Um suspiro longo
Um sonhar acordado
Um flagrante delírio
Um insano desejo
Um flutuar dentre nuvens
Um sentir suspensa a alma
Um em meio a tempestade
Uma inexplicável calma
Um num Sol incandescente
Um vê brilho de estrelas
Um num eclipse total
Um vê a Lua e entendê-la
Um involuntariamente
Um flagrar-se a fazer planos
Um ao aroma da manhã
Um deletar os desenganos
Um voar mesmo sem asas
Um devanear ao léu
Um num acorde sem arpa
Um conduzir-se até um céu
Um manter os olhos fixos
Um n'um relógio da parede
Um pela a ausência dela
Um salivar sentindo sede
Um ao vê passar da hora
Um parar pra refletir
Um querer ensandecido
Um por uma 'visão'
Um não querer mudar de rota
Um seguir tal direção
Um misto de ensandecido
Um qual alucinação
Um forte pulsar no peito
Um quase tipo vulcão.
O ser poeta - ou metido a tal como eu - é ser contumaz mentiroso: quando narro que estou na solidão, tô sempre bem acompanhado: das lembranças. Relendo alguns poemas - sem nexo - que escrevi e, pensei: foi só uma forma de 'respirar' nas vezes que encontrava-me no 'deserto'.
terça-feira, 27 de outubro de 2015
sábado, 10 de outubro de 2015
como me fascinas!
"Linda/ só você me fascina"
Quão és bela e majestosa
Quando surges sinuosa
Embelezando as colinas
Oh Lua - como me fascinas!
Quão és bela e majestosa
Quando surges sinuosa
Embelezando as colinas
Oh Lua - como me fascinas!
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
Formigas rumo a formigueiros
Formigas rumo a formigueiros
Finas folhas às costas
Formam filas
Fora
Formigueiros
Humanos
Sem rumo
Formigam.
Finas folhas às costas
Formam filas
Fora
Formigueiros
Humanos
Sem rumo
Formigam.
Materializando o fictício
Desmaterializando a matéria
Materializando o fictício
É como se mirasse numa tela
Anseios e desejos - que suplício!
Os dias parecem ser mais breves
As noites, longas, intermináveis
Infértil, a mente sequer se atreve
Tentar transpor esta densa tempestade
Qual águas turvas num rio caudaloso
Qual neve espessa, qual nuvem de fumaça
Qual relógio que se quebra a cada instante
Num contra-senso, lentamente o tempo passa.
Materializando o fictício
É como se mirasse numa tela
Anseios e desejos - que suplício!
Os dias parecem ser mais breves
As noites, longas, intermináveis
Infértil, a mente sequer se atreve
Tentar transpor esta densa tempestade
Qual águas turvas num rio caudaloso
Qual neve espessa, qual nuvem de fumaça
Qual relógio que se quebra a cada instante
Num contra-senso, lentamente o tempo passa.
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Daqui pra riba, inéditos
Outubro - noite
Não é
Mas parece
Outono
No céu, estrelas
Bora vê-las?
Penso seja
Por ser
Exatamente
O que sou
Que
Barreiras
Impedem-me
De ir além
Da onde
Ainda estou.
Não é
Mas parece
Outono
No céu, estrelas
Bora vê-las?
Por ser
Exatamente
O que sou
Que
Barreiras
Impedem-me
De ir além
Da onde
Ainda estou.
Assinar:
Postagens (Atom)