Dá vazão a um sentimento
Preferível recuar
A prosseguir, fazer planos
Sob pena de mui breve
Mergulhar n'um desengano.

Ao longe, sobre os telhados, serpenteava pequena coluna de fumaça, vagava em direção aos sonhos que perdidos no horizonte da minha memória, teimava em querer ser, não a fumaça de uma lareira, mas a fumaça de um incêndio que devoraria a estupidez dos energúmenos que povoam o nosso imaginário.

"É primavera..."
Que primaveriu sejam teus passos
Que teu caminhar seja sereno
Que flores silvestres te circundem
Que haja Sol mais seja ameno
Para que em nenhum momento
Afete teu corpo tão pequeno
E que conserves sempre sempre
Esse teu belo corpo moreno.

Eu sei oh bela estrelinha
Tu parece pequeninha
Tu ta longe mais tais perto
O céu tá todo nublado
E dai do teu reinado
Tu saisse pra mostrar-me
Que logo menos o Sol brilha
Vai florir no meu deserto.