quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Ilusão idiótica: um dilema que me atormenta

Ilusão idiótica: um dilema que me atormenta.




















Mas, vou ganhar um milhão
Sequestro ela
E vam'imbora pro Japão

Eh sertão
Tempo baum aquele
Sequer havia televisão

Qando vinha a trovoada
Eu imbocava na caatinga
Em busca dos boi manhoso
Pras corrida de morão

A verdadeira vaquejada
As festa de apartação

Eita nois!
Quebrei a cara
Vindo embora pra cidade
Em busca de ilusão

Quanta saudade
De acordar madrugadinha
E amolar as ferramenta
Pra cuidar da plantação

Ver os campos chei de milho
E os roçados de feijão

Vou m'imbora é lá pra roça
Ao invés de ir pr'o Japão
Ver as cabocla facera
Que causa admiração

Rever um montão de amigos
Que deixei lá no Sertão.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Deve ser Transcendental

Doce
Meiga
Envolvente
Angelical
Se é assídua
Nos meus sonhos
E não é real
Deve ser
Transcendental.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Relembrando a manjedoura

N'uma casinha de taipa
Certamente não há decorações
Mas deve haver sentimento
Do âmago dos corações
Relembrando a manjedoura
D'onde nasceu o Messias
Que veio nos ensinar
A viver em união.















Fantasiar faz sentido
Quando se é sonhador
Mas quando no peito arde
Qual de vulcão uma chama
Por constatar seja nútil
Dar vazão a um sentimento
Quiçá seja atrevimento
Ousar, se a outra parte
Pense apenas seja flerte
Quando se fala de amor.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Não permites-me

Tempo
Ah, tempo
Quão cruel és
Por que
Não permites-me
Reviver
Os velhos
E bons tempos?

sábado, 29 de novembro de 2014

Só sendo feitiço/ À mesa, uma viagem

Uma mesa de bar
Um copo
Três cadeiras vazias
Em volta, muita alegria
À mesa, uma viagem
Túnel do tempo
Nostalgia
E assim, o tempo passa
Divagações
Tomara demore amanhecer o dia.

Só sendo feitiço




















Se to perto parece estou sonhando
Se longe vivo um pesadelo
Se te vejo evito te fitar
Para que não percebas meu desejo
De envolver-te calmamente em meus braços
E em teus labios saciar-me com teus beijos

És a musa que pedi a deusa Venus
Mas esqueci de dizer-lhe que queria
Não apenas encontrar-te nos meus sonhos
Mas mergulhar ensandecido na margia
Divago, invento fantasias
Que acalantam esse desejo que é insano
Mas confesso não foi algo planejado
Não fazia parte dos meus planos.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Quanto tempo um peixe sobrevive fora d'água?

Quanto tempo um peixe sobrevive fora d'água?
Que na minha viagem de volta (deste sonho telúrico) eu consiga encontrar um manual de convivência com minha inquietude ao menos suportável.
Mas, uma forma infalível de perenizar a dúvida, é nem ao menos tentar.
E...


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Se ao menos houvesse um bordel

Não precisa nem pagar hotel
Pra pagar os pecados faz sentido
Se se dorme aqui dentro encolhido
E acorda com o corpo dolorido
"Se não posso cantar o meu cordel
Eu prefiro dez vez não não ter nascido"
Como diz o Rogério meu amigo
Cantador arretado e destemido
Se ao menos houvesse um bordel
Compensava talvez o ter sofrido.



sábado, 15 de novembro de 2014

Um porto seguro

"Minh'alma de sonhar-te anda perdida"
Meus olhos não conseguem mais te ver
É insano bem sei o meu querer
Pois por certo não me dará guarida
No meu peito esta chama desmedida
Qual vulcão enfurecendo o meu ser
Que tormento é este meu viver
Andarilho na estrada da vida
É em vão chamar-te de querida
És estrela de reluzente beleza
És de linhagem real, és fortaleza
Um porto seguro, és realeza...

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Fim de tarde

Fim de tarde
Além do horizonte
Montanhas cinzentas
Antecede a noite
Ah, noite!
Quantos sonhos sonhados
Tantos sonhos ainda
A gente alimenta.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Frustrações

Dia
Alegria
Fantasia
Euforia
Animação
Noite
Nostalgia
Lembranças
Frustrações 
Ah, solidão.










Bem dizia o rei: "Tudo que eu gosto é ilegal é imoral ou engorda..."

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

No dia do riso

No dia do riso
Lágrimas
Ah, minhas lagrimas...

Pudesse eu dizer
São só as minhas
Quiçá eu gargalharia

Mas nada é pra sempre
Mas sempre não é
Todo dia.


terça-feira, 4 de novembro de 2014

O ocaso/ Ah, noite

Esperei o dia inteiro
Desmedida ansiedade
Até que veio o ocaso
E as luzes da cidade
Esperança por um fio
Qual a canoa n'um rio
Sem leme, desgovernada.









Ah, noite
A noite
Prolonga na madrugada
Prenuncia mais um dia
Um novo dia
Nova jornada
Rebusco-me, quiçá encontre
Reencontre-me
Me perdi nos labirintos
Tantas curvas tortuosas
Que o brilho do Astro Rei
Afaste para bem longe
Essa tal melancolia
Pois o tédio é companhia
Nas noites
E se agiganta
Nas madrugadas.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Qual sendo um afago/ Livre arbítrio pra tentar

Bom dia meu povo lindo
Bom dia grande Nação
Ser sulista ou nordestino
Da mata, agreste ou do Sertão
Lutamos - somos guerreiros
Pela Pátria aguerridos
Jamais seremos vencidos
Se pelo bem comum
Sempre nos agigantamos
Todos, n'um só coração
É burrice dispersar
Conjugar o verbo amar
Esta sim, a solução.

Devaneios - quase - sem nexo:

Vou até contar as horas
Os minutos e segundos
E pedir pra Iemanjá
Rainha do mar
Para que este meu sonho
Vá além da fantasia
De desenhar arco-ires
Neste meu cinzento Mundo
Mergulhar nessa magia
Pois viver de utopia
É cruel quando se tem
Livre arbítrio pra tentar
E não apenas ficar
Vivendo apenas sonhando.









Vai
Pousa defronte daquela janela
Faz um gracejo
Qual sendo um afago
Leves no bico rosas amarelas
Simbolizando valer mais que ouro
O brilho raro do sorriso dela.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Cruzar o oceano/ prepare-se pra lamentar/ Resta-me os sonhos

Ah como eu queria
Saciar este desejo insano
Por tal não me incomodaria
De a nado
Cruzar o oceano
Se tivesse o minimo de certeza
Que do outro lado
Te encontraria
E ardendo de desejo
Em meus braços cairias
E que qual os meus
Também os teus
Fosse anseio
Assim
Concretizaríamos nossos planos.



"O tempo passa, o tempo voa" prepare-se pra lamentar não ter vivido a vida e só lamentar "estou envelhecendo abdiquei de usufruir n'uma boa".



Resta-me os sonhos
Apavora-me pensar
Que sempre ao acordar
Foi mera fantasia
E tudo que sonhei
Se perdeu no labirinto
Fui tragado pelo tempo
Nesta incrível magia.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Exagerada estupidez

Se uma estrela repousasse
Na palma da minha mão
Eu pediria
Vai e avisa lá n'outras galaxias
Que não tá fácil conviver
Com gente dita esclarecida
Brigando pelo poder
Uns de "luto" pela Pátria
Por ver milhões que conseguem
Melhorias pra viver
Quando antes lamentavam
Por faltar-lhes o necessário
Quão triste era o seu viver.


Em 13 linhas tentei expressar o que penso da mesquinhez e egoísmo de muitos aquinhoados.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Destroçando sonhos

Só sonhar não basta
Pois o tempo
Ah o tempo
Quão cruel é o tempo
Vejo ruas coloridas
E muita gente cinza
Não, opacas
Sorrisos - ou risos
Escancarado
E o tempo
Ah, o tempo
Destroçando sonhos.












 Sou um poço sem fundo
Afoguei-me de tanto beber
Desilusão.

















domingo, 19 de outubro de 2014

Qualquer lugar tá bom

"Oh oh seu moço - melhor sá moça rsrs - do disco voador/ me leve com você"
Me faça este favor
Qualquer lugar tá bom
Onde se exalte o amor
Pois de demagogia
Cansei a onde estou.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Uma sereia de trejeito alucinante

Já cansado de tantos desenganos

Decidi arriscar no litoral

Como que n'um transe transcendental

Vi no mar silhueta - era humana

Tentando concretizar meus planos

Na maré mergulhei sem perder tempo

M'indaguei: será meu pensamento?

Ou to vendo uma deusa - que beldade!

Eu não sei se terei capacidade

De de fato resistir aos seus encantos

Mas parece que os ventos do Atlântico

Resolveram soprar em meu favor

Ou foi Vênus a deusa do amor

Condizente com todo apaixonado

Entendeu meu apelo, o meu recado

E enviou para amenizar meu pranto

Uma sereia de trejeito alucinante

Pondo fim a tamanho desencanto.


sábado, 11 de outubro de 2014

Assim, é ela/ Sedenta de amor/ Vou me embora vou me embora

O olhar duas flechas certeiras
O falar, doce sinfonia
Assim, é ela
Não anda - flutua
Feitiço, ou magia?
Deliro em pensar:
Se - ah se!
Mera fantasia.








E, quão bela era a vida!
Moravas na esquina
Nas madrugadas
Encostava o meu carro
Na tua janela
Era um sobrado
Uns três metros de altura
Pegavas a escada
Te jogavas de lá 
Sedenta de amor
Eu, ardendo em desejo
Te pegava nos braços
Num canto qualquer
Quanta euforia!
Antes do amanhecer
Te trazia de volta
Na ponta dos pés 
Entravas pela porta
Hoje, só a lembrança
Mas inda há esperança
De de novo fazer
Aquelas loucuras
Loucuras de amor
Isso é que é viver!

 Vou me embora vou me embora
Quero ir bem pra bem longe
Quem sabe assim eu encontre
Lá bem pras banda de lá
Um bom lugar
Quiçá uma praia deserta
E uma jumenta graúda
Pra da mata cambitá
Maracujá
Acerola e macaxera
Marmelero e catingueira
Pamode o frio esquentar
Vou platar milho
Mode depois da colheita
Ficar na beira do fogo
C'uma cabôca a sonhar.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

pingos

E num dia de primavera era outono
Era outono era outono
Mas veio a noite
E de repente parece ser primavera.

Eu vi ela
Qual uma deusa
Oriunda de Venus
Esbanjava beleza
Rara beleza
Ah, se eu estivesse a altura dela
Sonho, ou delírio?
Oh duvida!
Tentar dormir
E sonhar com ela.










De repente me lembrei da cor
Do ocaso nos fins de tarde
Ela me tinha grande amizade
E eu por ela perdido de amor.
Nada restou
Além desta insistente saudade
Sei, não tive capacidade
De colher aquela rara flor.
Mas
"E a vida
E a vida o que é
Diga lá neu irmão?
Ela é uma doce ilusão
Ê ô..."









Mas ele - o tempo
Me transformou
Em um ser sem ser
Um poço fecundo
Pleno de ideias
Aparentemente
Brilhantes
Mas não sou mais
Tão otimista qual fui antes
Sou pedra bruta
Ininlapidavel
Qual um diamante
Existo
Insisto
Perdido
Neste labirinto
Mero caminhante.


domingo, 28 de setembro de 2014

Sutileza

Sutileza
Parece emergir das claras águas
Flutua sobre, qual a graciosa garça
Cabelos esvoaçando ao vento
Atrevimento
Ousar dizer: vejo-te a alma
É tanta calma
Neste teu olhar distante
Tão fulminante
Que me faz sentir-te perto
Ah. quem me dera
Poder flutuar contigo
Afugentar
Quiçá o meu deserto.


terça-feira, 9 de setembro de 2014

Ecoa n'um silêncio

Noite triste
Frio intenso
Vento gelado
Tudo poderia ser
Diferente
Se tivesse você
Tão somente você
Aqui
Do meu lado












Mas o meu grito
Ecoa num silêncio
Calado.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Qual plumas ao vento

 "Qualquer dia
Qualquer hora
A gente se encontra
Seja como for
Pra falar de amor..."

Perdi tanto tempo
Dando tempo ao tempo
Que não percebi
Que de tanto sonhar
Vejo o tempo passar
E com ele levar
Meus anseios, desejos
Qual plumas ao vento.










E
apesar de
O Mundo parece
Tão deserto...






sábado, 23 de agosto de 2014

A beira-mar

A beira-mar
Você e eu
O Sol formava na areia
Tapetes dourados
Assistindo tudo
Nuvens qual fosse
Edredons prateados
Restou saudades...











Uma árvore frondosa
Pipocas crocante
Refri - batizado
Um som calibrado
Eu no meu possante
Tarde de verão
Disso sou amante


terça-feira, 19 de agosto de 2014

Pareciam de algodão

Eu flutuava sobre as nuvens
Em um corcel alazão
E elas eram tão alvas
Pareciam de algodão.

domingo, 10 de agosto de 2014

Aparentemente

O peito arde
A angústia aumenta
Queima qual pimenta
Quando a solidão
É tão renitente
Que ousa ficar
Se fazer presente
Não importa se
Aparentemente
Se está contente
Em meio a multidão

Se for de Sol/ Hoje, ainda sonho/ Viver e poetizar

O tempo passa
A vida passa
E apesar de um sábado a noite
Assim um tanto sem graça
Já já será domingo
Mais um domingo
Se for de Sol
Ideal pra sair sem direção
Sem rumo
Vislumbrando a Natureza
Quanta beleza
Só retornar a noitinha
Quando as luzes na cidade
Já estiverem acesas.









Não - não estou no mar
Mas estou navegando
Através das ondas
Levado pelo vento
Por vezes voando
Através do ar
Re-buscando um horizonte
Tentando ser livre
Mas de fato o que queria
Era de novo
De novo encontrar
Aquela paz qu'eu sentia
Quando naquela praia
Nas noites de verão
Eu armava minha tenda
E sonhava
E dormia
Hoje, ainda sonho
Reviver aqueles dias.












Funcionou o carro
Tirou da garagem
Abriu as portas - para
Aquecer do mofo
Ao Sol
Pegou a bike
Saiu a pedalar BR afora
Vislumbrando a paisagem
Vegetação florida
Rara beleza
Como é bela a Natureza
Viver e poetizar

domingo, 3 de agosto de 2014

Flutuamos sobre nuvens

"Vou cavalgar por toda noite
Por uma estrada coloria"
E cavalguei
Foi n'uma curva do caminho
Que te encontrei
Então celei o meu corcel
Fui te buscar
Flutuamos sobre nuvens
Mas de repente percebi
Foi só um sonho
E antes que
Ao destino eu chegasse
Acordei.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Pensemos nisso

O tempo passa
A vida passa...
Que legado deixaremos
Se não nos empenharmos
Em fazer o bem
E só o bem?
Pensemos nisso.


segunda-feira, 28 de julho de 2014

Era tarde/ Anseios de outrora

"A distância vi seu vulto desaparecer/ Nunca mais seu rosto eu pude ver..."









Tarde
Era tarde
Tarde de verão
Mas parecia outono
Restas do Sol refletia
Nas frondosas arvores
Parecia alertar-me
"É mera magia"
E Eu que havia alimentado
Aquela fantasia
Então me dava conta
Que o destino brinca
Com nossos sentimentos
E uma voz imaginária
Dizia:
"Tarde - já é tarde
Esqueça deste dia".

Desejos
Anseios de outrora
N'uma noite nublada de outono
Divaguei quiçá até Netuno
Percorri florestas, campos, mares
Nada de encontrar-te - és ingrata
Não levastes em conta minhas suplicas
De um corcel alazão vim na garupa
Acordei ao romper da'aurora.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Conclusões

Conclusões
 Uns são
Outros
Pensam
Tentam
Insistem
Persistem
Em ser
E o mundo
Lhes diz
NÃO!

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Medos

Medos
Saiam de trás das cortinas
E me revelem
Alguns dos teus segredos?!

Troquei meu rancho por uma desta
Não por ostentação







Mas pela vontade
Desejo
Necessidade
Talvez
Um tanto insana
De construir uma desta.


segunda-feira, 21 de julho de 2014

Nua

Dia de Sol
Vida que segue
O sonho, irreal
Quanta fantasia!
Não - não é carnaval
É vida real.

Nua
Noite sem Lua
Silêncio no céu
Barulho na rua.

Poetizar é...
Também
Não tão somente
Viver a própria vida
É - muta vez
Sentir na pele
O viver de outrem
Alegrias e Vitórias
Bem como
Desventuras e laridas.

 "... E por quê não
E como não dizer
Que o mundo respirava mais
Se ela apertava assim..."
E ela, ali
Estática, vencida
Quiça pensando
Nos tropeços que a vida
Por circunstancias
Talvez desmerecidas
Mergulhou cedo
E amarga tão sentida
Os dissabores
Por ter acreditado
Que o paraíso
Seria inebriar-se
No falso sonho
De encontrar guarida
N'uma noitada
E alguns copos de bebida.

Eu só queria um vento forte
Levar meu barco no rumo Norte
Desembocar n'um lugar deserto
Houvesse terra para o plantio
Batata doce, feijão e milho
Quiçá também jerimum cabco
Fava e melancia
Também gergelim
Na cidade é bom não fosse o sufoco
Lá também houvesse abundantemente
Vegetação campos e florestas
E o amanhecer fosse sempre festa
Com arrevoadas de arribaçãs
E a melodia dos passarinhos.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Mais cortante que o fio da navalha

E a lembrança, confesso, é tão constante
Mais cortante que o fio da navalha
Caminhavas na areia da praia
Teus cabelos esvoaçando ao vento
A saudade perene é um tormento
Faz queimar qual vulcão dentro do peito
Se eu pudesse retroagir no tempo
Eu faria não pensava duas vezes
Mas entendo tal é impossível
Aceitar pois sei não tem mais jeito.

domingo, 13 de julho de 2014

A Lua estava ali

Ah se eu conseguisse encontrar a fórmula...
De fazer retroagir o tempo.
Quanta coisa eu faria diferente!














A Lua estava ali
Bem ali à minha frente
Tentar, tentei
Ir até ela
Mas uma cortina
Cortina imaginaria
Me impediu
De prosseguir
De persistir
De ir em frente.

domingo, 6 de julho de 2014

Na palma da minha mão/ O toro caindo

"Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão"
Eu o abarrotaria de esperança
E pediria ao amigo vento
Que provido de alentos
Soprasse-o
Em toda e qualquer direção.










Madrugada
O toro caindo
O frio torando
E eu aqui pensando
Enquanto uns levam milhões
Vi à margem da BR
Filas de barracas
De pedaços de sarrafos
Cobertas de papelões
Sob tais, desilusões.


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Eu vi o tempo!

"Eu vi o menino correndo/ eu vi o tempo..."
Era tardinha da 5a - da 5a feira
O menino corria
Parecia contra o tempo
O tempo que não lhe permitia brincadeiras
Corria, corria, corria...
De um lado pra outro lado da rua
Revirava sacas - sacas de lixo
Catava garrafas - garrafas pet
Me indaguei: antes que anoiteça
O tempo está fechado
Está chovendo
O céu nublado
Não será noite de lua
Resgata-lo das ruas
De sua realidade nua e crua
A quem compete?


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Na velocidade da luz

"Apenas apanhei na beira mar
Um taxi pra estação lunar"
Mas ao passar pertinho de uma estrela
Me enfeiticei com a beleza de um cometa
Pedi então desviado fosse a rota
Retornei quase
Na velocidade da luz
Tencionava bater à tua porta
Mas foi um sonho
Até dormindo
O devaneio me seduz.

domingo, 15 de junho de 2014

Parecia ao alcance

... e de perto pareceu distante - bem mais distante
Parecia ao alcance
Tão somente parecia
Mera magia.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Um breve espaço no tempo

"Mas e a vida
O que é o que é
Diga lá meu irmão?"
Penso seja
Um emaranhado de labirintos
Um breve espaço no tempo
À uns muita alegria
Já à outros tormentos
Mas o tempo não para
Sempre em movimento
Na estrada há flores
Mas também espinhos
Só há uma certeza
Não marchamos sozinho
Teremos que seguir
Pelo mesmo caminho
Pois na última viagem
Não há distinção
Mas e a vida
Que vivemos aqui
É apenas passagem
O que fantasiamos
É tipo miragem
Na real nos espera
O que?
Não se sabe não...

sábado, 7 de junho de 2014

Sonhei e sonhei muito! Mas foram mera e tão somente sonhos.

Sonhei e sonhei muito! Mas foram mera e tão somente sonhos.

Nada do que for dito fará mudar conceitos de quem já tem conceitos formados - mesmo em sendo distorcidos - sobre.

De "rasteira" em "rasteira" - ninguém é de ferro - chega-se a perder o equilíbrio. Quando "isso" acontece, penso seja razoável 'sacudir a poeira' pé na estrada e tentar - n'outras paragens - guarida...

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Compensar os dissabores/ O vento Ou o tempo

"Viver é melhor que sonha"
Ah é sim!
Mas sonhar é mergulhar em fantasias
É tentar suprir a falta
Compensar os dissabores
Percalços do dia a dia
É buscar o abstrato
Quando o real não convém
Viver no sonho, a magia.

Não sei se o vento
Ou se o tempo
Só sei que a muito tempo
Vivi momentos
Tão somente momentos
Momentos que
O vento
Ou o tempo
Sorrateiramente
Levou.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Em solo tipo sertão.

Caminhando contra o tempo
Sem rumo sem direção
Tantos impulsos retidos
Fui atender a razão
Pago por ser reticente
Por cultivar a semente
Em solo tipo sertão.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A saga de um sonhador

Fincar raiz valeu sim
Foi bom enquanto durou
Tentei, alimentei sonhos
Que com o passar do tempo
Tudo aquilo que busquei
Aos poucos desmoronou
Resta pegar a estrada
Sair sem destino certo
Desfrutar cada minuto
Pois é precioso o tempo
Que o Cosmo me facultou
A peça que escrevi
Ao longo do caminhar
N'um palco vou encenar
E para o Mundo mostrar
A saga de um sonhador.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Tempo tempo tempo tempo

Tempo tempo tempo tempo
De ti só tomei rasteiras
Sei, fiz algumas besteiras
Mas indago: quem não fez?
Devias ser complacente
Pois bem sabes que ser gente
É por demais complicado.

domingo, 1 de junho de 2014

Perdido - como d'antes/ Quem é ela?/ Parte da realeza

Perdido - como d'antes
N'um canto qualquer - parado
O carro estacionado
Os vidros, todos vedados
Ouvindo som - nostalgia
Rememorando dos dias
Nos quais sonhava acordado
Vejo olhando pro lado
Quanta gente está perdida
Quiçá procuram guarida
Pois demonstram não ter norte
Mas precisa-se ser forte
Pra transpor tantas barreiras
Quão obstáculos na vida.

Vejo n'um banco da praça
Um ancião pensativo
Deve buscar lenitivo
Mirando pro horizonte
Por está tão entretido
Deduzi, está pensando
"Por que é tão complicado

Viver em desequilíbrio?"

Quem é ela?
Sim, quem é ela?
Que surge assim
Tão sorrateiramente
E quando nuvens ofusca a visão 
Eis que ela vem
Qual uma bela canção 
Adocicar de novo o existir
Vontade tenho de logo partir
Quiçá pegar o primeiro avião 
E sem pensar se é certo ou não 
Desembarcar naquele lugar
Tão distante - esquecer a razão 
E atender sem sequer refletir
O impulso do velho coração?

"Espero que a música que'eu canto agora/ possa expressar o meu súbito amor"
Que - na real - somente eu amei
Fiz tantos planos (ela não sabia)
Anos e anos em sua companhia
Morávamos sob o mesmo teto
Eu plebeu e ela rainha
Rainha sim em ternura e beleza
Mas por fazer
Parte da realeza
Distanciei-me sem sequer dizer
Que ela era minha completude
Porém faltou-me ter a atitude
De expressar o quanto a queria
Que o meu peito ardia em chamas
Todas as vezes que na mesma cama
Acordava e via ao meu lado
Aquela que ainda inocente
No meu ombro encostava
E adormecia
Covarde, fui pois não acreditava
Que por um ser tão inexpressivo
Uma princesa não se apaixonaria
Parti pra longe pois pensei comigo
Se distante, a esqueceria
Mas o tempo fez-me entender
Que pelo menos amei um dia.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Eu pensei conhecer este caminho
Pois tantas vezes caminhei sozinho
De dia e até de noite

Mas o tempo mostrou-me a razão
Pois em se tratando de paixão
Não raro levamos acoite.

E assim vou tocando a vida
É sem lógica cutucar feridas
Só conduz à sofrer desnorte

Devo pois cair na real
Pois fantasias só no carnaval
Pago caro por ter sido afoito.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Menino, menina

A madrugada é linda
Vi lá na esquina
Menino, menina
Acompanha, um cão
Dormiam no chão
Sonhavam com pão?

É sempre assim
Ao dormir eu sonho
N'um mundo encantado
Não raro, de lado
Alguém a sorrir
Mas na madrugada
Acordo e constato
Na real, de fato
Sonho é fantasia
Acordado fico
Até ao amanhecer
Na vida, o viver.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Mais 3 poemas

Gosto do anoitecer na roça
Rememoro o aboio do vaqueiro
Campeando o rebanho pro curral
Do grito estridente da coruja
Do alarido indiscreto do teteu
Do quase lamento
No canto melancólico
Da melodia nostálgica
Que ecoa na caatinga
No cantar do bacurau
Das galinhas ciscando no terreiro
Dos guines alardeando
Do cachorro perdigueiro
Exímio caçador no matagal
Gosto de ouvir o cantar da ciriema
Seu habitat é em meio o milharal
Do relinchar do jumento as tardinhas
Quiçá informa a hora da ladainha
Pois era praxe se rezar Ave Maria
E agradecer a colheita todo dia
O sertanejo
É devoto sem igual.

Eita, hoje é domingo!
E daí que diferença faz?

Sábado, domingo 
Terça ou quinta feira
É mais um dia

Na escalada - estrada da vida
Igual a outro 

Principalmente pra quem tá sem norte

Tentar ser forte
Tentar ser capaz

De ir em frente
Mesmo sobre espinhos

Trilhar caminhos
Desbravar veredas

Transpor barreiras
Tentar ser fugás.

Deitar no chão - em campo aberto
E ficar olhando estrelas
De repentemente vem a mente
Quão pertinentes lembranças
De quando dormia ao leu
Sob a gigantesca copa
De um pé de craibeira
Lá pras bandas do Sertão 
Quando noites de verão 
Quantos planos eu fazia
Não imaginava um dia
Morar na cidade grande
E com o passar dos anos
Constatar que fantasias
As quais sempre arquitetei
Nesta vida de magias
Me causassem desenganos.

sábado, 24 de maio de 2014

As páginas amarelaram

Por longo período fui
Tipo bucha de canhão
Vou tentar virar a mesa
Seguir n'outra direção
Cansei de gibis/ quadrinhos
Já não dá satisfação
As páginas amarelaram
Não sei se tenho razão
Em trilhar novos caminhos
Quem sabe outra direção
Escrever novos scripts
Tipo uma nova canção
Cenas de outros capítulos
Que me cause a sensação
De os erros do passado
Serviram como lição
Tentarei desbravar mundo
Nesta ou noutra dimensão
Quem sabe assim me encontre
Chega de insatisfação.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

PalaEstrela Dalva

Falta - muita falta
Me faz ela
Lembro nas noites de Lua
Calor, o tempo abafado
Eu saia do chuveiro
Depois do banho acalmante
Não pensava duas vezes
Debruçava-me na janela

Então mirando o horizonte
Ela, perene, constante
Cintilava - quão é bela

Para mais perto ficar
Pra lage, depressa eu ia
Envolto nessa magia
Sonhava - mil fantasias
Deitado sobre um colchão
Que estendia no chão
Parecia está mais ela

Era tudo devaneios
Pois mui distante ela estava
Mesmo assim eu amava
Oh bela Estrela Dalva
Nesta noite não há Lua
É outono e as luzes da rua
Impedem-me de - mesmo longe
Minha imaginação
Iludir-me está mais ela.

Sem noção 
Sem razão 
Sem discussão 
Sem começo meio ou fim
Sem complexo de culpa
Por negar-se
A si mesmo acreditar
Que fosse apenas magia
Ou talvez mera utopia
Que dentre racionais
Conjugar o verbo amar
Não fosse só fantasia.

Eu sei
Talvez
Não 
Haja mais tempo
Mas quem sabe
O tempo que resta
Seja
Exatamente o tempo
Que o tempo reservou
Quiçá guardado
A sete chaves
Para neste exato tempo
Vir
E nos apresentar
Que possamos desfrutar
Cada segundo 
Deste
Tempo.

Bem 'reza' o dito
"Cristal quebrado conserto não tem"
Assim as afeições
Quando - e se - desfaz no tempo
Tentar relembrar momentos
Que pareciam ser perenes
Produz no peito tormentos
Por vezes insuportaveis
Tão voraz tal qual veneno
Cicatriz deixa na alma
Que aparentemente calma
No âmago está tão ferida
Que atormenta uma vida
Qual fosse está se afogando

Do mar, no fundo da água.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Ah como eu queria!

Ah como eu queria!
Que o dia já amanhecesse
E depressa de novo anoitecesse
E assim sucessivamente
E de repente quando eu acordasse
Novamente percebesse
Que tudo foi um grande pesadelo
Mas que ainda fosse o século vinte.

Bem 'reza' o dito
"Cristal quebrado conserto não tem"
Assim as afeições
Quando - e se - desfaz no tempo
Tentar relembrar momentos
Que pareciam ser perenes
Produz no peito tormentos
Por vezes insuportaveis
Tão voraz tal qual veneno
Cicatriz deixa na alma
Que aparentemente calma
No âmago está tão ferida
Que atormenta uma vida
Qual fosse está se afogando
Do mar, no fundo da água.

domingo, 18 de maio de 2014

À Jornalista Josália Pimental - pela sua sensibilidade solidária

Vou fazer uma foguerinha
Dentro do seu coração 
Depois soprar para espalhar
O calor que 'ela provocar
Para aquecer outros corações 
E corpos por onde passar
Em quaisquer outros rincões.

À uma outra preciosidade:

Deslumbre-se com uma flor de rara beleza
Porém, esforce-se para não toca-la
E terá como recompensa
A grata satisfação 
De poder apreciar-la
Tão bela quanto antes era
Ao com o passar do tempo
De novo reencontra-la.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Quanta agonia!

Madrugada fria - muito fria
Chuva bate no telhado
Pertinentemente
Dista muito amanhecer o dia
Imaginem quem esteja ao relento
Desprovido
De algum agasalho
Quanta agonia!

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Madrugada fria

Chuva persistentemente caindo
Tempo fechado
Friozinho gostoso
Rádio ligado
Música suave tocando
Aí entra em cena o se
Ah, se...

Madrugada fria
Chuva caindo sem parar
Sob as cobertas é gostoso ficar
Mas sempre induz a pensar
Em algum lugar
Há alguém sem agasalhos
Quem tem de que lamentar.

Se cada um fizer um pouco no sentido de ajudar essa gente que - ainda - não encontrou o seu lugar ao Sol, o Mundo só tende a melhorar.

Chove - chuvinha continua 
Aquecidos se estamos
Procuremos nos lembrar
Dos que em algum lugar
Inda padecem tormentos
Chuva batendo gelada
Sôhre pedras nas calçadas
Também são nossos irmãos 
Carecem nossa atenção 
Entreguemos-lhes em mãos 
Ao menos calor humano
Que suas almas aqueça
Pois penso ninguém mereça

Padecer tal abandono.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Ah dentre elas

Os homens,
Ah dentre os homens
Quantos babacas!
As mulheres,
Ah dentre elas
Quantas flores belas!







Que me perdoem os da 'tribo' da qual faço parte mas somos demasiadamente estúpidos quando não dispensamos à elas todo carinho e atenção que merecem.
O tempo
ah, o tempo
ainda lembro do tempo
quando bem jovem ainda
fui trabalhar no Sudeste
na Cidade de Paulínia
na função de vendedor
fui livreiro porta a porta
saber ler pouco sabia
mas bem me lembro do dia
no qual fui agraciado
por ter sido no Estado
quem mais no mes vendeu livros
mas o tempo é traiçoeiro
pois de janeiro a janeiro
to sempre desempregado
pensei: oh vida de gado
lutar por um ideal
aqui ou na Capital
é remar contra a maré 
mesmo sem está a pé 
consigo um gancho qualquer
para agregar meu carrinho.

domingo, 27 de abril de 2014

Exausto de lamentar desditas
Gritar não adianta se não há eco
Penso seja preferível ir em frente
Mesmo se fragilizado qual de pano
É conduzido pelo vento
Um boneco.

sábado, 26 de abril de 2014

Sei

Sei
Ricos templos de pedras
Belas falas de amor
A pobres
Esmolas negais
Falas banais
Fitam o dito
Negam o fito.

Ah!
E ainda que a dor persista
A alma ferida inda acredita
Que antes do fim do tunel inda exista
Um lugarzinho - mesmo que minúsculo 
Onde - quiçá - com palavras ao vento
Ao menos se possa desabafar desditas.

Quem é ela - sim, quem é ela?

Quem é ela - sim, quem é ela?
Estrela reluzente
De brilho prateado
Reflete em minha mente
E vejo tão somente
Esvoaçando ao vento
Qual raio escandecente
Teus cabelos dourados

Não, não é mera poesia
É vã filosofia
É viajar no tempo
Rememorar momentos
Nos quais fazia planos
Constato a utopia
De ter pensado um dia
Que fosse assim, real
Minha imaginação 
E que a tal solidão 
Só fosse teoria
Criada por poetas
Mera fantasia
Pois na vida real
Não só no carnaval
Tal, existe de fato.

Decidi por fantasiar
E mergulhei na poesia
Porque
Mesmo idiotizando-me
Na vida real
Felicidade
É mera fantasia.

E idiotice aguda penso seja ir à algum lugar só - e tão somente - para 'arrepará'!

Ah!
E ainda que a dor persista
A alma ferida inda acredita
Que antes do fim do túnel inda exista
Um lugarzinho - mesmo que minúsculo 
Onde - quiçá - com palavras ao vento
Ao menos possa-se desabafar desditas.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Burguesia

VENDO
Que o mar não tá pra peixe
Sigo
Cavoucando
Me rebolando pra engordar
O patrimônio
Da não tão próspera burguesia
Que me explora
Disso eu sei
Mas que fazer?
Se quando chega o fim do mês
Tenho contas pra pagar
E se não aliviar
O meu nome vai parar
Nos arquivos
Implacáveis
Manipuláveis
Por mãos ágeis
Que também
São reféns
Da dita cuja que citei
No início deste texto
A insaciável
Burguesia.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Páscoa (poema)

Páscoa
Quinta da Páscoa
Lá dentro muita euforia
Queijos e vinhos
Frutas e frutos - do mar
Comes e bebes
Extrapolam alegrias
Para que rememorar?
De fora
Os fora - da lógica
Passaram-se 2 mil anos
E inda existe famintos
Apesar de haver farturas
Apenas têm direito
De de fora observar.













Mas as vezes é necessário...
Navegar sem lemes
Deixar que o vento
Defina o destino
E nada temer.

Se jogar no mar
Ao dispor das ondas
Quiçá em um rio
Sentir arrepios
Ao anoitecer.

Ir estrada afora
Sem destino certo
Transpondo desertos
Existenciais
Observar pardais
Ao amanhecer.

Voar pelos ares
Sem sair do chão
Mirar horizontes
Muito além dos montes
Dizer, vou viver.


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Lua azul

E eu pensi:
Me 'curei'
Ledo engano
Assim mais que de repente
Como que por ironia
Acordo na madrugada
E rememoro do sonho
Sim, foi sonho
Mergulhei na fantasia
Sequer lembrei que outrora
Passava noites sem sono
Muita vez, fazendo planos
Ao acordar manhãzinha
Caia sim, na real
Tudo é apenas magia.









Oh Lua! Por que me enfeitiças tanto?
Ah se ela soubesse que fiz este poema pra ela - quem sabe nunca mas se me apresentaria

quinta-feira, 10 de abril de 2014

casca de noz.

Inútil esperançar
Algo perdido no tempo
Tentar reviver momentos
De apenas teorias
Rememorar belos dias
Fantasias tão somente
Que por medo ou covardia
Não ousamos encarar
Deixar o tempo passar
Quem sabe possa. apagar
Tão imprudente magia.

A imensidão do Universo por vezes parece-nos uma simples casca de noz.

Vens porque desejas
Ora seja
Lutar pelo bem comum
Desconfio que almejas
Fito o dito
Pelo fato de outrora
Teres vindo com promessas
Depois fizestes a festa
Quando do teu pedestal
Te imaginas imortal
Por o quanto onde passas
Menosprezas qualquer um.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Hei! Quem é você?

Hei!
Quem é você?
És real ou fictícia?
Talvez um sonho sonhado
Quando acordo, do meu lado
Só um imenso vazio.

Quando de novo anoitece
Eis que vens, me aparece
Tenho um certo calafrio
Brilhas insistentemente
Sinto por está ausente
O meu barco deste rio.

Sempre além do horizonte
Este teu brilho constante
Vem e de repente aquece
Este frio inexplicável
Que instalou-se em meu corpo
Não mais me sinto vazio.

Oh estrela d'alva
Pereniza-te em minha mente?!

segunda-feira, 31 de março de 2014

Fetiches fetiches fetiches
Apenas fetiches
Magia inexplicável
Que irresponsavelmente
Induz à seguir em frente
Em buscas tão desmedidas
Que enfrentamos precipícios
Vezes por uma florzinha
Nas encostas, nas florestas
Onde feras dão as cartas
Se conseguimos colhe-la
Então, é que percebemos
Que contem forte veneno
Qual num deserto, miragem
Ou fantasias que temos.

quarta-feira, 26 de março de 2014

"Se fosse algodão doce

O homem no Sertão
Mira o céu
Azul anil
Nuvens se formando
Ele, pensa alto
E diz n'um grito agudo
"Se fosse algodão doce
E eu as alcançasse
Pra choupana levaria
Pr'as crianças então diria
Trouxe-a pra vocês
Estão com fome
Comam".




segunda-feira, 24 de março de 2014

Um plebeu dista da realeza

E mergulho qual o peixe sem se ater
Que adentra enfrentando a correnteza
Tal qual ele enfeitiça-se pelas águas
Embriago-me com deslumbrante beleza
Bem sei, é tão somente fantasia
Um plebeu dista da realeza
Impossível controlar esta magia
Por impulso mesmo desengonçado
Vou remando um tanto abestalhado
Sei, sou bobo e sonhando acordado
Vou construindo o meu reino encantado
Até quando permitir-me a Natureza.

domingo, 23 de março de 2014

Dia da Água

Vem das nuvens em gotículas
Em chuva torna-se no ar
São oriundas da terra
Calor as faz transformar
Em água - fonte de vida
Pra terra torna a voltar
Pra que venha pura e límpida
Devem-se o ar preservar
Presente da Natureza
Pra toda forma de vida
Ela venha alimentar.

E mergulho qual o peixe sem se ater
Que adentra enfrentando a correnteza
Tal qual ele enfeitiça-se pelas águas
Embriago-me com deslumbrante beleza
Bem sei, é tão somente fantasia
Um plebeu dista da realeza
Impossível controlar esta magia
Por impulso mesmo desengonçado
Vou remando um tanto abestalhado
Sei, sou bobo e sonhando acordado
Vou construindo o meu reino encantado
Até quando permitir-me a Natureza.

Se pretendes fazer algo
Não proteles
Faça já
Não dê mais tempo ao tempo
Pois o tempo é traiçoeiro
Sem sequer te avisar
Pode não te dar
Mais tempo.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Navegar até o amanhecer

"Minha'alma de sonhar-te anda perdida..."
Meus olhos não se cansam em te mirar
Fico aqui de onde estou a imaginar
Como posso controlar o meu querer
No azul de tua'água mergulhar
Navegar até o amanhecer
Quando o Sol no'horizonte despontar
Acordar além mar e com você
E na magia do'amor te envolver
Em meus braços poder te apertar
E sentir o calor ao entardecer
Depois de o dia terminar
Quando a brisa da noite retornar
N'uma praia nós dois adormecer
E de novo quando o dia amanhecer
Ter certeza de estão com você

Fantasiar bobagens sem nexo também é preciso - é uma fórmula inconsequênte dr brincar com a vida já que ela - a vida - brinca tanto com a gente

Acordei, pulei da cama
Pois pelas brechas da telha
Vi um clarão reluzente
Corri pra vê que'ra aquilo
Era uma estrela cadente
Que cortava o horizonte
Pensei: nos trás boas novas
Vamos à luta, queridos!

quinta-feira, 20 de março de 2014

Voar voar voar

Voar voar voar
Asas à imaginação
Dá vazão à fantasias
Sonhar nem sempre é em vão
Imaginar que é possível
Mesmo se o mundo diz "não"
Na vida, vale a magia
Viver, sem limitação
Assim, mesmo no deserto
Não existe solidão.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Saudade...

E por falar em beleza
Onde anda você
Que faz brilhar meus olhos
Sempre quando te vê
És princesa, és rainha
Quando ao anoitecer
Surges bem de mansinho
Parecendo querer
Aumentar a ternura
Que tenho por você
Por favor não me faça
Enlouquecer
Nessa espectativa
De tanto te querer
Oh... majestosa Lua
Não me deixes sofrer
Fico contando as horas
Antes de amanhecer
Pra dormir um pouquinho
E sonhar com você,

Saudade...
Do tempo em que eu comprava à tardinha meio quilo de espanta vizinho pra degugastar - assada na brasa - com farinha seca nas bocas de noite na casa do morador.
De quando acordava todos os dias às. três e meia da madruga para campear o gado pro curral e começar a tirar o leite antes do amanhecer
De quando às tardes mãe fazia requeijão e eu saia de porta em porta na vizinhança vendendo
De quando eu fiz um plantio de alface, quento, cebolinha, chuchú e tomate no quintal e vendia n'uma bacia de zinco porta a porta
De quando comprei um isopor pra vender picolés - eu era tão pequeno que seu Adonei não me confiou uma caixa/ isopor
De quando eu comprava sacos de amendoim, torrava e cozinhava e vendia no ponto dos ônibus ao lado do - hoje - centro cultural
De quando comprei um carrinho de confeito na calçada do sinuca do Sr. Deó - hoje posto vivo
Do tempo em que eu - por rebeldia - afinei pra São Paulo e fui ser servente de pedreiro - depois vender limão nos semáforos
De quando voltei e comprei- em 18 prestações uma kombi 1972 com a linha da Rua do Corrente
De quando antes de terminar de pagar comprei uma 0 KM ano 1974
De quando criei a linha da Rua do Mundaú - depois foi vendida (fiado) para o - hoje - Prefeito
Depois continuo...

terça-feira, 18 de março de 2014

Tempo ao tempo

Desde muito tempo
Perdi tempo
Dando tempo ao tempo
Não entendi a tempo
Que o tempo é
Senhor do próprio tempo.

Andar andar andar
Perambular sem rumo certo
Sem me preocupar com tempo
Aproveitar cada momento
Vislumbrar a Natureza
Se de nada tenho certeza
Preencher este vazio
E no finzin de cada dia
Contemplar o por do Sol
Por trás do monte no Horizonte
E quando o céu já estrelado
Divagar além fronteiras
Talvez encontre uma maneira
De em meio a multidões
Não mais me sinta n'um deserto.

sábado, 15 de março de 2014

Oh nobre, ilustre poeta

Oh nobre, ilustre poeta
Imagino o que pensas
De ondes estás percebendo
Este que a ti abraça
Quiçá nesta mesma praça
Nem lhe permitam dormir
Muitos preferem assistir
Cena assim tão degradante
Não param por um instante
Pra refletir sobre isto
Para alguns, dizem ser lixo
Escória pre destinada
A seguir esta jornada
Aumentando estatísticas
Dos tais, marginalizados
Passam, olham de lado
E inda ousam dizer
"Não tenho nada com isso".


















Miro-te insistentemente
Depois volto a te mirar
Fico de bronca com 'a nuvem
Que ousa te ofuscar
Distraio-me olho uma garça
No céu, faceira a voar
Anseio o entardecer
Não tarde à povoar
Pois sei que no horizonte
Faceiramente surgirá
Majestosa como sempre
Vens pra me acalantar












Oh Lua!
Tu me fascinas
Quisera eu ter poderes
Para onde estás, eu está.


sexta-feira, 14 de março de 2014

O ser poeta

E ela tem
Um não sei que que entorpece
Mas a mente se enobrece
Para a beleza mostrar
Mostra verdades
E as vezes fantasia
Mergulha nessa magia
Chamada poetizar
O ser poeta
É ter sensibilidade
Não importa a idade
Vive-se a enamorar
Seja com as matas
Rios, florestas, pomares
Navega por altos mares
Do lugar a onda está
É sonhador
Cria seu próprio mundinho
Se há pedras no caminho
Se encarrega de as juntar
Pra construir
Seu castelo encantado
Mesmo sendo uma tapera
Tem que ter alguém pra' amar.

Ah se possível fosse
Subistituir o ponto
Se não por ponto e vírgula 
Ao menos por reticencias
Quiçá pudesse desvendar
Que mistério pode haver
Desta mulher, no olhar
Dá a impressão que o medo
A impede de viver
Percebo sonhos dourados
Seu sorriso encabulado
Não consegue disfarçar
E deixa transparecer
No coração e na alma
Tem guardado a sete chaves
No mínimo algum segredo

quarta-feira, 12 de março de 2014

Pensei pensei pensei

Pensei pensei pensei
Aí onde quebrei a cara
Por não ter ido em frente
Pensar demasiadamente
Também induz
À vê - mas ausente.

Tentar, tenho ininterruptamente tentado.
Tenho me 'rebolado' qual um peão de ponteira
Tenho pensado besteira mas prevalece o bom senso To correndo contra o tempo tenho levado rasteiras
Do abismo to à beira e tenho pano pras mangas
Sem sentido fazer drama correto é seguir em frente
Observar tanta gente em situações difíceis

terça-feira, 11 de março de 2014

Chuva caindo

Chuva caindo
Preparando a terra
está adubada
semear o milho
e também feijão 
pra fazer canjica
pamonha e cural
de feijão panelada
para festejar
uma colheita farta
festejar contente
à beira da fogueira
na noite de São João

"O tempo passa, o tempo voa"
Amanhã ao amanhecer
Vou pegar um par de lemes
E navegar de canoa
Pescar algumas piabas
Lá pras bandas da lagoa
Rememorar tempos idos
Momentos não esquecidos
Quando até sem motivos
Eu vivia rindo atoa.

segunda-feira, 10 de março de 2014

'patinho feio'

Sempre fui 'patinho feio'
Não me mirava em espelho
Era tão complexado
Que quando visita em casa
Me escondia nos recantos
Receio que alguém dissesse
"É tão feio que espanta"
Cultiva esta 'síndrome'
Qual uma especie de mantra
Pra compensar mergulhava
Quando dormia sonhava
Ao acordar passava
Os dias e até noites
Envolvido em devaneios.

terça-feira, 4 de março de 2014

Marchinha de carnaval in Ilha da Fantasia

"Eh eh eh fumacê
Ah ah ah fumaçá"
Ha leds em parte da Cidade
N'outras partes nem fumacê hã
Enquanto lá poucos se divertem
Muitos se lamentam cá
Muriçocas são quem fazem festas
Pois escuro é seu habitat.

Se em sonho tudo pode
Até mesmo o impensável
Mas se na vida real
A não ser no carnaval
A tal da hipocrisia
Rotula até de indecente
Se alguém tenta viver
Fazer de um sonho real
É por tal que existe tanta
Gente triste, depressiva
E tanta vida vazia.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Divagando sem roteiros

Meu sono - sempre companheiro
Vem-me em duas etapas
Improdutivo o primeiro
Durmo e sonho - qual pedreiro
Alicerçando caminhos
Para sempre às madrugadas
Ficar navegando em mares
Divagando sem roteiro
Tal qual fosse um marinheiro
Quando vem segunda parte
Desconserta-me por inteiro.

És bela - muito bela
E o que mais te faz mais bela
É o ser minuscula
Em estatura.








Volta que eu quero ver
Olhando pro Sul
Nuvens qual fosse algodão 
Ver o céu azul
O Sol sobre a plantação
As flores do umbu
O laranjal também florido
Mel do uruçú
Brotos nos bananais
A semente azul
Da oliveira silvestre
Azeitona azul
De um sabor sem igual
Supera a do Sul
A sombra dos mangueirais
Descansa um boi zebu.

Toda noite é sempre assim
Os relógios parece preguiçosos
Se de ponteiros, não param; estacionam
Na madrugada como de carona
Lá vem o tédio tomar seu espaço
Nem a labuta do dia
Nem mesmo o cansaço
Seduz o corpo à adormecer
Relembro o tempo, tempo do querer
Mudar o Mundo - era utopia
Pois logo menos amanhece o dia
Tudo recomeça ao anoitecer.