terça-feira, 27 de outubro de 2015

Um flagrante delírio

Um suspiro longo
Um sonhar acordado

Um flagrante delírio
Um insano desejo

 imagem 'emprestada' do Google


Um flutuar dentre nuvens
Um sentir suspensa a alma

Um em meio a tempestade
Uma inexplicável calma

Um num Sol incandescente
Um vê brilho de estrelas

Um num eclipse total
Um vê a Lua e entendê-la

Um involuntariamente
Um flagrar-se a fazer planos

Um ao aroma da manhã
Um deletar os desenganos

Um voar mesmo sem asas
Um devanear ao léu

Um num acorde sem arpa
Um conduzir-se até um céu

Um manter os olhos fixos
Um n'um relógio da parede

Um pela a ausência dela
Um salivar sentindo sede

Um ao vê passar da hora
Um parar pra refletir

Um querer ensandecido
Um por uma 'visão'

Um não querer mudar de rota
Um seguir tal direção

Um misto de ensandecido
Um qual alucinação

Um forte pulsar no peito
Um quase tipo vulcão.

sábado, 10 de outubro de 2015

"Viver é melhor que sonhar"

Ah, sim!

Mas sonhar

É mergulhar em fantasias

É tentar suprir a falta

Compensar os dissabores

Percalços do dia a dia

É buscar o abstrato

Quando o real não convém

Viver do sonho, a magia.




como me fascinas!

"Linda/ só você me fascina"

Quão és bela e majestosa

Quando surges sinuosa

Embelezando as colinas













Oh Lua - como me fascinas!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Formigas rumo a formigueiros

Formigas rumo a formigueiros

Finas folhas às costas

Formam filas

Fora

Formigueiros

Humanos

Sem rumo

Formigam.

Materializando o fictício

Desmaterializando a matéria
Materializando o fictício

É como se mirasse numa tela
Anseios e desejos - que suplício!

Os dias parecem ser mais breves
As noites, longas, intermináveis

Infértil, a mente sequer se atreve
Tentar transpor esta densa tempestade

Qual águas turvas num rio caudaloso
Qual neve espessa, qual nuvem de fumaça

Qual relógio que se quebra a cada instante
Num contra-senso, lentamente o tempo passa.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Daqui pra riba, inéditos

                                          Outubro - noite
                                                 Não é

                                           Mas parece
                                               Outono

                                       No céu, estrelas
                                         Bora vê-las?



Penso seja
Por ser

Exatamente
O que sou

Que
Barreiras

Impedem-me
De ir além

Da onde

Ainda estou.