quarta-feira, 30 de julho de 2014

Pensemos nisso

O tempo passa
A vida passa...
Que legado deixaremos
Se não nos empenharmos
Em fazer o bem
E só o bem?
Pensemos nisso.


segunda-feira, 28 de julho de 2014

Era tarde/ Anseios de outrora

"A distância vi seu vulto desaparecer/ Nunca mais seu rosto eu pude ver..."









Tarde
Era tarde
Tarde de verão
Mas parecia outono
Restas do Sol refletia
Nas frondosas arvores
Parecia alertar-me
"É mera magia"
E Eu que havia alimentado
Aquela fantasia
Então me dava conta
Que o destino brinca
Com nossos sentimentos
E uma voz imaginária
Dizia:
"Tarde - já é tarde
Esqueça deste dia".

Desejos
Anseios de outrora
N'uma noite nublada de outono
Divaguei quiçá até Netuno
Percorri florestas, campos, mares
Nada de encontrar-te - és ingrata
Não levastes em conta minhas suplicas
De um corcel alazão vim na garupa
Acordei ao romper da'aurora.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Conclusões

Conclusões
 Uns são
Outros
Pensam
Tentam
Insistem
Persistem
Em ser
E o mundo
Lhes diz
NÃO!

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Medos

Medos
Saiam de trás das cortinas
E me revelem
Alguns dos teus segredos?!

Troquei meu rancho por uma desta
Não por ostentação







Mas pela vontade
Desejo
Necessidade
Talvez
Um tanto insana
De construir uma desta.


segunda-feira, 21 de julho de 2014

Nua

Dia de Sol
Vida que segue
O sonho, irreal
Quanta fantasia!
Não - não é carnaval
É vida real.

Nua
Noite sem Lua
Silêncio no céu
Barulho na rua.

Poetizar é...
Também
Não tão somente
Viver a própria vida
É - muta vez
Sentir na pele
O viver de outrem
Alegrias e Vitórias
Bem como
Desventuras e laridas.

 "... E por quê não
E como não dizer
Que o mundo respirava mais
Se ela apertava assim..."
E ela, ali
Estática, vencida
Quiça pensando
Nos tropeços que a vida
Por circunstancias
Talvez desmerecidas
Mergulhou cedo
E amarga tão sentida
Os dissabores
Por ter acreditado
Que o paraíso
Seria inebriar-se
No falso sonho
De encontrar guarida
N'uma noitada
E alguns copos de bebida.

Eu só queria um vento forte
Levar meu barco no rumo Norte
Desembocar n'um lugar deserto
Houvesse terra para o plantio
Batata doce, feijão e milho
Quiçá também jerimum cabco
Fava e melancia
Também gergelim
Na cidade é bom não fosse o sufoco
Lá também houvesse abundantemente
Vegetação campos e florestas
E o amanhecer fosse sempre festa
Com arrevoadas de arribaçãs
E a melodia dos passarinhos.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Mais cortante que o fio da navalha

E a lembrança, confesso, é tão constante
Mais cortante que o fio da navalha
Caminhavas na areia da praia
Teus cabelos esvoaçando ao vento
A saudade perene é um tormento
Faz queimar qual vulcão dentro do peito
Se eu pudesse retroagir no tempo
Eu faria não pensava duas vezes
Mas entendo tal é impossível
Aceitar pois sei não tem mais jeito.

domingo, 13 de julho de 2014

A Lua estava ali

Ah se eu conseguisse encontrar a fórmula...
De fazer retroagir o tempo.
Quanta coisa eu faria diferente!














A Lua estava ali
Bem ali à minha frente
Tentar, tentei
Ir até ela
Mas uma cortina
Cortina imaginaria
Me impediu
De prosseguir
De persistir
De ir em frente.

domingo, 6 de julho de 2014

Na palma da minha mão/ O toro caindo

"Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão"
Eu o abarrotaria de esperança
E pediria ao amigo vento
Que provido de alentos
Soprasse-o
Em toda e qualquer direção.










Madrugada
O toro caindo
O frio torando
E eu aqui pensando
Enquanto uns levam milhões
Vi à margem da BR
Filas de barracas
De pedaços de sarrafos
Cobertas de papelões
Sob tais, desilusões.


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Eu vi o tempo!

"Eu vi o menino correndo/ eu vi o tempo..."
Era tardinha da 5a - da 5a feira
O menino corria
Parecia contra o tempo
O tempo que não lhe permitia brincadeiras
Corria, corria, corria...
De um lado pra outro lado da rua
Revirava sacas - sacas de lixo
Catava garrafas - garrafas pet
Me indaguei: antes que anoiteça
O tempo está fechado
Está chovendo
O céu nublado
Não será noite de lua
Resgata-lo das ruas
De sua realidade nua e crua
A quem compete?