Nas entre-linhas dos versos
Desnudo o meu pensamento
Pego carona no vento
Desbravo florestas, mares
Dos pássaros ouço os cantares
Das flôres sinto o aroma
Do amanhecer na roça
Na relva miro o orvalho
Na roça um espantalho
Que afugenta passarinho
Prá nao fazer o seu ninho
Do milho comer o grão
Dividindo o lucro então
Da luta d'um ano inteiro
Prá não fazer seus puleiro
No meio da plantação
Na manhã ensolarada
A brisa forma partículas
Qual cristais descendo em bicas
Das fôlhas da imburana
Também da palha da cana
No solo forma cacinba
E o camponês se anima
Pois na escassez de chuva
Recorre a cacimba d'água
Pra 'alimentar seu rebanho
Do alto da barauna
O carcará dá seu grito
Pá assustar o cabrito
Que esta em meio as ovelha
E ao sair na carrera
Ser fisgado por seu bico
Carcará quem não conhece
É a águia do Nordeste
Valente quinem a peste
E quando mira uma prêsa
Por mais alto que'ela esteja
Desce de lá ligeirinho
E até os bichin do ninho
Ele os agarra sem ter dó
Sem precisar de anzol
Se tiver peixe ele fisga
Nas garras segura cobra
Seu cardápio predileto
Vivente que estiver perto
Quando o ouve se arrepia
Cassaco preá e gia
Pra ele é só tira gosto
Pense n'um bicho disposto
O carcará do sertão
Das aves que por lá voam
Ele'é o mais valentão.
O ser poeta - ou metido a tal como eu - é ser contumaz mentiroso: quando narro que estou na solidão, tô sempre bem acompanhado: das lembranças. Relendo alguns poemas - sem nexo - que escrevi e, pensei: foi só uma forma de 'respirar' nas vezes que encontrava-me no 'deserto'.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
*Cansei de ficar parado
Cansei de ficar parado
Vou viajar um pouquinho
Pegar carona no vento
Divagar devagarinho
Revisitar cachoeiras
Reouvir os passarinhos
Rememorar tempos idos
Quiçá num flerte de sorte
Reencontre a harmonia
Que divagar a perdi
Pelas curvas do caminho.
Vou viajar um pouquinho
Pegar carona no vento
Divagar devagarinho
Revisitar cachoeiras
Reouvir os passarinhos
Rememorar tempos idos
Quiçá num flerte de sorte
Reencontre a harmonia
Que divagar a perdi
Pelas curvas do caminho.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
'Oração' por Garanhuns - 133 anos
"Quem tem fé, reza em voz baixa!”
“Querido Amigo Jesus: interceda por favor junto ao Pai Supremo, no sentido de que Ele olhe mais por essse "pedaço de chão"...
Agraciado por Belezas Naturais
Clima ameno e tropical
Solo fértil e tão brejeiro
Em todo canto brota flor
Água de puro sabor
O povo é trabalhador
Honesto e hospitaleiro
Faça com que os políticos
Olhem mais prá nossa gente
Que embora seja carente
Lhe falte oportunidade
Todos amam esta cidade
Que mesmo tendo essa idade
Padece do abandono
E aqueles que ocupem "o trono"
Trabalhem com afinco e fé
Buscando o que o povo quer
E todos sabem o que éVer o progresso eminente. Amém
“Querido Amigo Jesus: interceda por favor junto ao Pai Supremo, no sentido de que Ele olhe mais por essse "pedaço de chão"...
Agraciado por Belezas Naturais
Clima ameno e tropical
Solo fértil e tão brejeiro
Em todo canto brota flor
Água de puro sabor
O povo é trabalhador
Honesto e hospitaleiro
Faça com que os políticos
Olhem mais prá nossa gente
Que embora seja carente
Lhe falte oportunidade
Todos amam esta cidade
Que mesmo tendo essa idade
Padece do abandono
E aqueles que ocupem "o trono"
Trabalhem com afinco e fé
Buscando o que o povo quer
E todos sabem o que éVer o progresso eminente. Amém
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
*Evidentemente/ mente
Quem diz que nada sente
Mente
Externar sentimento
Não é conveniente
Vegeta-se
Não se vive
Pra não ser inconsequente.
Mente
Externar sentimento
Não é conveniente
Vegeta-se
Não se vive
Pra não ser inconsequente.
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