segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Fatos desabonadores/ um dia a menos/ um dia a menos.

Devo rasgar as vestes que vestiram-me
Devo furtar-me as peças que pregaram-me
Deve esquecer dos elogios falsiáveis
Devo remar mesmo seja contra o vento
Devo guardar somente alguns momentos
Devo partir não levar comigo mágoas
Deve lembrar sempre sempre de ter calma
Devo também saber dá tempo ao tempo
Devo entender que ele - o tempo - define
Devidamente, pois já foi dito "não para".

Ola, dona Felicidade!
Deixe-me me apresentar
Sempre fui um sonhador
Vim lhe pedir um favor
Diga à dona Esperança
Que lembre-se de visitar
A casa de toda gente
Levando-lhes perseverança
Dê-lhes fé e coragem
Para seus sonhos buscar
E que tenham sempre em mente
Vontade de conjugar
Sem nenhuma distinção
Conjuguem de coração 
O Sublime verbo Amar.

Peço-lhe mais um favor
Informe a quem de direito
Quanto a indiferença
Aos desprovidos da sorte
Penso seja inaceitável 
Enquanto a riqueza aumenta
É estatisticanente
Brasil, figura entre os grandes
No item economia
Quantos ainda sem teto
Pernoitam ao relento
Dormem sem se alimentar
Acordam pela manhã 
Desencantados da vida
Olham para os quatro cantos

Madrugada fria
Nem o calor da cama
Acende em mim a chama
Que'havia no meu peito
Quando acreditava
Que um dia inda alcanançava
Fraternidade plena
E sonhava acordado
Ver olhando pr'os lados
Evoluir os homens
A ponto de sentir
Com grande intensidade
Que pra um Mundo melhor
Bastaria que houvesse
Arraigadamente
Permear na Terra

Solidariedade

Sonho meu, sonho meu
Me carregue pra bem longe
Sonho meu
Pois está insuportavel
Sonho meu
Viver em sociedade
Sonho meu
Tornei-me embrutecendo
Sem perceber fui descendo
Os degraus da insanidade
Tanto busquei a verdade
Que acabei sendo este traste
Qual o homem da caverna
E os momentos de euforia
Que vivia n'outros dias
São tão somente lembranças
Que me atormentam a alma
Penso só o que me acalma
É pensar que falta pouco
Pra deixar este Planeta
Antes que quando me vejam
Uns apontem para outros

"Olha, vai passando um louco".

E eu que pensava que minhas lágrimas haviam secado...


Na lápide a qual forem descartados meus restos, gostaria que fosse escrito "aqui jaz mais um que foi exterminado pelo sistema".

Tava tirando um cochilo
Vi assim que acordei
Voando lá no quintal
Borboletas amarelas
Pensei: são mensageiras
Enviadas pelo Alto
Anjos estavam ocupados
Trouxeram a esperança
Vieram para espalhar
Otimismo à todos nós 
Primeiro dia do ano
Transmitindo-nos certeza
Que acreditando nos sonhos
Se cooperando seremos
Uns e outros exitosos
Buscando sempre servir
A certeza do porvir

Bênçãos trouxeram elas.

Uns que se entregam ao vicio do álcool.
Outros que mergulham no mundo das drogas.
Uns que adentram por desespero na prostituição.
Outros que promovem a alto destruição.

E assim a 'limpeza' vai sendo feita a olhos nus e ninguém percebe a mão do carrasco sistema agindo silenciosamente.

Vento forte
Hora oeste hora sul
Hora leste hora norte
Vê se leva pra bem longe
Essa desesperança
Que me faz perder o rumo
Tento mas não me acostumo
Vê tanta disparidade
Nos campos e nas cidades
Pessoas perambulando
Não sei se inda têm ânimo 
De tocar a caminhada
Se obstaculos na estrada
Ofuscam-lhes o existir
Vento seja camarada
A aponte-nos novas jornadas
Que rumos devemos ir
Perambular por ai
Penso seja boa ideia
Se neste solo a colmeia
Foi de fato obstruida
Antecipar a partida
Talvez seja a solução 
Caminhar sem direção 
Quem sabe o vento me aponte
Um lugar quiçá distante
Mesmo além do horizonte
Espaço mesmo que mínimo

Onde eu me reencontre.

E
Quando menos se espera
Surge assim como n'um passe de mágica 
Tarde demais talvez
Não sei se a culpa é do tempo

Ou se da minha estupidez

Se faz necessário...

Que o fantasma do medo que oprime não nos force à ocultar verdades.

Que a desesperança não nos impulsione a abdicar dos nossos sonhos.

Que a mão opressora não nos convença que somos incapazes de mudar o que precisa ser mudado.

Que as palavras jogadas ao vento não se percam nos labirintos da desatenção, que encontrem eco e se proliferem.

Que a vontade de arrefecer ante as injustiças não nos sirvam de fertilizantes à alienação.

Que a tensão que por vezes nos impulsiona a fazer vista grossa não seja entrave a ao menos expressar o que pensamos e sentimos.

Que o espelho de um passado sombrio nos sirva de entusiasmo para não mais aceitar o inaceitável.

Que os sons estridentes que somos forçados a ouvir não nos empurre à incultura - tipo fulerage music.

Que as pessoas a quem amamos sejam pelo menos compreensivas com o nosso jeito de ser inconformado.

Que minhas duras palavras não sejam interpretadas como subversivas e sim como um simples grito de alerta; apenas respeitadas como forma de desabafar minha insatisfação com o sistema.

Que essa minha vontade de - vez em quando - abrir mão das minhas convicções sejam tragadas pelos redemoinhos dos ventos tempestivos.

Que a tensão que me corrói por dentro seja amenizada pelo eco do bom senso.


Que o silêncio dos incautos não nos instigue a pensar - e dizer - "não, não é da minha conta".

Tédio

Palavrinha tão pequena
Cinco letras desiguais
T tristeza sintetiza
E emoções transtornais
D diminui alto estima
I incomoda demais
O oprimente, contumaz

Já não sei se mais da noite
Ou se gosto mais do dia
Só sei que em uma ou outro
Esta incrível incompletude
Por não tomar atitude
Minh'alma está tão vazia

Debandar, é o sonho que me move
Tipo hipie - aos 60
Mochila - cheia de livros às costas
Sem mordomia nenhuma
Perambular sem destino
Trafegar BR afora
Pedir carona - talvez
Se faltar o 'combustível'
Para se locomover
Partir de carro pra que?
Pousar de afortunado
Se acaso algum transtorno
Vier a acontecer
Teria que de repente

Deixar o carro de lado?!
Sentir a brisa do vento 
A luz do sol brilhar 
Com a mesma mochila 
Seguindo o caminhar 
Assoviando tranquilo 
Sem se quer olhar pra trás 
Andando feito menino 
Ou até um rapaz.
Esse que não sabe nem de onde veio
Nem pra onde vai
Assim seguindo o seu destino
Só Deus sabe onde vai  
E quem sabe de repente
N'uma curva do caminho
Quando me sentir sozinho 
Rememorar teu sorriso 
Daquela noite a reprise 
Do papo descontraído 
Você e eu, joia linda
Quiçá no mesmo lugar.


N'um cantinho de parede
A melodia de um grilo
Fez-me rememorar
Que no amor já
Cri cri cri cri cri cri...

O céu sem estrelas
Não há brisas qual antes
A noite não promete
Mas, cumpre
Se seguimos sem medo
Qual faz sem destino
N'um corcel alazão
O cigano, viajante.

Ela - a Lua
Me fascina
Parece-me
E parece
Qual fosse
Uma meiga menina.

Se meu versar parece insano
Não ignore
São resquícios de tristeza de um sonhador frustrado
Se pareço atrevido a ponto de afugentar almas mais compreensivas
Não ignore
São desabafos de um sujeito que acreditou ser capaz de entender o inintendível
Se pareço versátil a ponto de ir de zero a cem em um segundo
Não ignore
São formas que faço uso para tentar disfarçar este sintoma de bipolaridade pertinente
Se parece está eufórico e n'um instante mudo a ponto de parecer está envolto em tédio
Não ignore
São talvez, válvulas de escape que utilizo para dissimular esta minha insensatez. 


Vou de carona n'uma nuvem
Parecida algodão doce
Passar um pitu no tempo
Reviverei áureos dias
Rememorar as cacimbas
De quando o Sol tava ardente
Na areia fazia poças
Do solo brotava água
A qual saciava a sede
No pingo do meio dia
Lá no Sertão era assim
A labuta era difícil
Mas ao anoitecer
O céu todo estrelado
Sem precisar de palavras
Declamava poesias.

Se difere o meu versar
dos tantos que vejo aqui
Deve ser porque sonhar
Inda não desaprendi
Eu insisto em planejar
Imagino que há de vir
Um tempo de acreditar
Aguardemos o porvir
Essa gente à chegar
Quem sabe saiba distinguir
Teorias e promessas 
Do que em voga a iludir.


Amanhece amanhece amanhece amanhece oh dia
Trás o sol em tua companhia
To cansado de tanta afasia
Não consigo controlar este impulso
O que faço com essa agonia
Já cansei de esperar que surgisse uma alma - procuro noite e dia
Que também - como eu - procurasse entender o por que dessa vida vazia
tanta coisa acontece na noite é tanta euforia
E eu aqui delirando e tentando fugir dessa monotonia
Olho e vejo o relógio marcando já outro dia
No entanto entretanto e portanto a madrugada é fria
Á distancia ouço o som do cantar de uma cotovia
Que parece também compartilha dessa melancolia
Abro a porta olho o céu sem estrelas - só nuvens - parece magia
Nem a Lua aparece instigando ao menos fantasia
Até o sono sumiu e não vem me fazer companhia
Diferente do modus viventes desta freguesia
E por lá - tipo aqui - tamanha apatia...

Que este fantasma que insiste em povoar-me a mente
Não impeça-me de tentar de novo alçar voo
Que esta vontade insana de ver de novo não instigue-me à frustrar novos planos
Que esta tortura que perdura desde aquele dia
De mim se afaste
Só assim, quem sabe
Não mais cometerei tamanho engano

Que a desesperança não me impeça de continuar sonhando e acreditando que somos capazes de contribuir para mudar pra melhor.

Que as palavras jogadas ao vento não se percam nos labirintos da desatenção e encontre eco e se prolifere.

Que a vontade de arrefecer ante as injustiças não nos sirvam de fertilizantes à alienação.

Que a tensão que por vezes nos impulsiona a fazer vista grossa não seja entrave a ao menos expressar o que pensamos.

Que o espelho de um passado sombrio nos sirva de entusiasmo para não mais aceitar o inaceitável.

Que o silêncio dos incautos não instigue-nos a pensar - e dizer - "não é da minha conta".

"É pau é pedra é o fim do caminho é um resto de toco..."

É ficar na vontade
É saber ser sozinho
É não arrefecer
É seguir um caminho
É jamais desistir
É pisar em espinho
É entender que na vida
É nunca ser mesquinho
É dá nó na madeira
É esperar um tempinho
É desbravar horizontes...

Egoismo ta na moda

Quase ninguém quer saber 
Se outrem esteja bem
Vai-se então tocando o barco 
Se o vento tá soprando
Na direção que convém.
É tanta gente enganada
Mesmo assim acomodada
Fatos desabonadores
Acontecem a todo instante
Mas os que antes falantes
Se por conveniência
Ou se há pouca decência 
Só se sabe que o silêncio 
Cada vez mais vai crescendo 
E a esperança morrendo
De um novo porvir

Vem

To indo ao teu encontro
Não sei o que me espera 
Mas preciso encontrar
Pois o tempo foi passando
E eu fui me cansando 
E deixei de procurar
Cansado estou
Pois percebo a cada dia
Que a cada amanhecer
Diminui minha euforia
Quanto tempo inda me resta?
Pois a cada amanhecer só trás uma certeza
Tenho um dia a menos.

E, continuamos a sós

Eu, e minhas recordações
Das quais
Muitas eu gostaria de
Deletar da memória.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Chuva caindo - isso é bom/ O ponto - imaginário/ Quase Invisível

Desejo/ almejo/ planejo
Inda saí deste marasmo
Fugir da monotonia
Desembocar n'um lugar
Longe da hipocrisia
Quem sabe inda encontrar
Um pedacinho - que seja
Imune a tal da ganância
Lá inda haja esperança
Da convivência harmônica
Entre pessoas que'entendem
Que direitos e deveres
À todos é inerente
Ninguém se julgue impotente
Não haja submissão
Tampouco lá tenha vez

A tal da demagogia.

Chuva caindo - isso é bom

Podia está mui contente
Há um ano atrás - no sertão
A seca era tormento
Mas aqui bem perto - imagino
Quantos ainda padecem
A desesperança existe
Em quem inda perambula
Tem que perniitar nas ruas
Não tem seu cantinho quente.

Isso não devia acontecer
N'um meio onde deviam
Gente respeitar de fato
Direitos de outra gente.

Real ou fictico
Ilusorio ou ilusão
Perdido no espaço
Anseio e embaraço
Um tanto otário
Sou um ser mult facetário

Qual meteoro ao longe

Lampejo entorpecedor
Qual estrêla cintilante
Rubi de mais linda cor
Assim o sorriso dela
Síntese de um sonhador.

O meu ontem não foi pleno de glórias e vitórias mas de tropeços e - predominantemente - fracassos. O meu hoje, assim um tanto insosso e o amanhã um emaranhado de interrogações - assim é a vida...

Se n'algum tempo me'encontrei de fato
Não me lembro
Sempre 'desenhei' a linha tênue
Que divide
O ponto - imaginário
Além do horizonte
No entanto uma cortina - invisível
Separava
O real do fictício
Por onde andei constatei
Tantos suplícios
Que por vezes m'indaguei
Os por quês disso
E a dúvida
Sempre foi parte perene
No meu eu
Sempre sonhador
E se de fato conseguisse
Entender
Os mistérios ou ao menos
Parte deles
Talvez fosse menos reticente
Quanto ao ponto que povoa
Minha mente
Um sentimento que adjetivam
De amor
Quiça tivesse menos dúvidas
Do que tenho
E não fosse o quanto sou
Tão sonhador.

Para se ser
Quase
Invisível 
Basta trazer à tona
Verdades não tão aceitas
Em especial se sendo
Que contrariem interesses
De quem ocupa espaços
Em esferas de comando
E tais verdades em tesr
Possa contrariar planos

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O Tempo/ Se/

O tempo não perdoa
Quem perde muito tempo
Dando tempo ao tempo
Deixando o tempo passar
Quando no tempo acordar
Vera que não há mais tempo

SI

Se o amanhã fosse ontem
Eu me reprogramaria
Não fazia tantas coisas
Já outras tantas faria
Dentre elas viveria
Cada instante
A tal desafio

Sempre fui meio arredio
Por tal paguei altos preços
Se vivo de fantasias
Não devo pois lamentar
Tão somente aceitar
Rece bi o q mereço

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Novidade novíssima

A imprensa - se livre e ousada - pode ser a redenção de um povo, bem como se mercenária e acanhada, a alienação do mesmo.

Quando o silêncio impera ant a malveçasão do dinheiro publico,algumas interrogações ficam no ar: medo? Conivência? Covardia? Interesses ou qual o por quê do silêncio?



Os homens dividem-se em duas partes: os que acreditam na evolução da humanidade - na qual o material é apenas complemento - e os que priorizam o TER em detrimento do SER.

Tentar mostrar o óbvio à quem não quer ver, penso seja absoluta perda de tempo.


Contrastes - quantos contrastes!

Nem tudo que parece é
Nem tudo que é parece
Uns vivem do faz de conta
Outros sonhando em viver
Uns mantêm a aparência
Outros só pelo prazer
De aparentar está bem
Gente que não tem querer
Pensa o ser livre de fato
Não ter nexo tal querer
E a tal da hipocrisia
Alastra-se nos quatro cantos
Mentiras, demagogia
Perenizam-se tal qual mantras
De tais tantos derivados
Do viver literalmente
Subtrai sem cerimônia
Da vida parte do encanto.

Sou - penso

O que dizem com frequência
"Politicamente incorreto"
Não é qu'eu seja cri cri
É apenasmente que
Desde menino aprendi
Que devemos defender
O que entendemos certo
Por tal
Sei muitos me vêem
Porque têm dois oi na cara
Outros sequer mi'imcaram
Pensam - acho - ser pecado
Já perdi muitos amigos
Pensar em andar comigo?
Só se for de vez em quando
Entendam de fato seja
No minimo bem necessário
Madeira de dá em doido
Foi meu avô - meio índio
Misturado com escravo
Era um vei duro na queda
Literalmente falando
No tal do braço de ferro
Desbancou cabras marrudos
Em disputas/ quermetiscas
Nos seus quase 80 anos
Por isso pouco m'importo
Se me vêem de soslaio
Os poucos que me entendem
Sabem quanto os admiro
Por comungarem comigo
Que dos bens mais preciosos
É não temer tempestades
Trazer à tona verdades
Mesmo se incomodantes
Manter assim tal postura
Desagradando a uns poucos
Esclarecendo a bem muitos
Que talvez por timidez
Ou por quaisquer outras razões
Não ousam se contra por
Aos seus pseudos patroes.
Não sou madeira de lei
Das tais que cupim não roi
Mesmo assim não me admito
Ver e ficar inturido
Por temer ser atrevido
E só dizer meias verdades.

Aí a gente sonha

Um sonho esquisito
Perdido n'um lugar distante
No qual tudo é tão bonito
Não parece habitado por gente
Apenas bichos
Animais estranhos
Todos entre si se comunicam
A harmonia é tanta
Que até as plantas
Parece estarem em festa
Então a gente acorda
E constata
Onde estamos
A realidade
Quanto dista desta.

Chuvinha de verão

Por vezes inconveniente
Mas portanto
Entretanto
Mesmo incomodando alguns
Insistente
Persistente
Pertinente
Como que
Vem, percebendo
Que apesar dos espinhos
As rosas
Até as rosas
Quando parece inibidas
Vem a chuva de verão
E a cada amanhecer
Vêm embelezar a vida.

Quantas noites

Quantos dias
Perfume saudavel
Sombra agradável
Crianças brincando
Fazendo algazarra
Sob tuas sombras
O canto das gigarras
Os pássaros em festa
Quantas confidências
De tantos casais
Juras de amor
Hoje só restou
Oh frondosas árvores
Agora ex-caliptos
De vós a lembrança
Tomara esperança
Haja que raízes
Sobrantes aflorem
Povoem de novo
O parque do povo
Ressurja de novo
E seja perene
Perfumes e sombras
Para no futuro
Não se sintam falta
Saudades somente.

Não importa quão bela seja a paisagem

Quão encantante sejam as ondas
Levando e trazendo areia
Mulheres - tipo sereias
Na praia a se banhar
Não compara aos atrativos

Que existem em nosso lugar.


Ah se eu ser-se

Poeta de gabarito
Pra dizer em prosa e versos
Quão bela é a Natureza
Tudo de bom nos dá
Até este céu azul
Refletindo nas piscinas
E nas águas cristalinas

No azul das ondas do mar.


Contrastes - quantos contrastes!
Nem tudo que parece é
Nem tudo que é parece
Uns vivem do faz de conta
Outros sonhando em viver
Uns mantêm a aparência
Outros só pelo prazer
De aparentar está bem
Gente que não tem querer
Pensa o ser livre de fato
Não ter nexo tal querer
E a tal da hipocrisia
Alastra-se nos quatro cantos
Mentiras, demagogia
Perenizam-se tal qual mantras
De tais tantos derivados
Do viver literalmente
Subtrai sem cerimônia
Da vida parte do encanto.

Sol, praia, mar azul

Do literal tão bela a parte sul
Nos coqueirais bandos de pardais
Dos que avisto
Cada um se diverte mais
Por companhia tenho
Gatos e grilos
Estes últimos
Vindo a conta gotas
Quase me transporto
À tempos ancestrais
Inintendiveis viagens
Quase transcendentais.

Noite

percebo em muitos o cansaço
envolve-me n'um abraço
não chamei
mas ela
novamente veio
pontual
ah solidão.

Se focas e não vês alvo

Em dia de sorriso cinza
Enfies o os pés na estrada
Quem sabe encontraras
Motivos, na próxima esquina...

Calor intenso

Céu azul turquesa
De espelho, água
O vento soprando
Eu daqui pensando
Dadivas Divinas
Pra cada situação
Há sempre solução
Talvez compensação
Presente da Natureza.

Acordar cedinho

Mergulhar na água
Azul cristalina
Nas ondas do mar
Revigora o corpo
Faz mui bem à mente
A alma transcende
A devanear.

Ela lá 

Eu cá 
Estamos a sós
A distância
Pouco importa...

A Lua à beira mar veio transmitir magia

Vislumbrar sua beleza
Conduz à devanear
Pensar em mil fantasias

SAI DESSA, BICHO

"Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando foi justamente n'um sonho q'ele me falou..."

'Sai dessa bicho

Teu tempo já passou
Nesta Nau
Não há mais espaço
Para sonhador.
Tenta te adequar
Aos ditames
Do  Sistema
Ou terminaras
 N'uma de horror.
Lembra-te que o
Homem Tentou alertar
 Um dos Seus amigos
Para O entregar
Por 30 moedas
O Sistema o subornou
Dista tanto tempo
Da Sua Mensagem
Hoje teorizam
Vísao mercenárem
Mas a pratica, bicho
Sabes muito bem
Quase só o fazem
Os que menos têm.
É assim amigo
Que a banda toca
E o miserê Se vê alastrando-se
Milhares, milhões
Vivendo em malocas
Só os mais espertos
Se dão muito bem
Não apercebendo-se
Que é temporal
Tanta mordomia
Pois do Outro lado
O Homem Falou
O que conta ponto
E a Lei do Amor.
Vivida de fato
Não teorizada
Assim lado a lado
Podem se encontrar
Quem teve castelos
Ou viveu ao léu
Como teto Nuvens
E leito as calcadas.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Quando paro o tempo:

Quando paro o tempo:
Me transporto ao futuro
viajo para o passado
faço análise do presente
constato: tem algo errado
quantos sonhos - era utopia
o mundo sonhado um dia
me perdi na euforia
pago o preço da ousadia
percebo: estava enganado.

A gente não se permite
Mas...
Por tal
Paga juros...
Por vezes exorbitantes
Por o que não deve

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Fantasmas transcendentais

Penso seja
Não acordar tarde
E não desperdiçar
As oportunidades que
Lhes surgirem cedo.

Tudo era calmaria
Não era tão fácil as noites
Mas vinha a compensação
Sempre que amanhecia
Distante estando perto
Não mais estava deserto
O que era aridez
Solo fértil parecia
Inesperadamente
Uma nuvem ofusca a Lua
E qual fosse um tsunami
Desfez um sonho dourado
Transformando essa magia
Em mera - vã utopia.

Talvez um dia isso tudo passa
Empáfia
Demagogia
Soberba
Pilantropia
Egoismo
Desrespeito pelo outrem
Inveja
Demagogia
Ganância
Falsa pujança
Ostentação disfarçada
E até a hipocrisia.

Fantasmas transcendentais
Pode ter sido sem querer
Mas...
Foi chegando de mansinho
Eu, me fiz todo carinho
Pouco a pouco entendendo
Como é fácil se perder
A vontade de viver
Fantasmas transcendentais
Povoam imaginários
Trancendem fronteiras vis
Fendas, criam cicatriz
Profundas - insensatez
São marionetizantes
Basta-se enveredar
Pelo mundo da magia
Adentrar em fantasias
Quimeras - maluquez
Vulnerabiliza-se
Túneis infindos se formam
Quando de sonhos se acorda
Vê-se que foi pesadelos
Tenta-se, mas não se acorda

Pode ter sido sem querer
Mas...
Foi chegando de mansinho
Eu, me fiz todo carinho
Pouco a pouco entendendo
Como é fácil se perder
A vontade de viver
Fantasmas transcendentais
Povoam imaginários
Trancendem fronteiras vis
Fendas, criam cicatriz
Profundas - insensatez
São marionetizantes
Basta-se enveredar
Pelo mundo da magia
Adentrar em fantasias
Quimeras - maluquez
Vulnerabiliza-se
Túneis infindos se formam
Quando de sonhos se acorda
Vê-se que foi pesadelos
Tenta-se, mas não se acorda

domingo, 13 de outubro de 2013

As novas

Meu sonho de 'consumo': vê meus escritos (cerca de 6 mil frases - 3 volumes da série Filosofraseando - 3 títulos (cerca de 600 poemas e poesias) além de artigos e crônicas, circulando de mão em mão Brasil afora. A parte menos relevante, é o tal do retorno financeiro. Se alguém conhecer alguma editora que tope publicar-los, por favor me avise.

Mesmo que eu não saiba sorri ou o meu riso seja só aparente, comprazo-me no sorriso de outrem - faz-me um bem inenarrável.


O viver - pra dá satisfação - mantendo tão somente as aparências - penso seja - das formas mais covardes de alto negação.


Ah mais que sujeito complexo sou eu
Que to agigantadamente invocado
Chuva fina caindo lá fora
Muita gente se divertindo na praça
E eu aqui amufambado
Dentro do carro - na garagem ancorado
Aqui um calor giga arretado
To pensando será
Pagando os meus pecados
Dentre eles
O mais agigantado
Foi muito ter amado
E assim vou tentando encontrar
Sei lá o que
Pois se torna difícil procurar
O que na verdade
Não - sequer - sei o que to querendo
Se de novo
Mergulhar de cabeça
Ou então se tentar um espaço
lunar
Aqui mesmo na Terra onde se
Possa plantar
Macaxeira, batata ou qualquer coisa assim
Quem sabe criar galinha, guiné, pato, carneiro
Ver toda manhã ao amanhecer
Um casal de pavão enfeitando o terreiro
Ter um belo pomar para o alimentar
Até quando a morte chegar.

Tarde tristonha
E essa vontade medonha
De sair, perambular
Talvez não faça sentido
Andar sem destino certo
Procurar não sei o que
Pois triste não é a tarde
E sim esta ansiedade
Esta notoriedade
De nada fazer sentido
Tamanha é minha tristeza
Que perambulando encontro
Um pouco compensação
Observando paisagens
Tento entender as mensagens
Que vejo na Natureza.

Talvez seja alto defesa
Ou um piuco covardia
O peso do dia a dia
Tem me tirado do sério
Não entendo este mistério
Esta onda torturante
Minha tristeza é gigante
Não mais tento disfarçar
O campo é um bom lugar.

É primavera
Chove
O frio é cortante
Mas...
Perde pra frieza
Que arrancho-se
Fez morada
Inquilina
Indisciplinada
Que insiste
Em ficar do meu lado
Seja quente
Seja fria
Toda madrugada.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Outras

Isso é legal!
Uma esteira sobre a laje
O céu um tanto nublado
Mesmo que algumas nuvens
Tentem ofuscar a Lua
Majestosa ela aparece
Inda tem por companhia
O cintilar das estrelas
E eu aqui devaneando
Um tanto utopiarizando
Pensando que vale apena
Não arrefecer de ânimo
E mergulhar vez em quando
Sabendo que é fantasia
Neste instante de magia.

Quase que cotidianamente
A inspiração poética
Me visita - e geralmente
Quando é alta madrugada

Indissiplinadamente
Vomito duras palavras
Mas, desabafo o que sinto

Isso - penso - é ser poeta
Ter uma mente inquieta
É não compactuar
Com algo a incomodar
E contar pra muita gente

Não - eu não sou refinado
Só transmito o meu recado
Muita vez inconsequente.

Até que tá sendo relativamente fácil... Dormir. Difícil tá sendo está acordado...

No rancho da donde habito, tem um cara que deve ser giga happy - vive cantando o tempo todo...
Também pudera: o galo phudhesthencio tem 7 galinhas só pra ele - bicho sortudo da mucurana!!!

Seguir o curso das águas
Penso seja boa ideia
Se não se alcança o palco
Ao menos se é plateia
Pois pra se chegar ao pote
Onde se encontra a colmeia
Os riscos de ser picado
Por abelha é eminente
Agrava-se quando em questão
Trata-se do bicho gente
Mais perigoso que abelha
Além de ferir o corpo
Fere com mais veemência
A alma se a gente sente
Assim se damos guarida
A algo inconsequente
Torna mais forte o tormento
E pode ser permanente.

Doravante, tanto faz como tanto fez - já deixei o meu legado à civilização. Se encontrasse um lugar deserto pra viver - tipo índio chucro - penso estaria de bom tamanho.

Divagar transpor fronteiras
N'uma nave espacial
Caminheiro sem destino
No espaço sideral
Vagando quem sabe um dia
Ancore n'alguma ilha
Um lugarzinho legal.

Não sei do que nada sei
Não aceito se discordo
Não desejo se não tenho
Não ligo se vai ou vem
Não mim 'importa o seu desdém
Não quero se não convém.

Pouco ou nada adianta
O pote com mel
Se ao tentar bebe-lo
O ferrão da abelha
Deixa um sabor amargo
Qual fosse fel?

Eu queria ao menos desvendar este enigma...
                    Sei não; viu?
               Moinhos de vento
                Moinhos da vida
           O mundo é um moinho
          Trucidante à quem ousa
             Desafiar seus limites
           Trazer à tona verdades
            Onde há cumplicidade
            Adentra por labirintos
             A caminhada é tirana
           Portas lhe são fechadas
            Espinhos pela estrada
               É cruel o desafio.

Se
Ah se...
Tudo seria diferente...

Você foi uma nuvem negra
Das mais negras
Que povoaram meu céu
Mas a Natureza é generosa
E fez que passasse logo
E sei não vai demorar muito
Desbravando estradas outras
Irei trilhando labirintos
E o vento meu amigo
Soprando a favor eu sinto
Mui breve encontrarei
Meu pote pleno de mel

Fascina-me sim
O voo desengonçado de uma garça
Formigas organizadas em filas
O desabrochar de uma rosa manhãzinha
O carcareár contente da galinha
Beija-flores plainando no ar
O enorme nariz do tamanduá
A graciosidade do peixinho no aquário
O João de barro preparando o agasalho
O rastro de uma estrela cadente
O sagui com fisionomia de gente
O coachá do sapo na lagoa
A hiena tão feinha rindo atoa
A camuflagem do camaleão
Quando muda de cor vi neste verão
Uma ovelha pastando na campina
Os longos cabelos da caipora/ menina


Os bichos...
Perdi pros

Permita-se..
Siga o exemplo
Da borboleta
Exuberante
Mas
Só depois
De sair
Do
Casulo.

Mas pra que tanta bitolação
Se não raro
O real também é exceção?
Chega de hipocrisia
O que vale muito a pena
É mergulhar nesta magia
Vez em quando é bom
Fugir do real
E ingressar de corpo e alma
No mundo da fantasia
Tente enganar.

Quem se esforçar em entender a 'metáfora' do Divino Mestre Jesus "Conhece a verdade e ela te libertará" dificilmente persistirá em ser igrejeiro.

Os contra tempos do dia a dia

Vida vivida

Só tem amplo sentido
Quando envolvida
Em defesa de outrem
Que alheia a vontade
Seja oprimida.

Sei lá... Entende?
De tanto ver pilantras se dando bem
De tanto ver quem é serio se dá mal
De tanto ver agigantar a gatunagem
De tanto ver basta ler um só jornal
De tanto ver que parece não ter jeito
De tanto ver chego a pensar que é normal,

inda constato
historias shekespereanas
sem começo meio ou fim
tento entender
por quê sempre faço o bem
não raramente
pilantreiam-me mesmo assim.

Se do futuro, o passado
O hoje destrói os sonhos
Por quê desesperançar?
Elevar-se penso seja
Uma forma de tentar
De novo recomeçar
Tal qual as ondas no mar
Seja qual seja a berreira
Recua; enfrenta torrentes
Refazer-se e novamente
Enfrenta fortes correntes
E com força escomunal
Re-surge e à beira mar
Volta pra demonstrar
Que com simplicidade
Dos campos e das cidades
Muitos vão lhe admirar.

Céu claro
Nuvens que mais parece
Capuchos de algodão doce
Tão alvos parece neve
Ao longe linha do horizonte
De perto gente vagando
Parece um tanto sonâmbulas
Sinto-me desapontado
Percebo n'uma pessoa
Empáfia bem definida
Rememoro há pouco tempo
Me parecia tão simples
Até um jeito inocente
Quando esteve do meu lado.

As pestes (desculpem os bons cães) latem latem latem... depois basta os que estão com as chaves dos cofres estralarem os dedos (sujos) vêm/ vão todos de rabinhos abanando

Isso não é legal...

Acordar na madrugada
E à mente logo vir
A imagem de famílias
Por ganância ou algo assim
Com o desapoio do sistem
De seus casebres nos guetos
Aos trancos e barrancos
Sem o minimo de decência
Cruelmente despejadas
Oh vida malvada

Andando olhei pro alto
Vi algo em movimento
Parei, mirei, era um pássaro
Fugia de predadores
Parecia apavorado

Soltava plumas ao vento.

Nuvens espessas povoam meu céu

Miro pensando seja um oásis
Tento ir ao pote
Não encontro o mel...

Mas, quanto mais espinhento o caule, mas deslumbrante a rosa; quanto mais sujo o lodo, mais preciosa a pérola...


Sensibilidade é algo raro - e raramente é inerente a pessoas que consideram o vil metal como sendo a 'nona' maravilha do mundo.


Se existe algo que eu não desejo jamais ter certeza, é quanto a pre determinados dogmas...



Onde abunda o maldito dinheiro - por o tal o Cristo foi crucificado - circunda toda especie de mercenário.

Como seria a vida não fosse os mistérios?

Não fosse a magia envolvendo/ instigando
Não fosse os caminhos incertos/ insanos
Os quais nos conduz por rios sem água
Mas que a alma alimenta e por vez acalma
Nos faz navegar por mares/ correntes
Nos faz semear infertes ementes
Mas que transforma a vida em fortes torrentes
Divagamos por vezes entende quem sente
Os efeitos das asas da imaginação...
Solidão
Companheira frequente nas horas de angustia
Traiçoeira demente nem sempre assusta
Pereniza-se se a ela damos guarida
Sedutora de astucia provoca feridas
Indutora feroz transformando vidas

Em estradas sem fim de desilusôes...

Não sei se vá não sei se fique
To pensando seriamente
Em sair a procurar
Um lugar bem diferente
Onde se possa morar

Longe de tudo e de todos
Quiçá um lugar deserto
Pra ninguém incomodar

Pois cheguei a conclusão
Que por mais tente agradar
Sou mesmo desengonçado
E a quem esteja ao meu lado
Tende a se decepcionar

Não deixei ser sonhador
Pois faz parte do meu eu
Todavia além disso
Sempre fui meio utopista

Se tivesse sido artista
Penso tenha dado certo
Porém o próprio Universo
Não conspirou a favor

Tento aliviar a dor
Que guardo firme no peito
E sinto que a esta altura
Não há nada que dê jeito

Assim num lugar distante
Ninguém mais - penso - atormento
E como disse o poeta
"Vou mim'embora pra passarga"
Pra aliviar a barra
Mas lá nem de longe penso
Imita-lo ao pé da letra

Pois por não ser habitado
O lugar tento encontrar
Não deve ter com certeza
Mulheres tal qual diz ele

Quanto mais ter privilégio
Tal qual teve o dito cujo
Certeza tenho bem sei
Não sou amigo do rei.

Tenho estado um tanto luariando
Não sei se efeito utópico
Ou se estou flutuando
Divago, sonho acordado
À tona tempos passado
Lembrança conduz meus passos
Isso é bom pois dá impulso
Instiga à continuar
Pois me sinto em pleno ar
Só indago: até quando?

Voltando do litoral
Ao adentrar em Garanhuns
Vi uma estrela cadente
De há muito não as via
Rememorei belos dias
Vividos tempos atras
Tomara seja prenuncio
De novamente adentrar
Mesmo seja fantasia
Pouco importa vale apena
Mergulhar nesta magia...

Foi por ela

que deixei a festança acontecendo
que saí de fininho e fui pra cama
que da cama saí e fui pro piso
sequer fiz uso de colchão
que dormi tal qual dorme um inocente
que acordei um tanto descontente
que garanto assustei alguma gente
mas garanto que muito to contente
por está bastante aliviado
e mesmo que não. pareça um bom bocado
não é não já que surtiu bastante efeito

da coluna amanheci aliviado.

Por que tudo é efêmero - mesmo que se viva usufruindo mordomias, seja pobre ou seja rico o último ato é no chão.

Sei
Querer tudo fosse flores
Seria pedir demais
Mesmo enfrentando barreiras
Tropeçar fazer besteiras
Tenho muito à agradecer
Por ter tido o privilégio
De pra outrem espargir luz..

As vezes no silêncio da noite
Já me acostumei a flertar
Invento mil fantasias
Meu hobi é divagar
Mergulho nesta magia
Meu maior trunfo é sonhar
Fujo da realidade
Uma forma de enganar
Que sou um sujeito inconstante
Viajo sem sair do lugar
Hora to em meio a florestas
N'outras to em alto mar
Pego carona na Lua
Miro nuvem a se formar
Nelas vejo siluetas
Dezenho o que desejo ao olhar
Assim supro minhas vontades
Sinto-me n'um lago a remar
Me entrego ao balanço de um barco
Com o vento a saculejar
Desta forma consigo esquecer
Que conjuguei o verbo amar
N'um passado também no presente
Mas sempre solo a fertar
Já não alimento esperança
De um dia reencontrar
O impulso que tive outrora
Deixo agora o tempo me levar
Pra distante além fronteiras
Horrizontes vou desbravar
Quem sabe n'outras galacias

Em sonho possa ancorar

Não sei se sou demasiadamente coerente ou se minha utopiarizada mente sente os efeitos do meu eu - dizem - inconsequente.
Será pelo fato de - literalmente
Ser inerente ao tipo gente?
Não !
Não consigo me entender
A esta altura qual kamikaze
Gostar de sofrer?
Até porque
Eu não tinha o direito
De interferir
Seria insano
Adentrar em planos
De outrem que sonha
E não seria justo
Se até por impulso
Viesse a gostar - a concluir

Sim, não, talvez...

Desistir geral?
Sei lá, sim, não, talvez?
Não tentei calcular a velocidade do tempo;
por tal, perdi muito tempo - me perdi no tempo.
Existe um tempo certo pra viver - no amplo sentido da palavra?
O tempo - penso - dita as regras e - que eu saiba - ainda não foi inventado o metrômetro.
Ou, alguma espécie de giringonça, adequada à manipular o dito cujo - tipo adiantar o tempo em 3, 4, 5 anos, retroagi-lo em 20, coisas do tipo.
E uma das facetas mais intrigantes do tempo, penso seja 'adequar' tempo para que permitamos ser marionetisados.
Sim, quando nos deixamos enveredar por - mínimo que seja - período de tempo, vulnerabilizamo-nos. Vulneráveis, somos tal qual barcos à velas em alto mar - à deriva - conduzidos de acordo com a direção dos ventos.
Atualmente, preciso - e preciso muito - ao menos encontrar uma bussola para conseguir me orientar rumo a um norte (ou quem sabe leste, sul, oeste, sudeste)...

Perdi o rumo

Caminho incerto
To n'um deserto
Em plena multidão.

Tropeço aqui tropeço ali
Sou caminheiro
Sigo essa estrada desbravando
Aqui, já não encontro chão.

Que olhar!

Triste
Distante
Perdido no horizonte
Baixou a vista
Tentou disfarçar
Mas sua fisionomia
Não consegue enganar

Ta distante sim
Mas certeza tenho
Não pensando em mim
Até porque
Não tem nada a ver
Apenas percebi-te assim.

Mentira
Ou talvez seja alto engano
As vezes fazemos planos
Sem nos alto analisar
Quando quebramos a cara
Por sonhar sem ter limites
Somos sim nos os culpados
Por ter do que lamentar.

Sou do meio

Mas não faço parte
Em Ilha da Fantasia
É assim
Não importa a arte
Se não comunga
Nem prévio aviso
É "descarte"...

O mundo prestaria...
se
não fosse essa mania
de
quase todo mundo
pensar
viver
em em torno do dinheiro
noite e dia.
O mundo prestaria
se
não houvesse o egoismo
todo - ou quase todo mundo
defendendo
interesses mesquinhos.
O mundo prestaria
se
a ganância
não. fosse carro chefe
quase todos
na mesma sintonia.
O mundo prestaria
se
fraternidade fosse
cultivada de verdade
e todo mundo
fosse
uma grande confraria.
O mundo prestaria
se
solidariedade
não fosse
mera teoria.

Almejo/ planejo terminar meus dias longe de tudo (em especial deste mau/ necessário) mas preciso espalhar o meu pensar. Tenho 8 títulos (livros) publicados e outros tantos publicáveis. Se alguém se dispuser à vende-los disponibilizo-los no racha.

Tomei esta decisão ao mostrar todos à um amigo - muito amigo - o qual já tinha adquirido 2 dos meus títulos que me disse depois de uma breve examinada: "muito bom; mas tá dando dinheiro?" - Não respondi; corria o risco de perder o amigo.

Eu preciso eu preciso eu preciso tanto
deixar de ser otário
entender que desse jeito
é história de vigário
tal qual em contos de fada
pobre mais que de repente
acerta na loteria
e torna-se milionário
aí sim pode sonhar
tá lá no dicionário.

Oh nuvem!
Vejo que és densa...
 leva pra bem longe
este meu jeito de ser
que por querer ajudar
sempre saio em desvantagem
leve pra outras paragens
minhas inconsequências
que penso quem sabe tenhas
por tal feito recompensa.

(In)sensível!
Manhã de Sol
Em Terezinha - PE
Linda praça
Transeuntes passam
Pra lá e pra cá
Caminham sem pressa
Até parece festa
Sorrisos perenes
Mas quebrando a cena
Algo instiga à pena
Um ancião sofrido
De olhar dorido
Percebe-se no semblante
Que poucos lhe entendem.

Um copo
Ao abrir a porta
Ao nascer do dia
Vi um copo à minha porta
Um copo - de leite
Bastaria
Para em muitos lares
Abundar a alegria.

Se faz falta muita falta
Mas sabe-se que é insano
Dá vazão a um sentimento
Preferível recuar
A prosseguir, fazer planos
Sob pena de mui breve
Mergulhar n'um desengano.

Ao longe, sobre os telhados, serpenteava pequena coluna de fumaça, vagava em direção aos sonhos que perdidos no horizonte da minha memória, teimava em querer ser, não a fumaça de uma lareira, mas a fumaça de um incêndio que devoraria a estupidez dos energúmenos que povoam o nosso imaginário.

"É primavera..."
Que primaveriu sejam teus passos
Que teu caminhar seja sereno
Que flores silvestres te circundem
Que haja Sol mais seja ameno
Para que em nenhum momento
Afete teu corpo tão pequeno
E que conserves sempre sempre
Esse teu belo corpo moreno.

Eu sei oh bela estrelinha
Tu parece pequeninha
Tu ta longe mais tais perto
O céu tá todo nublado
E dai do teu reinado
Tu saisse pra mostrar-me
Que logo menos o Sol brilha
Vai florir no meu deserto.