Um animal na estrada
Um bêbado em sentido contrário
Um enxame de abelhas
Um fortíssimo nevoeiro n'uma curva
Um louco que azune uma pedra
Um mau súbito ao volante
Um sem número de situações outras
Um fatidico caso - mais um - mera 'fatalidade'.
Como compôs/ cantou Belchior "caso comum de trânsito" - ela tem sempre uma 'desculpa' para continuar sua saga de 'faxinar' o Planeta.
O ser poeta - ou metido a tal como eu - é ser contumaz mentiroso: quando narro que estou na solidão, tô sempre bem acompanhado: das lembranças. Relendo alguns poemas - sem nexo - que escrevi e, pensei: foi só uma forma de 'respirar' nas vezes que encontrava-me no 'deserto'.
domingo, 2 de julho de 2017
Angústia
Angústia
Sentimento cortante
Qual o fio da navalha
Do peito quase eclode
Ardente
Qual larvas de vulcão
Sensação pungente
Pontiaguda/ cáustica
Penetrante
Chamas transbordam
E a mente impotente
Só reclama.
Sentimento cortante
Qual o fio da navalha
Do peito quase eclode
Ardente
Qual larvas de vulcão
Sensação pungente
Pontiaguda/ cáustica
Penetrante
Chamas transbordam
E a mente impotente
Só reclama.
domingo, 12 de fevereiro de 2017
Alguns
Será?
Poderá vir
A acontecer
Ou não
Em
Havendo tempo
E se
Não houver
Contra-tempo
E o tempo
Ah, o tempo!
Fui dando tempo ao tempo
E ele - o tempo
Implacável e
Sorrateiramente
Foi
Me tirando de tempo.
*
"Lua Lua amiga
Vai dizer à ela"
Que 'eu to
pertinho das nuvens
me balançando n'uma rede
curtindo uma brisa suave
quase alcançando estrelas com a mão .
*
Fim de tarde
Horizonte
À oeste,
Ocaso
Nostalgia
Palavras ao vento
Onde irão
Ancorar?
*
Um sábado a noite
quão difere
dos sábados de 'outrora
as luzes da cidade
não mais me fascina
quiçá por essa
estradinha deserta
pirilampos enfeitando o céu
reportem-me de novo
aos tempos dos sonhos.
*
Dormi
E sonhei
No sonho
Um frenesi
Eufórico senti
Teu corpo molhado
Acordei suado.
*
Dormi
E sonhei
No sonho
Um frenesi
Eufórico senti
Teu corpo molhado
Acordei suado.
Poderá vir
A acontecer
Ou não
Em
Havendo tempo
E se
Não houver
Contra-tempo
E o tempo
Ah, o tempo!
Fui dando tempo ao tempo
E ele - o tempo
Implacável e
Sorrateiramente
Foi
Me tirando de tempo.
*
"Lua Lua amiga
Vai dizer à ela"
Que 'eu to
pertinho das nuvens
me balançando n'uma rede
curtindo uma brisa suave
quase alcançando estrelas com a mão .
*
Fim de tarde
Horizonte
À oeste,
Ocaso
Nostalgia
Palavras ao vento
Onde irão
Ancorar?
*
Um sábado a noite
quão difere
dos sábados de 'outrora
as luzes da cidade
não mais me fascina
quiçá por essa
estradinha deserta
pirilampos enfeitando o céu
reportem-me de novo
aos tempos dos sonhos.
*
Dormi
E sonhei
No sonho
Um frenesi
Eufórico senti
Teu corpo molhado
Acordei suado.
*
Dormi
E sonhei
No sonho
Um frenesi
Eufórico senti
Teu corpo molhado
Acordei suado.
Um Andarilho
Pra lá e pra cá
Um ir e vir constante
Demonstra não ter pressa
Percebe-se no semblante
Cançado de promessa
Vêz em quando se'aflige
Existe, já não vive
Andarilhar lhe resta.
*
PS: certa vez lhe ofereci carona - respondeu: "dispenso; não sei pra onde vou não tenho rumo certo por isso não tenho pressa".
Um ir e vir constante
Demonstra não ter pressa
Percebe-se no semblante
Cançado de promessa
Vêz em quando se'aflige
Existe, já não vive
Andarilhar lhe resta.
*
PS: certa vez lhe ofereci carona - respondeu: "dispenso; não sei pra onde vou não tenho rumo certo por isso não tenho pressa".
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
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