segunda-feira, 21 de julho de 2014

Nua

Dia de Sol
Vida que segue
O sonho, irreal
Quanta fantasia!
Não - não é carnaval
É vida real.

Nua
Noite sem Lua
Silêncio no céu
Barulho na rua.

Poetizar é...
Também
Não tão somente
Viver a própria vida
É - muta vez
Sentir na pele
O viver de outrem
Alegrias e Vitórias
Bem como
Desventuras e laridas.

 "... E por quê não
E como não dizer
Que o mundo respirava mais
Se ela apertava assim..."
E ela, ali
Estática, vencida
Quiça pensando
Nos tropeços que a vida
Por circunstancias
Talvez desmerecidas
Mergulhou cedo
E amarga tão sentida
Os dissabores
Por ter acreditado
Que o paraíso
Seria inebriar-se
No falso sonho
De encontrar guarida
N'uma noitada
E alguns copos de bebida.

Eu só queria um vento forte
Levar meu barco no rumo Norte
Desembocar n'um lugar deserto
Houvesse terra para o plantio
Batata doce, feijão e milho
Quiçá também jerimum cabco
Fava e melancia
Também gergelim
Na cidade é bom não fosse o sufoco
Lá também houvesse abundantemente
Vegetação campos e florestas
E o amanhecer fosse sempre festa
Com arrevoadas de arribaçãs
E a melodia dos passarinhos.

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