terça-feira, 3 de novembro de 2015

Mel/ insônia

Doce doce doce
Feito mel
É acordar
E ter
A sensação
De ter sonhado
E sentir na boca
O sabor único
De ter provado
Um favo de mel.


E a insônia
Me faz
Rememorar
Do tempo doce
No qual
Nas madrugadas
Eu
Pegava a bike
E sem rumo certo
Saia a pedalar.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Um flagrante delírio

Um suspiro longo
Um sonhar acordado

Um flagrante delírio
Um insano desejo

 imagem 'emprestada' do Google


Um flutuar dentre nuvens
Um sentir suspensa a alma

Um em meio a tempestade
Uma inexplicável calma

Um num Sol incandescente
Um vê brilho de estrelas

Um num eclipse total
Um vê a Lua e entendê-la

Um involuntariamente
Um flagrar-se a fazer planos

Um ao aroma da manhã
Um deletar os desenganos

Um voar mesmo sem asas
Um devanear ao léu

Um num acorde sem arpa
Um conduzir-se até um céu

Um manter os olhos fixos
Um n'um relógio da parede

Um pela a ausência dela
Um salivar sentindo sede

Um ao vê passar da hora
Um parar pra refletir

Um querer ensandecido
Um por uma 'visão'

Um não querer mudar de rota
Um seguir tal direção

Um misto de ensandecido
Um qual alucinação

Um forte pulsar no peito
Um quase tipo vulcão.

sábado, 10 de outubro de 2015

"Viver é melhor que sonhar"

Ah, sim!

Mas sonhar

É mergulhar em fantasias

É tentar suprir a falta

Compensar os dissabores

Percalços do dia a dia

É buscar o abstrato

Quando o real não convém

Viver do sonho, a magia.




como me fascinas!

"Linda/ só você me fascina"

Quão és bela e majestosa

Quando surges sinuosa

Embelezando as colinas













Oh Lua - como me fascinas!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Formigas rumo a formigueiros

Formigas rumo a formigueiros

Finas folhas às costas

Formam filas

Fora

Formigueiros

Humanos

Sem rumo

Formigam.

Materializando o fictício

Desmaterializando a matéria
Materializando o fictício

É como se mirasse numa tela
Anseios e desejos - que suplício!

Os dias parecem ser mais breves
As noites, longas, intermináveis

Infértil, a mente sequer se atreve
Tentar transpor esta densa tempestade

Qual águas turvas num rio caudaloso
Qual neve espessa, qual nuvem de fumaça

Qual relógio que se quebra a cada instante
Num contra-senso, lentamente o tempo passa.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Daqui pra riba, inéditos

                                          Outubro - noite
                                                 Não é

                                           Mas parece
                                               Outono

                                       No céu, estrelas
                                         Bora vê-las?



Penso seja
Por ser

Exatamente
O que sou

Que
Barreiras

Impedem-me
De ir além

Da onde

Ainda estou.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

As belezuras da minha te4rra

Minha terra tem bonome

Catingueira, pau-pereiro

Tem velame, mussambe

Marmelero, imburana

Tem pau-ferro, burici

Tem aroeira, canzenze

Macambira, chic chic

Tem sucupira, fachêro

Onde canta o juriti

Hoje aqui na capita

Vislumbrando arranha-céus

Pensando com meus botões

As belezuras daqui

Nem de longe se compara

Com as belezas de lá.


quinta-feira, 23 de julho de 2015

Sonhos e nuvens

Tardes de outono
Sonhos e nuvens

Se confundem
De repente, o vento

Uns e outras,
Imenso vazio

Onde nada se enxerga

Além de descontentamento
Ah, inquieta mente!

terça-feira, 21 de julho de 2015

Imensidão

A noite esta chuvosa
E apesar de nuvens densas

Eu olho pr'as estrelas
Imagino-te a vê-las

Talvez seja miragem
Engano - que viagem!

Quiçá mera
Divagação

E eu admirando
Esta imensidão.


quinta-feira, 16 de julho de 2015

E assim é a arte -do poetizar

Singela
Meiga, bela

Qual n'um pomar
Uma aquarela

E que ninguém a tente complicar

A arte do poetizar
Alto-explica-se

Quando conjuga-se
O verbo AMAR.


segunda-feira, 13 de julho de 2015

"Ora (direis) ouvi estrelas
Certo
Perdeste o senso!

E eu vos direi, no entanto"


Mirei esta nuvem e 'vi'
Uma silhueta - duas 'almas'

Pareciam flutuar - e cantarolar

"Nós dois voando 'sobre' o céu
Tudo é tão lindo

O mundo parece tão bonito
Além do horizonte

Quem dera pudéssemos transpor
A barreira do tempo

Quiçá reviver momentos
Além dos que vivemos antes"

E por meu medo não ter tido medo

Que o silêncio possa me mostrar
Que não há efeito sem causa

E por meu medo não ter tido medo
De ofuscar meus anseios e desejos

Foram sorrateiramente minandas possibilidades
De o implacável tempo permitir

Fossem transformados
Audaciosos sonhos

Em auspiciosas realidades

.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Além do horizonte

"Ora (direis) ouvi estrelas
Certo
Perdeste o senso!

E eu vos direi, no entanto"

Mirei esta nuvem e 'vi'
Uma silhueta - duas 'almas'

Pareciam flutuar - e cantarolar

"Nós dois voando 'sobre' o céu
Tudo é tão lindo

O mundo parece tão bonito
Além do horizonte

Quem dera pudéssemos transpor
A barreira do tempo

Quiçá reviver momentos
Além dos que vivemos antes"


E...
"Eu amava como amava o pescador
Que se empolga mais com a rede que com o mar
Eu amava como jamais poderia
Se soubesse
Como te encontrar"



sábado, 25 de abril de 2015

A mim, presenteaste

Oh bela florzinha

Quiçá fosse eu

Perspicaz qual a borboleta

Contentar-me-ia

Tão somente admirar-te

E toda vez que ti miraste

Contaminar-me-ias

Qual naquele longínquo dia

Que com tua presença

A mim, presenteaste.


domingo, 29 de março de 2015

O canto do beija-flor

O canto do beija-flor enquanto plaina no ar: poesia sem o uso de palavras.


Vez em quando surpreendo-me com um destes cantando em meu quintal - quase ao alcance de minhas mãos.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Praça - bela praça!/

Praça - bela praça!
Fonte, flores, chafariz

E o vento - brincalhão
Sopra
Compondo uma canção

Sinfonia de flautas
Flautas doce

Qual doce aquele nécta
O qual guardo o sabor

Tão somente na imaginação.

PS: o abstrato dispensa medidas - o encantamento, basta é em si o contentamento como complemento.

(Only love truly once a lifetime)

Barulho nas nuvens
Olho pr'o alto
Vejo veloz
Um avião a jato

Olho pr'o chão 
Lentamente movimenta-se
Uma tartaruga
Deduzo do porque da longevidade.


quarta-feira, 25 de março de 2015

Fim de tarde

Fim de tarde
Sair a anadarilhar sem rumo certo

Às margens, vegetações diversas
Muito verde

Mas tudo parecia tão deserto
Pensei - quão cruel a finitude

A desesperança

E lembrar que
Cheguei a está

Tão perto

segunda-feira, 23 de março de 2015

Nova - Lua nova

Nova - Lua nova
És a mesma que vi em tempos idos

Mostras encantos
Resgatas prantos

Fantasias, utopias
De um passado tão remoto

Tens as estrelas
Abrilhantando-te

E eu?

Tenho a ti

Apesar de
Tão distante!

Mas parece estás aqui
Neste exato instante...

Fragmentos de tempo

Tempo
Fragmentos de tempo

Qual cacos de vidro
Ladrilharam o caminhar

Fragilizam meus passos
Desviei de rota

Percorri distraido
Inospitas veredas

Acumulei com o tempo
Silenciosa a badalar

A campainha do tempo
Em meus tímpanos a soar,

terça-feira, 10 de março de 2015

Aniversário de Garanhuns

Garanhuns
"Bi centenária" Garanhuns
Bela e hospitaleira
Lembra-te de que surgistes
Da generosidade
De uma jovem que
Em tenra idade
Alheia a vaidades
Decidiu abdicar
Das terras as quais herdou
Em pro da comunidade
Fazendo assim nascer
O que com o passar do tempo
Transformar-se-ia
Nesta tão bela cidade
Parabéns Garanhuns!


domingo, 8 de março de 2015

Dia da mulher - sempre e todo dia

Mulher - ah mulher!
Homenageiam-te neste dia
Mui merecidamente















Quiçá fosse assim
Todos os dias
Pois se no mundo há amor
És tu mulher, a semente

És sensível qual a flor
Expressa-te delicadamente
Seja qual seja a tormenta
Suportas naturalmente

Ah se todos entendessem
A importância que tens
Por nada magoariam
Sacrifício até fariam
No intuito de te ver
Sempre sempre sorridente

Rogo à Deus todos os dias
Seja mui Benevolente
E que te cubra de Bênçãos
Permita teu caminhar
Seja tão suavemente
Qual um barco a navegar
Nas calmas águas de um mar
Conduzido pelo vento
Qual brisa, serenamente.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

ser sem jamais ter sido

Arde o peito
Grita a alma

Silenciosamente

Um contentamento
Descontente
Qual lamento
Quiçá incoerente

Se há culpa
Por ser sem jamais ter sido
Resgatar algo que
Em tempos idos

Foi tão somente
Por uma parte
Pretendido

São quimeras
De um passado adormecido

Re-surgindo
Inesperadamente

Corrobora uma tese
Pertinente

"Ninguém tem
Controle sobre a mente".


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Sinal fechado/ Será?

Sinal fechado

Pra que pressa se a cada dia que passa é um dia a menos rumo ao (inevitável) futuro?

Sinal fechado
Paro!

Pra que pressa
Se a vida passa
Tão depressa?

Encosto à direita
Junto a guia

Ligo o som
Viajo...

Ah, quão belos foram
Aqueles dias
Longínquos dias

Quantas lembranças!

Efervescência
Fantasias

Assim é a vida
Também desilusões
Louca e doce magia.

Será?
Poderá vir

Acontecer
Ou não 
Em 
Havendo tempo.
E se
Não houver
Contra-tempo.
E o tempo
Ah, o tempo!
Fui dando tempo ao tempo
E ele - o tempo
Sorrateiramente
Foi me passando pra trás.

sábado, 31 de janeiro de 2015

A sombra do tempo ofusca

O amanhã não é mais como ontem parecia ser.

Qual um reflexo n'um espelho
Um sorriso parece tão distante
Apesar de brilhar
Qual fosse diamante
A sombra do tempo ofusca
Nada será como
Talvez
Pudesse
Ter sido
Antes.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

N'um silêncio

E essa vontade insana de querer ir, ainda vai me levar além.

Tão pequenina
Parece caber
N'uma casca
De noz
Mas agiganta-se
Quanta magia
N'um olhar
N'um sorriso
E até
N'um silêncio.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Esperança por um fio

Esperei o dia inteiro
Desmedida ansiedade
Até que veio o ocaso
E as luzes da cidade
Esperança por um fio
Minha canoa, sem rio
Sem leme- desgovernada.



Sob este pé de quixabeira e umbuzeiro (os doia cresceram no mesmo espaço) eu fica horas as bocas de noite ouvindo o canto melancólico do bacural

Um diário - sem clase

Um diário - sem classe

E hoje é domingo
Mas um domingo
Não um domingo como outro qualquer
Deste 5° andar onde estou
Contemplo
Fito o que não me foi dito
Miro o horizobte
Parece-me bem ali
O céu
Encontrar os montes
Por trás dos arranha-céus
O tédio, meu acompanhante
Preferia a roça - trabalho árduo
Estafante
Mas, pior seria se pior fosse.

A esta distância, o gigante de ferro parece parado - plainando no ar.


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

VENDO

VENDO
Que o mar não tá pra peixe
Decidi
Desatracar o meu barquinho
Qual cigano
Andarilho serei nomade
Tentarei
Desbravar novos caminhos
Deixarei que o vento m'im oriente
Quiçá assim
Ancorarei n'um bom destino.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015