segunda-feira, 23 de junho de 2014

Na velocidade da luz

"Apenas apanhei na beira mar
Um taxi pra estação lunar"
Mas ao passar pertinho de uma estrela
Me enfeiticei com a beleza de um cometa
Pedi então desviado fosse a rota
Retornei quase
Na velocidade da luz
Tencionava bater à tua porta
Mas foi um sonho
Até dormindo
O devaneio me seduz.

domingo, 15 de junho de 2014

Parecia ao alcance

... e de perto pareceu distante - bem mais distante
Parecia ao alcance
Tão somente parecia
Mera magia.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Um breve espaço no tempo

"Mas e a vida
O que é o que é
Diga lá meu irmão?"
Penso seja
Um emaranhado de labirintos
Um breve espaço no tempo
À uns muita alegria
Já à outros tormentos
Mas o tempo não para
Sempre em movimento
Na estrada há flores
Mas também espinhos
Só há uma certeza
Não marchamos sozinho
Teremos que seguir
Pelo mesmo caminho
Pois na última viagem
Não há distinção
Mas e a vida
Que vivemos aqui
É apenas passagem
O que fantasiamos
É tipo miragem
Na real nos espera
O que?
Não se sabe não...

sábado, 7 de junho de 2014

Sonhei e sonhei muito! Mas foram mera e tão somente sonhos.

Sonhei e sonhei muito! Mas foram mera e tão somente sonhos.

Nada do que for dito fará mudar conceitos de quem já tem conceitos formados - mesmo em sendo distorcidos - sobre.

De "rasteira" em "rasteira" - ninguém é de ferro - chega-se a perder o equilíbrio. Quando "isso" acontece, penso seja razoável 'sacudir a poeira' pé na estrada e tentar - n'outras paragens - guarida...

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Compensar os dissabores/ O vento Ou o tempo

"Viver é melhor que sonha"
Ah é sim!
Mas sonhar é mergulhar em fantasias
É tentar suprir a falta
Compensar os dissabores
Percalços do dia a dia
É buscar o abstrato
Quando o real não convém
Viver no sonho, a magia.

Não sei se o vento
Ou se o tempo
Só sei que a muito tempo
Vivi momentos
Tão somente momentos
Momentos que
O vento
Ou o tempo
Sorrateiramente
Levou.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Em solo tipo sertão.

Caminhando contra o tempo
Sem rumo sem direção
Tantos impulsos retidos
Fui atender a razão
Pago por ser reticente
Por cultivar a semente
Em solo tipo sertão.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A saga de um sonhador

Fincar raiz valeu sim
Foi bom enquanto durou
Tentei, alimentei sonhos
Que com o passar do tempo
Tudo aquilo que busquei
Aos poucos desmoronou
Resta pegar a estrada
Sair sem destino certo
Desfrutar cada minuto
Pois é precioso o tempo
Que o Cosmo me facultou
A peça que escrevi
Ao longo do caminhar
N'um palco vou encenar
E para o Mundo mostrar
A saga de um sonhador.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Tempo tempo tempo tempo

Tempo tempo tempo tempo
De ti só tomei rasteiras
Sei, fiz algumas besteiras
Mas indago: quem não fez?
Devias ser complacente
Pois bem sabes que ser gente
É por demais complicado.

domingo, 1 de junho de 2014

Perdido - como d'antes/ Quem é ela?/ Parte da realeza

Perdido - como d'antes
N'um canto qualquer - parado
O carro estacionado
Os vidros, todos vedados
Ouvindo som - nostalgia
Rememorando dos dias
Nos quais sonhava acordado
Vejo olhando pro lado
Quanta gente está perdida
Quiçá procuram guarida
Pois demonstram não ter norte
Mas precisa-se ser forte
Pra transpor tantas barreiras
Quão obstáculos na vida.

Vejo n'um banco da praça
Um ancião pensativo
Deve buscar lenitivo
Mirando pro horizonte
Por está tão entretido
Deduzi, está pensando
"Por que é tão complicado

Viver em desequilíbrio?"

Quem é ela?
Sim, quem é ela?
Que surge assim
Tão sorrateiramente
E quando nuvens ofusca a visão 
Eis que ela vem
Qual uma bela canção 
Adocicar de novo o existir
Vontade tenho de logo partir
Quiçá pegar o primeiro avião 
E sem pensar se é certo ou não 
Desembarcar naquele lugar
Tão distante - esquecer a razão 
E atender sem sequer refletir
O impulso do velho coração?

"Espero que a música que'eu canto agora/ possa expressar o meu súbito amor"
Que - na real - somente eu amei
Fiz tantos planos (ela não sabia)
Anos e anos em sua companhia
Morávamos sob o mesmo teto
Eu plebeu e ela rainha
Rainha sim em ternura e beleza
Mas por fazer
Parte da realeza
Distanciei-me sem sequer dizer
Que ela era minha completude
Porém faltou-me ter a atitude
De expressar o quanto a queria
Que o meu peito ardia em chamas
Todas as vezes que na mesma cama
Acordava e via ao meu lado
Aquela que ainda inocente
No meu ombro encostava
E adormecia
Covarde, fui pois não acreditava
Que por um ser tão inexpressivo
Uma princesa não se apaixonaria
Parti pra longe pois pensei comigo
Se distante, a esqueceria
Mas o tempo fez-me entender
Que pelo menos amei um dia.