domingo, 2 de julho de 2017

MICRO CONTO

Um animal na estrada
Um bêbado em sentido contrário
Um enxame de abelhas
Um fortíssimo nevoeiro n'uma curva
Um louco que azune uma pedra
Um mau súbito ao volante
Um sem número de situações outras
Um fatidico caso - mais um - mera 'fatalidade'.

Como compôs/ cantou Belchior "caso comum de trânsito" - ela tem sempre uma 'desculpa' para continuar sua saga de 'faxinar' o Planeta.

Angústia

Angústia
Sentimento cortante
Qual o fio da navalha

Do peito quase eclode
Ardente
Qual larvas de vulcão

Sensação pungente
Pontiaguda/ cáustica
Penetrante

Chamas transbordam
E a mente impotente
Só reclama.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Alguns

Será?
Poderá vir
A acontecer
Ou não
Em
Havendo tempo
E se
Não houver
Contra-tempo
E o tempo
Ah, o tempo!
Fui dando tempo ao tempo
E ele - o tempo
Implacável e
Sorrateiramente
Foi
Me tirando de tempo.

*

"Lua Lua amiga
Vai dizer à ela"
Que 'eu to
pertinho das nuvens
me balançando n'uma rede
curtindo uma brisa suave
quase alcançando estrelas com a mão .

*

Fim de tarde
Horizonte
À oeste,
Ocaso
Nostalgia
Palavras ao vento
Onde irão
Ancorar?

*

Um sábado a noite
quão difere
dos sábados de 'outrora
as luzes da cidade
não mais me fascina
quiçá por essa
estradinha deserta
pirilampos enfeitando o céu
reportem-me de novo
aos tempos dos sonhos.
*
Dormi
E sonhei
No sonho
Um frenesi
Eufórico senti
Teu corpo molhado
Acordei suado.

*

Dormi
E sonhei
No sonho
Um frenesi
Eufórico senti
Teu corpo molhado
Acordei suado.
Estávamos dançando na chuva

Que belo sonho!

Acordei...

Um Andarilho

Pra lá e pra cá
Um ir e vir constante
Demonstra não ter pressa
Percebe-se no semblante
Cançado de promessa
Vêz em quando se'aflige
Existe, já não vive
Andarilhar lhe resta.

*
PS: certa vez lhe ofereci carona - respondeu: "dispenso; não sei pra onde vou não tenho rumo certo por isso não tenho pressa".

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Desinspiração

Bateu
de repente
uma saudade
de...
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
m
inha pessoa
em tempos idos...

domingo, 18 de setembro de 2016

Jesus Amigo!

Choro sim!
Não que as lagrimas
Estejam a verter

Mas no peito
Não consigo
Segurar o pranto

O frio cortando
E eu imaginando
Quanta gente

Ao relento tiritando
Jogada pelos cantos

Marquises e fachadas
Como abrigo
Jesus Amigo!

Veja isso?
Você na causa
Certeza tenho
É o caminho

De um cantinho
Para essa gente
Minimizar
O seu tormento

Melhore o tempo
Faça com que
O ser humano

De fato
Seja e faça jus

A sua real
Condição

De ser
Humano.

Eita nois...

ancorei
à beira d'um caminho

fiquei por algum tempo
Orbe_servando estrelas

petiscando e
tomando vinho

pensei ser discos voadores
quiçá com marcianas

vieram abduzir-me?

depois imaginei
ser constelações

tirei uma madorna
e ao acordar
foi qui fé di:

hoje já é hoje
do ontem, quanta diferença

o tempo não para

parei, eu
no tempo.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Penso

Penso:

Lua nova
Para alumiar
Meio
Na penumbra

Cacos de vidas

Obscurecidas
Pelo tempo.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Mel/ insônia

Doce doce doce
Feito mel
É acordar
E ter
A sensação
De ter sonhado
E sentir na boca
O sabor único
De ter provado
Um favo de mel.


E a insônia
Me faz
Rememorar
Do tempo doce
No qual
Nas madrugadas
Eu
Pegava a bike
E sem rumo certo
Saia a pedalar.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Um flagrante delírio

Um suspiro longo
Um sonhar acordado

Um flagrante delírio
Um insano desejo

 imagem 'emprestada' do Google


Um flutuar dentre nuvens
Um sentir suspensa a alma

Um em meio a tempestade
Uma inexplicável calma

Um num Sol incandescente
Um vê brilho de estrelas

Um num eclipse total
Um vê a Lua e entendê-la

Um involuntariamente
Um flagrar-se a fazer planos

Um ao aroma da manhã
Um deletar os desenganos

Um voar mesmo sem asas
Um devanear ao léu

Um num acorde sem arpa
Um conduzir-se até um céu

Um manter os olhos fixos
Um n'um relógio da parede

Um pela a ausência dela
Um salivar sentindo sede

Um ao vê passar da hora
Um parar pra refletir

Um querer ensandecido
Um por uma 'visão'

Um não querer mudar de rota
Um seguir tal direção

Um misto de ensandecido
Um qual alucinação

Um forte pulsar no peito
Um quase tipo vulcão.

sábado, 10 de outubro de 2015

"Viver é melhor que sonhar"

Ah, sim!

Mas sonhar

É mergulhar em fantasias

É tentar suprir a falta

Compensar os dissabores

Percalços do dia a dia

É buscar o abstrato

Quando o real não convém

Viver do sonho, a magia.




como me fascinas!

"Linda/ só você me fascina"

Quão és bela e majestosa

Quando surges sinuosa

Embelezando as colinas













Oh Lua - como me fascinas!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Formigas rumo a formigueiros

Formigas rumo a formigueiros

Finas folhas às costas

Formam filas

Fora

Formigueiros

Humanos

Sem rumo

Formigam.

Materializando o fictício

Desmaterializando a matéria
Materializando o fictício

É como se mirasse numa tela
Anseios e desejos - que suplício!

Os dias parecem ser mais breves
As noites, longas, intermináveis

Infértil, a mente sequer se atreve
Tentar transpor esta densa tempestade

Qual águas turvas num rio caudaloso
Qual neve espessa, qual nuvem de fumaça

Qual relógio que se quebra a cada instante
Num contra-senso, lentamente o tempo passa.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Daqui pra riba, inéditos

                                          Outubro - noite
                                                 Não é

                                           Mas parece
                                               Outono

                                       No céu, estrelas
                                         Bora vê-las?



Penso seja
Por ser

Exatamente
O que sou

Que
Barreiras

Impedem-me
De ir além

Da onde

Ainda estou.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

As belezuras da minha te4rra

Minha terra tem bonome

Catingueira, pau-pereiro

Tem velame, mussambe

Marmelero, imburana

Tem pau-ferro, burici

Tem aroeira, canzenze

Macambira, chic chic

Tem sucupira, fachêro

Onde canta o juriti

Hoje aqui na capita

Vislumbrando arranha-céus

Pensando com meus botões

As belezuras daqui

Nem de longe se compara

Com as belezas de lá.


quinta-feira, 23 de julho de 2015

Sonhos e nuvens

Tardes de outono
Sonhos e nuvens

Se confundem
De repente, o vento

Uns e outras,
Imenso vazio

Onde nada se enxerga

Além de descontentamento
Ah, inquieta mente!

terça-feira, 21 de julho de 2015

Imensidão

A noite esta chuvosa
E apesar de nuvens densas

Eu olho pr'as estrelas
Imagino-te a vê-las

Talvez seja miragem
Engano - que viagem!

Quiçá mera
Divagação

E eu admirando
Esta imensidão.


quinta-feira, 16 de julho de 2015

E assim é a arte -do poetizar

Singela
Meiga, bela

Qual n'um pomar
Uma aquarela

E que ninguém a tente complicar

A arte do poetizar
Alto-explica-se

Quando conjuga-se
O verbo AMAR.


segunda-feira, 13 de julho de 2015

"Ora (direis) ouvi estrelas
Certo
Perdeste o senso!

E eu vos direi, no entanto"


Mirei esta nuvem e 'vi'
Uma silhueta - duas 'almas'

Pareciam flutuar - e cantarolar

"Nós dois voando 'sobre' o céu
Tudo é tão lindo

O mundo parece tão bonito
Além do horizonte

Quem dera pudéssemos transpor
A barreira do tempo

Quiçá reviver momentos
Além dos que vivemos antes"

E por meu medo não ter tido medo

Que o silêncio possa me mostrar
Que não há efeito sem causa

E por meu medo não ter tido medo
De ofuscar meus anseios e desejos

Foram sorrateiramente minandas possibilidades
De o implacável tempo permitir

Fossem transformados
Audaciosos sonhos

Em auspiciosas realidades

.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Além do horizonte

"Ora (direis) ouvi estrelas
Certo
Perdeste o senso!

E eu vos direi, no entanto"

Mirei esta nuvem e 'vi'
Uma silhueta - duas 'almas'

Pareciam flutuar - e cantarolar

"Nós dois voando 'sobre' o céu
Tudo é tão lindo

O mundo parece tão bonito
Além do horizonte

Quem dera pudéssemos transpor
A barreira do tempo

Quiçá reviver momentos
Além dos que vivemos antes"


E...
"Eu amava como amava o pescador
Que se empolga mais com a rede que com o mar
Eu amava como jamais poderia
Se soubesse
Como te encontrar"



sábado, 25 de abril de 2015

A mim, presenteaste

Oh bela florzinha

Quiçá fosse eu

Perspicaz qual a borboleta

Contentar-me-ia

Tão somente admirar-te

E toda vez que ti miraste

Contaminar-me-ias

Qual naquele longínquo dia

Que com tua presença

A mim, presenteaste.


domingo, 29 de março de 2015

O canto do beija-flor

O canto do beija-flor enquanto plaina no ar: poesia sem o uso de palavras.


Vez em quando surpreendo-me com um destes cantando em meu quintal - quase ao alcance de minhas mãos.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Praça - bela praça!/

Praça - bela praça!
Fonte, flores, chafariz

E o vento - brincalhão
Sopra
Compondo uma canção

Sinfonia de flautas
Flautas doce

Qual doce aquele nécta
O qual guardo o sabor

Tão somente na imaginação.

PS: o abstrato dispensa medidas - o encantamento, basta é em si o contentamento como complemento.

(Only love truly once a lifetime)

Barulho nas nuvens
Olho pr'o alto
Vejo veloz
Um avião a jato

Olho pr'o chão 
Lentamente movimenta-se
Uma tartaruga
Deduzo do porque da longevidade.


quarta-feira, 25 de março de 2015

Fim de tarde

Fim de tarde
Sair a anadarilhar sem rumo certo

Às margens, vegetações diversas
Muito verde

Mas tudo parecia tão deserto
Pensei - quão cruel a finitude

A desesperança

E lembrar que
Cheguei a está

Tão perto

segunda-feira, 23 de março de 2015

Nova - Lua nova

Nova - Lua nova
És a mesma que vi em tempos idos

Mostras encantos
Resgatas prantos

Fantasias, utopias
De um passado tão remoto

Tens as estrelas
Abrilhantando-te

E eu?

Tenho a ti

Apesar de
Tão distante!

Mas parece estás aqui
Neste exato instante...

Fragmentos de tempo

Tempo
Fragmentos de tempo

Qual cacos de vidro
Ladrilharam o caminhar

Fragilizam meus passos
Desviei de rota

Percorri distraido
Inospitas veredas

Acumulei com o tempo
Silenciosa a badalar

A campainha do tempo
Em meus tímpanos a soar,

terça-feira, 10 de março de 2015

Aniversário de Garanhuns

Garanhuns
"Bi centenária" Garanhuns
Bela e hospitaleira
Lembra-te de que surgistes
Da generosidade
De uma jovem que
Em tenra idade
Alheia a vaidades
Decidiu abdicar
Das terras as quais herdou
Em pro da comunidade
Fazendo assim nascer
O que com o passar do tempo
Transformar-se-ia
Nesta tão bela cidade
Parabéns Garanhuns!


domingo, 8 de março de 2015

Dia da mulher - sempre e todo dia

Mulher - ah mulher!
Homenageiam-te neste dia
Mui merecidamente















Quiçá fosse assim
Todos os dias
Pois se no mundo há amor
És tu mulher, a semente

És sensível qual a flor
Expressa-te delicadamente
Seja qual seja a tormenta
Suportas naturalmente

Ah se todos entendessem
A importância que tens
Por nada magoariam
Sacrifício até fariam
No intuito de te ver
Sempre sempre sorridente

Rogo à Deus todos os dias
Seja mui Benevolente
E que te cubra de Bênçãos
Permita teu caminhar
Seja tão suavemente
Qual um barco a navegar
Nas calmas águas de um mar
Conduzido pelo vento
Qual brisa, serenamente.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

ser sem jamais ter sido

Arde o peito
Grita a alma

Silenciosamente

Um contentamento
Descontente
Qual lamento
Quiçá incoerente

Se há culpa
Por ser sem jamais ter sido
Resgatar algo que
Em tempos idos

Foi tão somente
Por uma parte
Pretendido

São quimeras
De um passado adormecido

Re-surgindo
Inesperadamente

Corrobora uma tese
Pertinente

"Ninguém tem
Controle sobre a mente".


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Sinal fechado/ Será?

Sinal fechado

Pra que pressa se a cada dia que passa é um dia a menos rumo ao (inevitável) futuro?

Sinal fechado
Paro!

Pra que pressa
Se a vida passa
Tão depressa?

Encosto à direita
Junto a guia

Ligo o som
Viajo...

Ah, quão belos foram
Aqueles dias
Longínquos dias

Quantas lembranças!

Efervescência
Fantasias

Assim é a vida
Também desilusões
Louca e doce magia.

Será?
Poderá vir

Acontecer
Ou não 
Em 
Havendo tempo.
E se
Não houver
Contra-tempo.
E o tempo
Ah, o tempo!
Fui dando tempo ao tempo
E ele - o tempo
Sorrateiramente
Foi me passando pra trás.

sábado, 31 de janeiro de 2015

A sombra do tempo ofusca

O amanhã não é mais como ontem parecia ser.

Qual um reflexo n'um espelho
Um sorriso parece tão distante
Apesar de brilhar
Qual fosse diamante
A sombra do tempo ofusca
Nada será como
Talvez
Pudesse
Ter sido
Antes.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

N'um silêncio

E essa vontade insana de querer ir, ainda vai me levar além.

Tão pequenina
Parece caber
N'uma casca
De noz
Mas agiganta-se
Quanta magia
N'um olhar
N'um sorriso
E até
N'um silêncio.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Esperança por um fio

Esperei o dia inteiro
Desmedida ansiedade
Até que veio o ocaso
E as luzes da cidade
Esperança por um fio
Minha canoa, sem rio
Sem leme- desgovernada.



Sob este pé de quixabeira e umbuzeiro (os doia cresceram no mesmo espaço) eu fica horas as bocas de noite ouvindo o canto melancólico do bacural

Um diário - sem clase

Um diário - sem classe

E hoje é domingo
Mas um domingo
Não um domingo como outro qualquer
Deste 5° andar onde estou
Contemplo
Fito o que não me foi dito
Miro o horizobte
Parece-me bem ali
O céu
Encontrar os montes
Por trás dos arranha-céus
O tédio, meu acompanhante
Preferia a roça - trabalho árduo
Estafante
Mas, pior seria se pior fosse.

A esta distância, o gigante de ferro parece parado - plainando no ar.


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

VENDO

VENDO
Que o mar não tá pra peixe
Decidi
Desatracar o meu barquinho
Qual cigano
Andarilho serei nomade
Tentarei
Desbravar novos caminhos
Deixarei que o vento m'im oriente
Quiçá assim
Ancorarei n'um bom destino.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Ilusão idiótica: um dilema que me atormenta

Ilusão idiótica: um dilema que me atormenta.




















Mas, vou ganhar um milhão
Sequestro ela
E vam'imbora pro Japão

Eh sertão
Tempo baum aquele
Sequer havia televisão

Qando vinha a trovoada
Eu imbocava na caatinga
Em busca dos boi manhoso
Pras corrida de morão

A verdadeira vaquejada
As festa de apartação

Eita nois!
Quebrei a cara
Vindo embora pra cidade
Em busca de ilusão

Quanta saudade
De acordar madrugadinha
E amolar as ferramenta
Pra cuidar da plantação

Ver os campos chei de milho
E os roçados de feijão

Vou m'imbora é lá pra roça
Ao invés de ir pr'o Japão
Ver as cabocla facera
Que causa admiração

Rever um montão de amigos
Que deixei lá no Sertão.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Deve ser Transcendental

Doce
Meiga
Envolvente
Angelical
Se é assídua
Nos meus sonhos
E não é real
Deve ser
Transcendental.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Relembrando a manjedoura

N'uma casinha de taipa
Certamente não há decorações
Mas deve haver sentimento
Do âmago dos corações
Relembrando a manjedoura
D'onde nasceu o Messias
Que veio nos ensinar
A viver em união.















Fantasiar faz sentido
Quando se é sonhador
Mas quando no peito arde
Qual de vulcão uma chama
Por constatar seja nútil
Dar vazão a um sentimento
Quiçá seja atrevimento
Ousar, se a outra parte
Pense apenas seja flerte
Quando se fala de amor.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Não permites-me

Tempo
Ah, tempo
Quão cruel és
Por que
Não permites-me
Reviver
Os velhos
E bons tempos?

sábado, 29 de novembro de 2014

Só sendo feitiço/ À mesa, uma viagem

Uma mesa de bar
Um copo
Três cadeiras vazias
Em volta, muita alegria
À mesa, uma viagem
Túnel do tempo
Nostalgia
E assim, o tempo passa
Divagações
Tomara demore amanhecer o dia.

Só sendo feitiço




















Se to perto parece estou sonhando
Se longe vivo um pesadelo
Se te vejo evito te fitar
Para que não percebas meu desejo
De envolver-te calmamente em meus braços
E em teus labios saciar-me com teus beijos

És a musa que pedi a deusa Venus
Mas esqueci de dizer-lhe que queria
Não apenas encontrar-te nos meus sonhos
Mas mergulhar ensandecido na margia
Divago, invento fantasias
Que acalantam esse desejo que é insano
Mas confesso não foi algo planejado
Não fazia parte dos meus planos.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Quanto tempo um peixe sobrevive fora d'água?

Quanto tempo um peixe sobrevive fora d'água?
Que na minha viagem de volta (deste sonho telúrico) eu consiga encontrar um manual de convivência com minha inquietude ao menos suportável.
Mas, uma forma infalível de perenizar a dúvida, é nem ao menos tentar.
E...


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Se ao menos houvesse um bordel

Não precisa nem pagar hotel
Pra pagar os pecados faz sentido
Se se dorme aqui dentro encolhido
E acorda com o corpo dolorido
"Se não posso cantar o meu cordel
Eu prefiro dez vez não não ter nascido"
Como diz o Rogério meu amigo
Cantador arretado e destemido
Se ao menos houvesse um bordel
Compensava talvez o ter sofrido.



sábado, 15 de novembro de 2014

Um porto seguro

"Minh'alma de sonhar-te anda perdida"
Meus olhos não conseguem mais te ver
É insano bem sei o meu querer
Pois por certo não me dará guarida
No meu peito esta chama desmedida
Qual vulcão enfurecendo o meu ser
Que tormento é este meu viver
Andarilho na estrada da vida
É em vão chamar-te de querida
És estrela de reluzente beleza
És de linhagem real, és fortaleza
Um porto seguro, és realeza...

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Fim de tarde

Fim de tarde
Além do horizonte
Montanhas cinzentas
Antecede a noite
Ah, noite!
Quantos sonhos sonhados
Tantos sonhos ainda
A gente alimenta.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Frustrações

Dia
Alegria
Fantasia
Euforia
Animação
Noite
Nostalgia
Lembranças
Frustrações 
Ah, solidão.










Bem dizia o rei: "Tudo que eu gosto é ilegal é imoral ou engorda..."

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

No dia do riso

No dia do riso
Lágrimas
Ah, minhas lagrimas...

Pudesse eu dizer
São só as minhas
Quiçá eu gargalharia

Mas nada é pra sempre
Mas sempre não é
Todo dia.


terça-feira, 4 de novembro de 2014

O ocaso/ Ah, noite

Esperei o dia inteiro
Desmedida ansiedade
Até que veio o ocaso
E as luzes da cidade
Esperança por um fio
Qual a canoa n'um rio
Sem leme, desgovernada.









Ah, noite
A noite
Prolonga na madrugada
Prenuncia mais um dia
Um novo dia
Nova jornada
Rebusco-me, quiçá encontre
Reencontre-me
Me perdi nos labirintos
Tantas curvas tortuosas
Que o brilho do Astro Rei
Afaste para bem longe
Essa tal melancolia
Pois o tédio é companhia
Nas noites
E se agiganta
Nas madrugadas.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Qual sendo um afago/ Livre arbítrio pra tentar

Bom dia meu povo lindo
Bom dia grande Nação
Ser sulista ou nordestino
Da mata, agreste ou do Sertão
Lutamos - somos guerreiros
Pela Pátria aguerridos
Jamais seremos vencidos
Se pelo bem comum
Sempre nos agigantamos
Todos, n'um só coração
É burrice dispersar
Conjugar o verbo amar
Esta sim, a solução.

Devaneios - quase - sem nexo:

Vou até contar as horas
Os minutos e segundos
E pedir pra Iemanjá
Rainha do mar
Para que este meu sonho
Vá além da fantasia
De desenhar arco-ires
Neste meu cinzento Mundo
Mergulhar nessa magia
Pois viver de utopia
É cruel quando se tem
Livre arbítrio pra tentar
E não apenas ficar
Vivendo apenas sonhando.









Vai
Pousa defronte daquela janela
Faz um gracejo
Qual sendo um afago
Leves no bico rosas amarelas
Simbolizando valer mais que ouro
O brilho raro do sorriso dela.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Cruzar o oceano/ prepare-se pra lamentar/ Resta-me os sonhos

Ah como eu queria
Saciar este desejo insano
Por tal não me incomodaria
De a nado
Cruzar o oceano
Se tivesse o minimo de certeza
Que do outro lado
Te encontraria
E ardendo de desejo
Em meus braços cairias
E que qual os meus
Também os teus
Fosse anseio
Assim
Concretizaríamos nossos planos.



"O tempo passa, o tempo voa" prepare-se pra lamentar não ter vivido a vida e só lamentar "estou envelhecendo abdiquei de usufruir n'uma boa".



Resta-me os sonhos
Apavora-me pensar
Que sempre ao acordar
Foi mera fantasia
E tudo que sonhei
Se perdeu no labirinto
Fui tragado pelo tempo
Nesta incrível magia.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Exagerada estupidez

Se uma estrela repousasse
Na palma da minha mão
Eu pediria
Vai e avisa lá n'outras galaxias
Que não tá fácil conviver
Com gente dita esclarecida
Brigando pelo poder
Uns de "luto" pela Pátria
Por ver milhões que conseguem
Melhorias pra viver
Quando antes lamentavam
Por faltar-lhes o necessário
Quão triste era o seu viver.


Em 13 linhas tentei expressar o que penso da mesquinhez e egoísmo de muitos aquinhoados.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Destroçando sonhos

Só sonhar não basta
Pois o tempo
Ah o tempo
Quão cruel é o tempo
Vejo ruas coloridas
E muita gente cinza
Não, opacas
Sorrisos - ou risos
Escancarado
E o tempo
Ah, o tempo
Destroçando sonhos.












 Sou um poço sem fundo
Afoguei-me de tanto beber
Desilusão.

















domingo, 19 de outubro de 2014

Qualquer lugar tá bom

"Oh oh seu moço - melhor sá moça rsrs - do disco voador/ me leve com você"
Me faça este favor
Qualquer lugar tá bom
Onde se exalte o amor
Pois de demagogia
Cansei a onde estou.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Uma sereia de trejeito alucinante

Já cansado de tantos desenganos

Decidi arriscar no litoral

Como que n'um transe transcendental

Vi no mar silhueta - era humana

Tentando concretizar meus planos

Na maré mergulhei sem perder tempo

M'indaguei: será meu pensamento?

Ou to vendo uma deusa - que beldade!

Eu não sei se terei capacidade

De de fato resistir aos seus encantos

Mas parece que os ventos do Atlântico

Resolveram soprar em meu favor

Ou foi Vênus a deusa do amor

Condizente com todo apaixonado

Entendeu meu apelo, o meu recado

E enviou para amenizar meu pranto

Uma sereia de trejeito alucinante

Pondo fim a tamanho desencanto.


sábado, 11 de outubro de 2014

Assim, é ela/ Sedenta de amor/ Vou me embora vou me embora

O olhar duas flechas certeiras
O falar, doce sinfonia
Assim, é ela
Não anda - flutua
Feitiço, ou magia?
Deliro em pensar:
Se - ah se!
Mera fantasia.








E, quão bela era a vida!
Moravas na esquina
Nas madrugadas
Encostava o meu carro
Na tua janela
Era um sobrado
Uns três metros de altura
Pegavas a escada
Te jogavas de lá 
Sedenta de amor
Eu, ardendo em desejo
Te pegava nos braços
Num canto qualquer
Quanta euforia!
Antes do amanhecer
Te trazia de volta
Na ponta dos pés 
Entravas pela porta
Hoje, só a lembrança
Mas inda há esperança
De de novo fazer
Aquelas loucuras
Loucuras de amor
Isso é que é viver!

 Vou me embora vou me embora
Quero ir bem pra bem longe
Quem sabe assim eu encontre
Lá bem pras banda de lá
Um bom lugar
Quiçá uma praia deserta
E uma jumenta graúda
Pra da mata cambitá
Maracujá
Acerola e macaxera
Marmelero e catingueira
Pamode o frio esquentar
Vou platar milho
Mode depois da colheita
Ficar na beira do fogo
C'uma cabôca a sonhar.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

pingos

E num dia de primavera era outono
Era outono era outono
Mas veio a noite
E de repente parece ser primavera.

Eu vi ela
Qual uma deusa
Oriunda de Venus
Esbanjava beleza
Rara beleza
Ah, se eu estivesse a altura dela
Sonho, ou delírio?
Oh duvida!
Tentar dormir
E sonhar com ela.










De repente me lembrei da cor
Do ocaso nos fins de tarde
Ela me tinha grande amizade
E eu por ela perdido de amor.
Nada restou
Além desta insistente saudade
Sei, não tive capacidade
De colher aquela rara flor.
Mas
"E a vida
E a vida o que é
Diga lá neu irmão?
Ela é uma doce ilusão
Ê ô..."









Mas ele - o tempo
Me transformou
Em um ser sem ser
Um poço fecundo
Pleno de ideias
Aparentemente
Brilhantes
Mas não sou mais
Tão otimista qual fui antes
Sou pedra bruta
Ininlapidavel
Qual um diamante
Existo
Insisto
Perdido
Neste labirinto
Mero caminhante.


domingo, 28 de setembro de 2014

Sutileza

Sutileza
Parece emergir das claras águas
Flutua sobre, qual a graciosa garça
Cabelos esvoaçando ao vento
Atrevimento
Ousar dizer: vejo-te a alma
É tanta calma
Neste teu olhar distante
Tão fulminante
Que me faz sentir-te perto
Ah. quem me dera
Poder flutuar contigo
Afugentar
Quiçá o meu deserto.


terça-feira, 9 de setembro de 2014

Ecoa n'um silêncio

Noite triste
Frio intenso
Vento gelado
Tudo poderia ser
Diferente
Se tivesse você
Tão somente você
Aqui
Do meu lado












Mas o meu grito
Ecoa num silêncio
Calado.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Qual plumas ao vento

 "Qualquer dia
Qualquer hora
A gente se encontra
Seja como for
Pra falar de amor..."

Perdi tanto tempo
Dando tempo ao tempo
Que não percebi
Que de tanto sonhar
Vejo o tempo passar
E com ele levar
Meus anseios, desejos
Qual plumas ao vento.










E
apesar de
O Mundo parece
Tão deserto...