segunda-feira, 31 de março de 2014

Fetiches fetiches fetiches
Apenas fetiches
Magia inexplicável
Que irresponsavelmente
Induz à seguir em frente
Em buscas tão desmedidas
Que enfrentamos precipícios
Vezes por uma florzinha
Nas encostas, nas florestas
Onde feras dão as cartas
Se conseguimos colhe-la
Então, é que percebemos
Que contem forte veneno
Qual num deserto, miragem
Ou fantasias que temos.

quarta-feira, 26 de março de 2014

"Se fosse algodão doce

O homem no Sertão
Mira o céu
Azul anil
Nuvens se formando
Ele, pensa alto
E diz n'um grito agudo
"Se fosse algodão doce
E eu as alcançasse
Pra choupana levaria
Pr'as crianças então diria
Trouxe-a pra vocês
Estão com fome
Comam".




segunda-feira, 24 de março de 2014

Um plebeu dista da realeza

E mergulho qual o peixe sem se ater
Que adentra enfrentando a correnteza
Tal qual ele enfeitiça-se pelas águas
Embriago-me com deslumbrante beleza
Bem sei, é tão somente fantasia
Um plebeu dista da realeza
Impossível controlar esta magia
Por impulso mesmo desengonçado
Vou remando um tanto abestalhado
Sei, sou bobo e sonhando acordado
Vou construindo o meu reino encantado
Até quando permitir-me a Natureza.

domingo, 23 de março de 2014

Dia da Água

Vem das nuvens em gotículas
Em chuva torna-se no ar
São oriundas da terra
Calor as faz transformar
Em água - fonte de vida
Pra terra torna a voltar
Pra que venha pura e límpida
Devem-se o ar preservar
Presente da Natureza
Pra toda forma de vida
Ela venha alimentar.

E mergulho qual o peixe sem se ater
Que adentra enfrentando a correnteza
Tal qual ele enfeitiça-se pelas águas
Embriago-me com deslumbrante beleza
Bem sei, é tão somente fantasia
Um plebeu dista da realeza
Impossível controlar esta magia
Por impulso mesmo desengonçado
Vou remando um tanto abestalhado
Sei, sou bobo e sonhando acordado
Vou construindo o meu reino encantado
Até quando permitir-me a Natureza.

Se pretendes fazer algo
Não proteles
Faça já
Não dê mais tempo ao tempo
Pois o tempo é traiçoeiro
Sem sequer te avisar
Pode não te dar
Mais tempo.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Navegar até o amanhecer

"Minha'alma de sonhar-te anda perdida..."
Meus olhos não se cansam em te mirar
Fico aqui de onde estou a imaginar
Como posso controlar o meu querer
No azul de tua'água mergulhar
Navegar até o amanhecer
Quando o Sol no'horizonte despontar
Acordar além mar e com você
E na magia do'amor te envolver
Em meus braços poder te apertar
E sentir o calor ao entardecer
Depois de o dia terminar
Quando a brisa da noite retornar
N'uma praia nós dois adormecer
E de novo quando o dia amanhecer
Ter certeza de estão com você

Fantasiar bobagens sem nexo também é preciso - é uma fórmula inconsequênte dr brincar com a vida já que ela - a vida - brinca tanto com a gente

Acordei, pulei da cama
Pois pelas brechas da telha
Vi um clarão reluzente
Corri pra vê que'ra aquilo
Era uma estrela cadente
Que cortava o horizonte
Pensei: nos trás boas novas
Vamos à luta, queridos!

quinta-feira, 20 de março de 2014

Voar voar voar

Voar voar voar
Asas à imaginação
Dá vazão à fantasias
Sonhar nem sempre é em vão
Imaginar que é possível
Mesmo se o mundo diz "não"
Na vida, vale a magia
Viver, sem limitação
Assim, mesmo no deserto
Não existe solidão.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Saudade...

E por falar em beleza
Onde anda você
Que faz brilhar meus olhos
Sempre quando te vê
És princesa, és rainha
Quando ao anoitecer
Surges bem de mansinho
Parecendo querer
Aumentar a ternura
Que tenho por você
Por favor não me faça
Enlouquecer
Nessa espectativa
De tanto te querer
Oh... majestosa Lua
Não me deixes sofrer
Fico contando as horas
Antes de amanhecer
Pra dormir um pouquinho
E sonhar com você,

Saudade...
Do tempo em que eu comprava à tardinha meio quilo de espanta vizinho pra degugastar - assada na brasa - com farinha seca nas bocas de noite na casa do morador.
De quando acordava todos os dias às. três e meia da madruga para campear o gado pro curral e começar a tirar o leite antes do amanhecer
De quando às tardes mãe fazia requeijão e eu saia de porta em porta na vizinhança vendendo
De quando eu fiz um plantio de alface, quento, cebolinha, chuchú e tomate no quintal e vendia n'uma bacia de zinco porta a porta
De quando comprei um isopor pra vender picolés - eu era tão pequeno que seu Adonei não me confiou uma caixa/ isopor
De quando eu comprava sacos de amendoim, torrava e cozinhava e vendia no ponto dos ônibus ao lado do - hoje - centro cultural
De quando comprei um carrinho de confeito na calçada do sinuca do Sr. Deó - hoje posto vivo
Do tempo em que eu - por rebeldia - afinei pra São Paulo e fui ser servente de pedreiro - depois vender limão nos semáforos
De quando voltei e comprei- em 18 prestações uma kombi 1972 com a linha da Rua do Corrente
De quando antes de terminar de pagar comprei uma 0 KM ano 1974
De quando criei a linha da Rua do Mundaú - depois foi vendida (fiado) para o - hoje - Prefeito
Depois continuo...

terça-feira, 18 de março de 2014

Tempo ao tempo

Desde muito tempo
Perdi tempo
Dando tempo ao tempo
Não entendi a tempo
Que o tempo é
Senhor do próprio tempo.

Andar andar andar
Perambular sem rumo certo
Sem me preocupar com tempo
Aproveitar cada momento
Vislumbrar a Natureza
Se de nada tenho certeza
Preencher este vazio
E no finzin de cada dia
Contemplar o por do Sol
Por trás do monte no Horizonte
E quando o céu já estrelado
Divagar além fronteiras
Talvez encontre uma maneira
De em meio a multidões
Não mais me sinta n'um deserto.

sábado, 15 de março de 2014

Oh nobre, ilustre poeta

Oh nobre, ilustre poeta
Imagino o que pensas
De ondes estás percebendo
Este que a ti abraça
Quiçá nesta mesma praça
Nem lhe permitam dormir
Muitos preferem assistir
Cena assim tão degradante
Não param por um instante
Pra refletir sobre isto
Para alguns, dizem ser lixo
Escória pre destinada
A seguir esta jornada
Aumentando estatísticas
Dos tais, marginalizados
Passam, olham de lado
E inda ousam dizer
"Não tenho nada com isso".


















Miro-te insistentemente
Depois volto a te mirar
Fico de bronca com 'a nuvem
Que ousa te ofuscar
Distraio-me olho uma garça
No céu, faceira a voar
Anseio o entardecer
Não tarde à povoar
Pois sei que no horizonte
Faceiramente surgirá
Majestosa como sempre
Vens pra me acalantar












Oh Lua!
Tu me fascinas
Quisera eu ter poderes
Para onde estás, eu está.


sexta-feira, 14 de março de 2014

O ser poeta

E ela tem
Um não sei que que entorpece
Mas a mente se enobrece
Para a beleza mostrar
Mostra verdades
E as vezes fantasia
Mergulha nessa magia
Chamada poetizar
O ser poeta
É ter sensibilidade
Não importa a idade
Vive-se a enamorar
Seja com as matas
Rios, florestas, pomares
Navega por altos mares
Do lugar a onda está
É sonhador
Cria seu próprio mundinho
Se há pedras no caminho
Se encarrega de as juntar
Pra construir
Seu castelo encantado
Mesmo sendo uma tapera
Tem que ter alguém pra' amar.

Ah se possível fosse
Subistituir o ponto
Se não por ponto e vírgula 
Ao menos por reticencias
Quiçá pudesse desvendar
Que mistério pode haver
Desta mulher, no olhar
Dá a impressão que o medo
A impede de viver
Percebo sonhos dourados
Seu sorriso encabulado
Não consegue disfarçar
E deixa transparecer
No coração e na alma
Tem guardado a sete chaves
No mínimo algum segredo

quarta-feira, 12 de março de 2014

Pensei pensei pensei

Pensei pensei pensei
Aí onde quebrei a cara
Por não ter ido em frente
Pensar demasiadamente
Também induz
À vê - mas ausente.

Tentar, tenho ininterruptamente tentado.
Tenho me 'rebolado' qual um peão de ponteira
Tenho pensado besteira mas prevalece o bom senso To correndo contra o tempo tenho levado rasteiras
Do abismo to à beira e tenho pano pras mangas
Sem sentido fazer drama correto é seguir em frente
Observar tanta gente em situações difíceis

terça-feira, 11 de março de 2014

Chuva caindo

Chuva caindo
Preparando a terra
está adubada
semear o milho
e também feijão 
pra fazer canjica
pamonha e cural
de feijão panelada
para festejar
uma colheita farta
festejar contente
à beira da fogueira
na noite de São João

"O tempo passa, o tempo voa"
Amanhã ao amanhecer
Vou pegar um par de lemes
E navegar de canoa
Pescar algumas piabas
Lá pras bandas da lagoa
Rememorar tempos idos
Momentos não esquecidos
Quando até sem motivos
Eu vivia rindo atoa.

segunda-feira, 10 de março de 2014

'patinho feio'

Sempre fui 'patinho feio'
Não me mirava em espelho
Era tão complexado
Que quando visita em casa
Me escondia nos recantos
Receio que alguém dissesse
"É tão feio que espanta"
Cultiva esta 'síndrome'
Qual uma especie de mantra
Pra compensar mergulhava
Quando dormia sonhava
Ao acordar passava
Os dias e até noites
Envolvido em devaneios.

terça-feira, 4 de março de 2014

Marchinha de carnaval in Ilha da Fantasia

"Eh eh eh fumacê
Ah ah ah fumaçá"
Ha leds em parte da Cidade
N'outras partes nem fumacê hã
Enquanto lá poucos se divertem
Muitos se lamentam cá
Muriçocas são quem fazem festas
Pois escuro é seu habitat.

Se em sonho tudo pode
Até mesmo o impensável
Mas se na vida real
A não ser no carnaval
A tal da hipocrisia
Rotula até de indecente
Se alguém tenta viver
Fazer de um sonho real
É por tal que existe tanta
Gente triste, depressiva
E tanta vida vazia.