phalsos pudores putrificam pobre puliticagem perverssa, porém pertinente;
propinável; propositadamente pragmática/ presunçosa/ permissiva/ perniciosa/ prepotente;
pois propinoditos proliferam pelo Pais - populoso/ prospero/ pouco providente;
povo pacato; predominantemente, pacifico / paciente;
peço perdoem-me por pensar: pretos, pobres, puts! Pagam patos.
PS: este post, é a primeira página do meu livro Filosofraseando vol. II, com 40 'dóceis' palavras inciadas pela letra P - de política - 'homenagem' a "putarização" da dita cuja nos últimos tempos, alusão ao adágio popular "todo político calçar 40".
À venda, na Livraria Grafite - Praça João Pessoa - Garanhuns, ou (87) 992202432/ (87) 8101 2948 (87) 8130 3332.
Em tempo: "Ao redor do Sol, existem mistérios absolutamente indecifráveis". (Nieltzsche). Qualquer semelhança com a "politicagem" bem como eleições no Brasil não terá sido mera coincidência. *A frase do filósofo alemão Nieltzsche, não está ao 'pé da letra'.
O ser poeta - ou metido a tal como eu - é ser contumaz mentiroso: quando narro que estou na solidão, tô sempre bem acompanhado: das lembranças. Relendo alguns poemas - sem nexo - que escrevi e, pensei: foi só uma forma de 'respirar' nas vezes que encontrava-me no 'deserto'.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
domingo, 25 de novembro de 2012
O OCASO
Finzinho de tarde
O ocaso inflama
No peito uma chama
Desengano aumenta
U'a nuvem cinzenta
Sugere quimeras
Dessa longa espera
Prolonga a tormenta
O ocaso inflama
No peito uma chama
Desengano aumenta
U'a nuvem cinzenta
Sugere quimeras
Dessa longa espera
Prolonga a tormenta
MERA MAGIA
Parque arborizado
Mesa de bar ao relento
Divaga o pensamento
Quem sou já não sei
Relembro que amei
Um dia amei...
Ouço o cantar dos pássaros
Olho para o alto
Borboleta pousa ao lado
Trouxe-me algum recado?
Não sei.
Aliás nada sei
Miro morro abaixo
Vejo um riacho
Parece-me - ainda
Água cristalina
Relembro minhas utopias
Mera magia
E como tudo que é efêmero
O tempo levou
Uma música estridente - letra chula
Quebra a harmonia
Vou-me embora
Mas, voltarei outro dia.
Mesa de bar ao relento
Divaga o pensamento
Quem sou já não sei
Relembro que amei
Um dia amei...
Ouço o cantar dos pássaros
Olho para o alto
Borboleta pousa ao lado
Trouxe-me algum recado?
Não sei.
Aliás nada sei
Miro morro abaixo
Vejo um riacho
Parece-me - ainda
Água cristalina
Relembro minhas utopias
Mera magia
E como tudo que é efêmero
O tempo levou
Uma música estridente - letra chula
Quebra a harmonia
Vou-me embora
Mas, voltarei outro dia.
MEGERA
A solidão é o avesso
O ocaso pertinente
O lado outono do ser
A fera dita indomável
É ladra insaciável
Megera inconsequente.
O ocaso pertinente
O lado outono do ser
A fera dita indomável
É ladra insaciável
Megera inconsequente.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
O VENTO
Já que de fato não posso
Divago em pensamento
Pego carona no vento
Viajo além fronteiras
Fico a madrugada inteira
Imaginando pomares
Visito outros lugares
Donde plantei esperança
Ao menos hoje a lembrança
Faz-me flutuar na Lua
E dessa saudade tua
O vento encurta a distância.
Divago em pensamento
Pego carona no vento
Viajo além fronteiras
Fico a madrugada inteira
Imaginando pomares
Visito outros lugares
Donde plantei esperança
Ao menos hoje a lembrança
Faz-me flutuar na Lua
E dessa saudade tua
O vento encurta a distância.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
SEM DIREÇÃO
Qual plumas ao vento
Em noite sem Lua
Desapercebido
Costumo passar
Multidões eu vejo
Mas o meu deserto
No meu lugar certo
Costumo ficar
Qual nuvem perdia
No meio da noite
Vagueio sem rumo
Vou sem direção
Qual poeira Cósmica
Quiçá invisível
Alheio a rumores
O meu coração
De que' ainda existe
A tal esperança
Jã não me comove
Quica se renove
Ao menos em parte
No mundo da arte
Vou enveredar
Espero encontrar
N'um vagar constante
Novos horizontes
Possa vislumbrar.
Em noite sem Lua
Desapercebido
Costumo passar
Multidões eu vejo
Mas o meu deserto
No meu lugar certo
Costumo ficar
Qual nuvem perdia
No meio da noite
Vagueio sem rumo
Vou sem direção
Qual poeira Cósmica
Quiçá invisível
Alheio a rumores
O meu coração
De que' ainda existe
A tal esperança
Jã não me comove
Quica se renove
Ao menos em parte
No mundo da arte
Vou enveredar
Espero encontrar
N'um vagar constante
Novos horizontes
Possa vislumbrar.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Esperançar a vida
Um ir e vir constante
Esperançar a vida
Percebe-se no semblante
De quem já não tem pressa
Cansado de promessa
Vez em quando se'aflige
Existe, já não vive
Esperançar lhe resta.
Esperançar a vida
Percebe-se no semblante
De quem já não tem pressa
Cansado de promessa
Vez em quando se'aflige
Existe, já não vive
Esperançar lhe resta.
DE CARONA NO VENTO
Se ter alma de poeta
É sonhar mesmo acordado
Acredito tenho um pouco
Desse sensível legado
Ou talvez seja somente
Um sonhador iletrado
Brinco juntando palavras
Uma a uma formo versos
Na fonte do sentimento
Da vida narro reversos
Fatos que naturalmente
Nem as paredes confesso
Mas sendo em forma de rima
Digo até frases sem nexo
Divago além fronteiras
Pego carona no vento
As vezes narro verdades
N'outras Apenas invento
Assim engano a mim mesmo
Que quem ler fica na dúvida
Se as bobagens que rabisco
São devaneios ou lamentos.
É sonhar mesmo acordado
Acredito tenho um pouco
Desse sensível legado
Ou talvez seja somente
Um sonhador iletrado
Brinco juntando palavras
Uma a uma formo versos
Na fonte do sentimento
Da vida narro reversos
Fatos que naturalmente
Nem as paredes confesso
Mas sendo em forma de rima
Digo até frases sem nexo
Divago além fronteiras
Pego carona no vento
As vezes narro verdades
N'outras Apenas invento
Assim engano a mim mesmo
Que quem ler fica na dúvida
Se as bobagens que rabisco
São devaneios ou lamentos.
DESATINOS DOS AMANTES
E daqui vejo a Lua lá no alto
E as estrêlas dançando ao redor dela
É inverno mas parece desconhecem
E bailam tal qual fosse primavera
O cintilar das estrêlas mas parece
Serem lágrimas escorrendo sem cessar
Do lamento solitário de Saturno
Certamente por não encontrar um par
Donde estou o fascínio é deslumbrante
Vislumbrar quão bela é a noite
E na alma sinto como fosse açoite
O porque dos desatinos dos amantes
Ao redor miro nesse instante
Pirilampos reluzindo sobre árvores
Já nem sei se é ao menos razoável
Rotula-los de meros figurantes
Os segredos e mistérios que se sente
Quando o vento assovia na folhagem
Trás à tona no mínimo uma imagem
Que por certo hipnotiza nossa mente.
E as estrêlas dançando ao redor dela
É inverno mas parece desconhecem
E bailam tal qual fosse primavera
O cintilar das estrêlas mas parece
Serem lágrimas escorrendo sem cessar
Do lamento solitário de Saturno
Certamente por não encontrar um par
Donde estou o fascínio é deslumbrante
Vislumbrar quão bela é a noite
E na alma sinto como fosse açoite
O porque dos desatinos dos amantes
Ao redor miro nesse instante
Pirilampos reluzindo sobre árvores
Já nem sei se é ao menos razoável
Rotula-los de meros figurantes
Os segredos e mistérios que se sente
Quando o vento assovia na folhagem
Trás à tona no mínimo uma imagem
Que por certo hipnotiza nossa mente.
ANOITECER NA ROÇA
Desde menino q'eu tinha
Mania de olhar pro céu
Ver as nuvens se movendo
Muita vez formando véu
Noutras formando fuguras
E eu divagando ao léu
Quem sabe saudando a noite
A passarada cantava
Com melodias sublimes
Que'a qualquer um encantava
E uma brisa suave
A todos acariciava
Bacuraus e cotovias
Complementavam a orquestra
Os grilos, sapos e rãs
Nos lagos faziam festa
Harmonia era tão grande
Que enfeitava a floresta
Ao amanhecer do dia
Do alto de' um arvoredo
Um gavião fanfarrão
Cantava causando medo
Pois pssarinhos menores
Eram-lhes tal qual brinquedo.
Mania de olhar pro céu
Ver as nuvens se movendo
Muita vez formando véu
Noutras formando fuguras
E eu divagando ao léu
Quem sabe saudando a noite
A passarada cantava
Com melodias sublimes
Que'a qualquer um encantava
E uma brisa suave
A todos acariciava
Bacuraus e cotovias
Complementavam a orquestra
Os grilos, sapos e rãs
Nos lagos faziam festa
Harmonia era tão grande
Que enfeitava a floresta
Ao amanhecer do dia
Do alto de' um arvoredo
Um gavião fanfarrão
Cantava causando medo
Pois pssarinhos menores
Eram-lhes tal qual brinquedo.
Uns vêm outros vão
Uns vêm outros vão
Uns tem outros não
Na ciranda da vida
Se bem ou mau vivida
Uns sorriem outros choram
Uns vivem na nobreza
Outros na incerteza
Se um dia terão
Um pedaço de chão
Onde plantem seus grãos
Que garantam-lhes o pão
Abundante sobre a mesa
E assim é a vida
Na b o n a n z a ou sofrida
Todos buscam seus sonhos
Ao longo da' estrada
Calmaria e alvoroço
Vale apena o esforço
Na esperança quem sabe
De' encontrarem guarida.
Uns tem outros não
Na ciranda da vida
Se bem ou mau vivida
Uns sorriem outros choram
Uns vivem na nobreza
Outros na incerteza
Se um dia terão
Um pedaço de chão
Onde plantem seus grãos
Que garantam-lhes o pão
Abundante sobre a mesa
E assim é a vida
Na b o n a n z a ou sofrida
Todos buscam seus sonhos
Ao longo da' estrada
Calmaria e alvoroço
Vale apena o esforço
Na esperança quem sabe
De' encontrarem guarida.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
MARIPOSAS, BACURAUS E COTOVIAS
O silvar do vento
Que parece canto
Sintetiza tanto encanto
Que é difícil descrever
Me faz lembrar do tempo
Das noites enluaradas
À beira daquela estrada
Logo após o entardecer
Bacuraus e cotovias
Iniciam revoadas
Enunciam trovoadas
Clarões dos raios no céu
Borboletas formam véus
Ao redor das lamparinas
Festejam talvez a sina
De saírem dos casulos
Pois lá não existem muros
Q'as privem fazem seus céus
Mariposas também bailam
Voam inponentemente
Pros olhos lindo presente
Que'a Natureza oferece
Faz-nos esquecer o s t r e s s e
Do agito da cidade
Donde em qualquer idade
Não há quem ouse dizer
Que n'alguma vez na vida
Não foi alvo de maldade.
Que parece canto
Sintetiza tanto encanto
Que é difícil descrever
Me faz lembrar do tempo
Das noites enluaradas
À beira daquela estrada
Logo após o entardecer
Bacuraus e cotovias
Iniciam revoadas
Enunciam trovoadas
Clarões dos raios no céu
Borboletas formam véus
Ao redor das lamparinas
Festejam talvez a sina
De saírem dos casulos
Pois lá não existem muros
Q'as privem fazem seus céus
Mariposas também bailam
Voam inponentemente
Pros olhos lindo presente
Que'a Natureza oferece
Faz-nos esquecer o s t r e s s e
Do agito da cidade
Donde em qualquer idade
Não há quem ouse dizer
Que n'alguma vez na vida
Não foi alvo de maldade.
ME FAZ FALTA
Me faz falta a utopia
Me faz falta a esperança
Os sonhos que antes tinha
Desde os tempos de criança
De um mundo de fantasia
Hoje só resta a lembrança
Me faz falta o pôr do Sol
Se escondendo atrás dos montes
O brilho da Lua-cheia
Divinamente elegante
E uma estrela cadente
Reluzente qual brilhantes
Me faz falta aquele tempo
Quando o ar ainda'era puro
Quado ainda era possível
Colher-se um fruto maduro
Que será da Natureza
Doravante, no futuro
Me faz falta os vedes campos
Os umbuzeiros floridos
A deslumbrante beleza
De um juazeiro esculpido
Pelas abelhas do vale
Fazendo deles abrigos
Me faz falta aquelas tardes
Quando íamos pras campinas
Arrebanhar as galinhas
Cumprimentando as meninas
Antes do anoitecer
Cantando em prosa e em rima
Me faz falta enfim o tempo
Que havia menos ganância
Que o homem era racional
Hoje só resta a lembrança
De uma Natureza sana
Não sei se há esperança.
Me faz falta a esperança
Os sonhos que antes tinha
Desde os tempos de criança
De um mundo de fantasia
Hoje só resta a lembrança
Me faz falta o pôr do Sol
Se escondendo atrás dos montes
O brilho da Lua-cheia
Divinamente elegante
E uma estrela cadente
Reluzente qual brilhantes
Me faz falta aquele tempo
Quando o ar ainda'era puro
Quado ainda era possível
Colher-se um fruto maduro
Que será da Natureza
Doravante, no futuro
Me faz falta os vedes campos
Os umbuzeiros floridos
A deslumbrante beleza
De um juazeiro esculpido
Pelas abelhas do vale
Fazendo deles abrigos
Me faz falta aquelas tardes
Quando íamos pras campinas
Arrebanhar as galinhas
Cumprimentando as meninas
Antes do anoitecer
Cantando em prosa e em rima
Me faz falta enfim o tempo
Que havia menos ganância
Que o homem era racional
Hoje só resta a lembrança
De uma Natureza sana
Não sei se há esperança.
CHUVAS DE OUTONO
Chuva constante de'outono
Fininha cai mas machuca
Não tal qual fosse torrente
Mas mesmo assim preocupa
Pois com ela vem o frio
E na'alma causa um vazio
Pois quem tirita de frio
Por falta de cobertor
Por está jogada ao léu
Tomara venha do Céu
Quem alente a sua dor
Certamente que são muitos
Os que' inda por aqui
Acreditam que se o'amor
Forte do peito emergir
Aquecerá corações
Melhorará o porvir
Oh Deus faça com que o homem
Não alimente o'egoísmo
Não pense somente em si
Mas pense no coletivo
Do que lhe sobra um pouquinho
Aquece onde for preciso.
Fininha cai mas machuca
Não tal qual fosse torrente
Mas mesmo assim preocupa
Pois com ela vem o frio
E na'alma causa um vazio
Pois quem tirita de frio
Por falta de cobertor
Por está jogada ao léu
Tomara venha do Céu
Quem alente a sua dor
Certamente que são muitos
Os que' inda por aqui
Acreditam que se o'amor
Forte do peito emergir
Aquecerá corações
Melhorará o porvir
Oh Deus faça com que o homem
Não alimente o'egoísmo
Não pense somente em si
Mas pense no coletivo
Do que lhe sobra um pouquinho
Aquece onde for preciso.
Cenas grotescas
Cenas grotescas
Homens contra homens
Uns maltratam outros
Mais que fossem lixo
Quando em sua fúria
Fogem da razão
Agem instintamente
Mais parecem bichos.
Homens contra homens
Uns maltratam outros
Mais que fossem lixo
Quando em sua fúria
Fogem da razão
Agem instintamente
Mais parecem bichos.
VENTO
Vento forte
Vento norte
Que assovia no telhado
Que revira a plantação
Faz um favor z i n pra mim
Pede lá pros querubins
Que afugente a solidão
Vento amigo e camarada
Saiba que confio em ti
Vê se não vais me negar
Se passares pelo mar
Lembra de avisar pra ela
Que' ainda a espero aqui
Vento quando aqui passares
De novo basta soprar
Abrindo a minha janela
Ou zunindo no pomar
Entenderei que trouxestes
Um recado pra me dá
Tomara o tempo não tenha
Apagado da memória
Das noites naquela praia
Onde vivemos a história
De' amor que durou bem pouco
Ela partiu, foi embora
Vento já que perambulas
Sopras em tantos lugares
Te peço em tuas andanças
Quando com ela encontrares
Traze-a de volta pra mim
Fico contente que venhas
Flutuando pelos ares.
Vento norte
Que assovia no telhado
Que revira a plantação
Faz um favor z i n pra mim
Pede lá pros querubins
Que afugente a solidão
Vento amigo e camarada
Saiba que confio em ti
Vê se não vais me negar
Se passares pelo mar
Lembra de avisar pra ela
Que' ainda a espero aqui
Vento quando aqui passares
De novo basta soprar
Abrindo a minha janela
Ou zunindo no pomar
Entenderei que trouxestes
Um recado pra me dá
Tomara o tempo não tenha
Apagado da memória
Das noites naquela praia
Onde vivemos a história
De' amor que durou bem pouco
Ela partiu, foi embora
Vento já que perambulas
Sopras em tantos lugares
Te peço em tuas andanças
Quando com ela encontrares
Traze-a de volta pra mim
Fico contente que venhas
Flutuando pelos ares.
Todo vicio é circular
Todo círculo é vicioso
Todo vicio é circular
Assim é o desejo
A vontade de amar
Dá-se volta pelo mundo
Sem se sair do lugar
Se pensa que está doente
Com o peito quase a sangrar
Qual um rio caudaloso
Que vai desaguar no mar
A diferença é que o rio
Tem começo meio e fim
Diferente desse impulso
Que não se afasta de mim
Que machuca e dói na alma
Mas que faz bem mesmo assim
Que faz sonhar acordado
Que faz noites não ter fim
Leva a flutuar nas nuvens
Tamanha alucinação
Faz voar ao infinito
Mesmo sem sair do chão
Um sentimento cortante
Qual um fio de navalha
Mas que eleva o espírito
Seja de nobre ou de rico
Seja de letrado ou de rude
Como num círculo igualmente
Que deixa a todos contentes
Se tem no peito a semente
Deste sentimento nobre.
Todo vicio é circular
Assim é o desejo
A vontade de amar
Dá-se volta pelo mundo
Sem se sair do lugar
Se pensa que está doente
Com o peito quase a sangrar
Qual um rio caudaloso
Que vai desaguar no mar
A diferença é que o rio
Tem começo meio e fim
Diferente desse impulso
Que não se afasta de mim
Que machuca e dói na alma
Mas que faz bem mesmo assim
Que faz sonhar acordado
Que faz noites não ter fim
Leva a flutuar nas nuvens
Tamanha alucinação
Faz voar ao infinito
Mesmo sem sair do chão
Um sentimento cortante
Qual um fio de navalha
Mas que eleva o espírito
Seja de nobre ou de rico
Seja de letrado ou de rude
Como num círculo igualmente
Que deixa a todos contentes
Se tem no peito a semente
Deste sentimento nobre.
NEBULOSA
Quando se perde a capacidade de sonhar
Envereda-se para o outono da vida
Bloqueia-se emoções e sentimentos
Fica-se qual barco à deriva em alto mar
Qual folha seca levada ao vento
Qual um pássaro sem rumo a vagar
Desencanto é tormento persistente
Nebulosa insistente a machucar
Torna opaco o que é multi colorido
Deixa a vida um tanto sem sentido
E o único remédio indicado
É tentar conjugar o verbo amar.
Envereda-se para o outono da vida
Bloqueia-se emoções e sentimentos
Fica-se qual barco à deriva em alto mar
Qual folha seca levada ao vento
Qual um pássaro sem rumo a vagar
Desencanto é tormento persistente
Nebulosa insistente a machucar
Torna opaco o que é multi colorido
Deixa a vida um tanto sem sentido
E o único remédio indicado
É tentar conjugar o verbo amar.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
TARDES DE VERÃO
Estava eu envolto em devaneios
Quando do telhado uma fresta insistente
Sem prévio aviso de repente veio
Um raio de sol alegrou-me a mente
Relembrei de quando em tempos idos
Passeávamos nós ao soprar do vento
E a suave brisa acariciava a gente
Sentindo o aroma nos jardins floridos.
A quermesse era nossa diversão
Alegrando a todos que ali passavam.
Do trombone um som suava soava
Alegrando nossas tardes de verão.
De felicidade não sentia o chão
Sonhava acordado a mente divagava
Nada mais em volta eu me interessava
Quando segurava firme a tua mão
Hoje só me resta relembrar do tempo
Teu sorriso franco guardar na memória
Lamentar o adeus o fim daquela história
Das juras de amor daqueles momentos.
Quando do telhado uma fresta insistente
Sem prévio aviso de repente veio
Um raio de sol alegrou-me a mente
Relembrei de quando em tempos idos
Passeávamos nós ao soprar do vento
E a suave brisa acariciava a gente
Sentindo o aroma nos jardins floridos.
A quermesse era nossa diversão
Alegrando a todos que ali passavam.
Do trombone um som suava soava
Alegrando nossas tardes de verão.
De felicidade não sentia o chão
Sonhava acordado a mente divagava
Nada mais em volta eu me interessava
Quando segurava firme a tua mão
Hoje só me resta relembrar do tempo
Teu sorriso franco guardar na memória
Lamentar o adeus o fim daquela história
Das juras de amor daqueles momentos.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Vem
Voaremos além do horizonte
Quem sabe ver de perto o por do sol
Deixando para a noite e seu encanto
Quando ele se esconde atrás do monte.
Vem,
Navegaremos na cauda de um cometa
Vizinhos seremos de uma estrela
Faremos lá na lua um ranchinho
Um abrigo seguro sem fronteira.
Vem,
Partiremos ao romper d’aurora
E uma orquestra um coral de passarinhos
Como que acompanhando nossa história
Saudará a beleza dessa hora.
Quem sabe ver de perto o por do sol
Deixando para a noite e seu encanto
Quando ele se esconde atrás do monte.
Vem,
Navegaremos na cauda de um cometa
Vizinhos seremos de uma estrela
Faremos lá na lua um ranchinho
Um abrigo seguro sem fronteira.
Vem,
Partiremos ao romper d’aurora
E uma orquestra um coral de passarinhos
Como que acompanhando nossa história
Saudará a beleza dessa hora.
ALMA VAZIA
Do rosto dela e daquela melodia
Quando cantava eu a acariciava
Doce lembrança que outrora imaginava
Que não passava aquela afazia.
E a brisa fresca meu rosto acariciava
Mim'embalava minha’ alma que alegria.
Quanta ternura que ela me ofertava
Só não me disse que não mais eu a viria.
Ti abraçava ti queria te beijava
Só resta agora minha alma vazia.
Sob a sombra de uma árvore ao meio dia
Na copa dela um pássaro cantava.
Então de repente eu me lembrava.
Quando cantava eu a acariciava
Doce lembrança que outrora imaginava
Que não passava aquela afazia.
E a brisa fresca meu rosto acariciava
Mim'embalava minha’ alma que alegria.
Quanta ternura que ela me ofertava
Só não me disse que não mais eu a viria.
Ti abraçava ti queria te beijava
Só resta agora minha alma vazia.
Sob a sombra de uma árvore ao meio dia
Na copa dela um pássaro cantava.
Então de repente eu me lembrava.
ENGANEI-ME SIM
Enganei-me sim mas não importa;
Quando te dei a chave dessa porta;
Enganei-me sim!
Mas valeu apena;
Saí desse estado de dormência;
Ou de demência;
Por que viver de aparências?
Enganei a mim, pura evidência!
Um existir sem cores,
A ninguém não satisfaz.
De repente emergiu você:
E sem pedi licença,
Invadiu meu mundo,
Instalou-se de m a n c i n h o:
Minou a minha resistência!!!
Quando te dei a chave dessa porta;
Enganei-me sim!
Mas valeu apena;
Saí desse estado de dormência;
Ou de demência;
Por que viver de aparências?
Enganei a mim, pura evidência!
Um existir sem cores,
A ninguém não satisfaz.
De repente emergiu você:
E sem pedi licença,
Invadiu meu mundo,
Instalou-se de m a n c i n h o:
Minou a minha resistência!!!
domingo, 4 de novembro de 2012
QUE SONHO!
Flutuante
Qual espuma que'esvoaça
Qual a neve
Que enfeita as colinas
Qual a nuvem
E seu enigma indescifravel
Tal qual lagos
De águas cristalinas
Água clara azul turquesa
Areia, prata transparente
Nas árvores flores,
Ouro reluzente
Seus frutos,
Necta digno de nobreza
Que sonho!
Qual espuma que'esvoaça
Qual a neve
Que enfeita as colinas
Qual a nuvem
E seu enigma indescifravel
Tal qual lagos
De águas cristalinas
Água clara azul turquesa
Areia, prata transparente
Nas árvores flores,
Ouro reluzente
Seus frutos,
Necta digno de nobreza
Que sonho!
BILHÊTE
Já que'eu não posso voar
Pego carona no vento
Pois sei não dá pra' enviar
Através do pensamento
Pra saciar seu desejo
Chego a qualquer momento
Quando ouvir um passarinho
Cantar um canto tristonho
Fui eu que pedí pra ele
Dizer que contigo sonho
E o desejo de te ver
Perto de mim é medonho.
Queria dá um jeitinho
De reservar um cantinho
Na caixa do peito dela
Inda guardo com carinho
Lembrança daqueles dias
Quando estava ao lado dela
Mas o tempo e o destino
Me fez trilhar outra estrada
Outro horizonte tentei
E do meu sonho de menino
Guardo apenas a lembrança
Daquela que tanto amei.
Pego carona no vento
Pois sei não dá pra' enviar
Através do pensamento
Pra saciar seu desejo
Chego a qualquer momento
Quando ouvir um passarinho
Cantar um canto tristonho
Fui eu que pedí pra ele
Dizer que contigo sonho
E o desejo de te ver
Perto de mim é medonho.
Queria dá um jeitinho
De reservar um cantinho
Na caixa do peito dela
Inda guardo com carinho
Lembrança daqueles dias
Quando estava ao lado dela
Mas o tempo e o destino
Me fez trilhar outra estrada
Outro horizonte tentei
E do meu sonho de menino
Guardo apenas a lembrança
Daquela que tanto amei.
ALENTOS
A chuva é fininha e calma
O frio gélido e intenso
Que o' calor aqueça a alma
Que o' amor seja imenso
Pra aquecer corações
De quem careça de alentos
Um agasalho que' esteja
Guardado não fará falta
Nas ruas há quem precise
Um só que seja lhes basta
Dividir o que nos sobra
Aquecerá à quem falta.
O frio gélido e intenso
Que o' calor aqueça a alma
Que o' amor seja imenso
Pra aquecer corações
De quem careça de alentos
Um agasalho que' esteja
Guardado não fará falta
Nas ruas há quem precise
Um só que seja lhes basta
Dividir o que nos sobra
Aquecerá à quem falta.
VERSOS QUERUBINS
Observando botões
De rosas no meu jardim
Descobri que são poemas
Escritas por querubins
Sem precisar de palavras
Tal qual se vê nos jasmins
É por tal que borboletas
Beija-flores e outros pássaros
Ficam ziguizagueando
Em torno lá no regaço
Só vislumbrar faz a gente
Esquecer qualquer cansaço
Decidi colher então
Aquela rosa amarela
De beleza indescritível
De' aroma quase canela
E pedí que 'um colibrí
Deixasse lá na capela
De repente ele voltou
Parecia está bem triste
No bico trazia a rosa
Deixou que no chão caísse
Deduzir que o' endereço
Que lhe dei não mais existe
Era' uma cabana pequenina
Entre a serra e as colinas
Rodeada de arvoredos
De beleza que fascina
Mas a' insensatez do homem
Devastou cavando minas.
De rosas no meu jardim
Descobri que são poemas
Escritas por querubins
Sem precisar de palavras
Tal qual se vê nos jasmins
É por tal que borboletas
Beija-flores e outros pássaros
Ficam ziguizagueando
Em torno lá no regaço
Só vislumbrar faz a gente
Esquecer qualquer cansaço
Decidi colher então
Aquela rosa amarela
De beleza indescritível
De' aroma quase canela
E pedí que 'um colibrí
Deixasse lá na capela
De repente ele voltou
Parecia está bem triste
No bico trazia a rosa
Deixou que no chão caísse
Deduzir que o' endereço
Que lhe dei não mais existe
Era' uma cabana pequenina
Entre a serra e as colinas
Rodeada de arvoredos
De beleza que fascina
Mas a' insensatez do homem
Devastou cavando minas.
sábado, 3 de novembro de 2012
DESVAIRADO TEMPO
E nesse rítimo aluscinante
A onde vou chegar não sei
Só sei que corro contra o tempo
Que sem pudor
Meus sonhos desfez
Desvairado e insano
O tempo passa
Levando os nossos sonhos
Na bagagem
Os dissolvendo
Quais fossem fumaça
Pois ele, o tempo
Só leva vantagem
E o tempo
Ah, o tempo
Tempo presente
Passado futuro
Tempo insolente
Talvez obscuro
Que mexe com a gente
Nos deixa inseguros
E o tempo passa
No Universo pulsa
Conduz toda espécie
Cria e recria
Falece a matéria
Pro' outra re-surgir
E no tempo todos
Queremos seguir
Tempo companheiro
Senhor da razão
Tempo aventureiro
Nessa imensidão
Sou eu forasteiro
Tentando entender
O por que no tempo
Pretendo viver
ESPUMAS AO VENTO
Qual as gôtas de orvalho
Nas manhãs de primavera
Qual o brilho do rubí
Qual fosse insana quimera
Assim reluz e fascina
O brilho dos olhos dela
Não sei se'é uma princesa
Ou um anjo querubin
Só sei q'o sorriso dela
Brilha qual fosse marfin
Por onde ela passa
Deixa Um aroma de jasmim
Seu cabelo mais parece
Pluma leve esvoaçante
Como que para aguçar
Meu desejo estonteante
De começar a sonhar
Qual os sonhos dos amantes
Presente da Natureza
Corpo moreno cetim
Sequer preciso tocá-la
Para sentir q'é assim
Quando ela passa deixa
No ar um cheiro carmim
Até mesmo um vendaval
Q'ora por aqui passava
Transformou-se em calmaria
Seu cabelo acariciáva
Tal qual a brisa suave
A sua face tocava.
Nas manhãs de primavera
Qual o brilho do rubí
Qual fosse insana quimera
Assim reluz e fascina
O brilho dos olhos dela
Não sei se'é uma princesa
Ou um anjo querubin
Só sei q'o sorriso dela
Brilha qual fosse marfin
Por onde ela passa
Deixa Um aroma de jasmim
Seu cabelo mais parece
Pluma leve esvoaçante
Como que para aguçar
Meu desejo estonteante
De começar a sonhar
Qual os sonhos dos amantes
Presente da Natureza
Corpo moreno cetim
Sequer preciso tocá-la
Para sentir q'é assim
Quando ela passa deixa
No ar um cheiro carmim
Até mesmo um vendaval
Q'ora por aqui passava
Transformou-se em calmaria
Seu cabelo acariciáva
Tal qual a brisa suave
A sua face tocava.
Breve delírio / N'algum lugar
É delírio imaginar-te nos meus braços
É insano esse meu fantasiar
São quimeras, devaneios desvairados
Sonho acordado teus olhos a me mirar
Desejo torpe utopia inconsequente
Essa semente enraizada no meu peito
Esse teu jeito enfeitiçou-me já faz tempo
Dessa magia afastar-me não tem jeito
n
N'algum lugar
Imagino encontrar-te sorridente
E poder dizer-te frente a frente
Que valeu apena te esperar
Enfrento o mar
Não importa se ondas turbulentas
Pois esse desejo me acalenta
Essa vontade insana de te amar
Poder mirar
Teus olhos castanhos cor de mel
Qual sendo pedacinhos de céu
Então este segredo revelar
Se achas pouco
Capaz sou de escalar montanha
Pois minha vontade é tamanha
Esse desejo insano de te amar
É insano esse meu fantasiar
São quimeras, devaneios desvairados
Sonho acordado teus olhos a me mirar
Desejo torpe utopia inconsequente
Essa semente enraizada no meu peito
Esse teu jeito enfeitiçou-me já faz tempo
Dessa magia afastar-me não tem jeito
n
N'algum lugar
Imagino encontrar-te sorridente
E poder dizer-te frente a frente
Que valeu apena te esperar
Enfrento o mar
Não importa se ondas turbulentas
Pois esse desejo me acalenta
Essa vontade insana de te amar
Poder mirar
Teus olhos castanhos cor de mel
Qual sendo pedacinhos de céu
Então este segredo revelar
Se achas pouco
Capaz sou de escalar montanha
Pois minha vontade é tamanha
Esse desejo insano de te amar
Cheiro jasmim
Qual as gôtas de orvalho
Nas manhãs de primavera
Qual o brilho do rubí
Qual fosse insana quimera
Assim reluz e fascina
O brilho dos olhos dela
Não sei se'é uma princesa
Ou um anjo querubim
Só sei q'o sorriso dela
Brilha qual fosse marfin
Por onde ela passa
Deixa aroma de jasmim
Seu cabelo mais parece
Pluma leve esvoaçante
Como que para aguçar
Meu desejo estonteante
De começar a sonhar
Qual os sonhos dos amantes
Presente da Natureza
Corpo moreno cetim
Sequer preciso tocá-la
Para sentir que'é assim
Quando ela passa deixa
No ar um cheiro carmim
Até mesmo um vendaval
Que' hora por aqui passava
Transformou-se em calmaria
Seu cabelo acariciáva
Tal qual a brisa suave
A sua face tocava
Nas manhãs de primavera
Qual o brilho do rubí
Qual fosse insana quimera
Assim reluz e fascina
O brilho dos olhos dela
Não sei se'é uma princesa
Ou um anjo querubim
Só sei q'o sorriso dela
Brilha qual fosse marfin
Por onde ela passa
Deixa aroma de jasmim
Seu cabelo mais parece
Pluma leve esvoaçante
Como que para aguçar
Meu desejo estonteante
De começar a sonhar
Qual os sonhos dos amantes
Presente da Natureza
Corpo moreno cetim
Sequer preciso tocá-la
Para sentir que'é assim
Quando ela passa deixa
No ar um cheiro carmim
Até mesmo um vendaval
Que' hora por aqui passava
Transformou-se em calmaria
Seu cabelo acariciáva
Tal qual a brisa suave
A sua face tocava
SILÊNCIO
Palavras que as vezes dizes
Até mesmo em teu silêncio
Fazem-me refletir sobre
Aqueles breves momentos
Doce lembrança somente
Que feneceram com o tempo
O teu suspiro traduz
Uma esperança distante
Teu bocejar certamente
O cansaço dos amantes
De esperar por alguém
Que por certo está distante
Discretamente disfarças
O teu vazio aparente
Mas olhando se percebe
O que passa em tua mente
Memórias de doces dias
Que vivestes certamente
Até mesmo em teu silêncio
Fazem-me refletir sobre
Aqueles breves momentos
Doce lembrança somente
Que feneceram com o tempo
O teu suspiro traduz
Uma esperança distante
Teu bocejar certamente
O cansaço dos amantes
De esperar por alguém
Que por certo está distante
Discretamente disfarças
O teu vazio aparente
Mas olhando se percebe
O que passa em tua mente
Memórias de doces dias
Que vivestes certamente
Será, ou não?
Inevitavelmente acredito
Que o que tiver de ser será
Ou não?
Talvez sim, talvez não
O que importa é tentar
Se há barreias no caminho
Tentemos ultrapassar
Se não conseguir
Ao menos
Temos do que nos lembrar
Que o que tiver de ser será
Ou não?
Talvez sim, talvez não
O que importa é tentar
Se há barreias no caminho
Tentemos ultrapassar
Se não conseguir
Ao menos
Temos do que nos lembrar
Suprima-se
É envolto em sentimento
Que no peito atrofia
Bloqueia-se a auto estima
Suprime-se a ousadia
Abdica-se o melhor
Que é da vida a magia.
Que no peito atrofia
Bloqueia-se a auto estima
Suprime-se a ousadia
Abdica-se o melhor
Que é da vida a magia.
Decidi
Que me desculpe o tédio
Descobri um belo antídoto
Ante a melancolia
Cai fora desilusão
Decidi vou mergulhar
No mundo da fantasia.
Descobri um belo antídoto
Ante a melancolia
Cai fora desilusão
Decidi vou mergulhar
No mundo da fantasia.
Mente-se
Cotidianamente mente-se
Diz-se o que não se sente
E assim a vida segue o curso
E incoerentemente
Acredita-se -
Nossa entorpecida mente.
Diz-se o que não se sente
E assim a vida segue o curso
E incoerentemente
Acredita-se -
Nossa entorpecida mente.
Verso e Reversos
Os versos e reversos das escolhas
Que se faz ouvindo a voz do coração
Muita vez só então a solidão
Traduz os erros
Os equívocos da razão.
Que se faz ouvindo a voz do coração
Muita vez só então a solidão
Traduz os erros
Os equívocos da razão.
Renuncias
Lembrança do que não se teve
Saudade do que não se deve
Renuncias por quem não se atreve
Certeza que um tempo não chegue.
Saudade do que não se deve
Renuncias por quem não se atreve
Certeza que um tempo não chegue.
Delírio doce
Que sentimento é esse
Que invade a alma
Que inflama o peito
Que de longe acalma
Um delírio doce
Que dá calafrios
Que não vê perigo
Em caudalosos rios?
Que invade a alma
Que inflama o peito
Que de longe acalma
Um delírio doce
Que dá calafrios
Que não vê perigo
Em caudalosos rios?
Megera
A solidão é o avesso
O ocaso pertinente
O lado outono do ser
A fera dita indomável
É ladra insaciável
Megera inconsequente
O ocaso pertinente
O lado outono do ser
A fera dita indomável
É ladra insaciável
Megera inconsequente
Fonte
O sonho sonhado
Não cura ferida
Mas é lenitivo
pras dores de amor
Tal qual fosse fonte
Em meio a desertos
Assim é na vida
De um sonhador.
Não cura ferida
Mas é lenitivo
pras dores de amor
Tal qual fosse fonte
Em meio a desertos
Assim é na vida
De um sonhador.
Estáticas estátuas
Estáticas estátuas
Sem vida têm vida
Assim é na vida
Da vida de quem
Re-surge pra vida
Se a vida de alguém
Cruza seu caminho
Revive também.
Sem vida têm vida
Assim é na vida
Da vida de quem
Re-surge pra vida
Se a vida de alguém
Cruza seu caminho
Revive também.
Deveras
As ilusões são deveras
Alimento para a alma
Magia que nos envolve
Na tormenta nos acalma
Fantasia-se o impossível
E nossos sonhos embala.
Alimento para a alma
Magia que nos envolve
Na tormenta nos acalma
Fantasia-se o impossível
E nossos sonhos embala.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
FELICIDADE
Objetivo almejado
Desejado, cobiçado
Onde será que se esconde
A tal senhora
Ou senhorita?
Seja uma ou seja outra
Pelos muitos que a buscam
Deduzimos: é bonita.
Quando pensamos nela
Quase sempre
Rebenta no peito
Um sentimento cortante
Afiado qual o fio da navalha
Todavia doce
Qual favos do mais puro mel
Pode ser que se esconda
N'um pequeno paraíso
N'um cantinho impreciso
Um pedacinho de céu
Triste final
Tudo na vida e relativo
Uns nascem pra se dar bem
Outros para ser mendigos
Há quem lute até a morte
Talvez por questão de sorte
Levam uma vida ilibada
Sobrevivem na sarjeta
Lutam não conseguem nada
Mendigando até o pão
Perambulam na estrada
Chegam ao final da vida
Não há quem lhes dê guarida
Quando muito lhes concedem
É sete palmos de chão.
Uns nascem pra se dar bem
Outros para ser mendigos
Há quem lute até a morte
Talvez por questão de sorte
Levam uma vida ilibada
Sobrevivem na sarjeta
Lutam não conseguem nada
Mendigando até o pão
Perambulam na estrada
Chegam ao final da vida
Não há quem lhes dê guarida
Quando muito lhes concedem
É sete palmos de chão.
SAUDADE
Qual o fio da navalha
Cortante mas sem ferir
Dá um aperto no peito
Não se vê mas faz sentir
Saudade mexe com a gente
Tal qual prego no faquir
Sentimento sorrateiro
Chega assim sem avisar
Machuca de vagarzinho
Qual a canção de ninar
Não há forte que resista
Quando ela vem pertinente
Ninguém sabe por que é
Que chega assim de repente
Deve ter suas razões
Pra torturar nossa mente
Saudade é itinerante
Percorre grandes distâncias
Parece não ter idade
Pois brinca feito criança.
Cortante mas sem ferir
Dá um aperto no peito
Não se vê mas faz sentir
Saudade mexe com a gente
Tal qual prego no faquir
Sentimento sorrateiro
Chega assim sem avisar
Machuca de vagarzinho
Qual a canção de ninar
Não há forte que resista
Quando ela vem pertinente
Ninguém sabe por que é
Que chega assim de repente
Deve ter suas razões
Pra torturar nossa mente
Saudade é itinerante
Percorre grandes distâncias
Parece não ter idade
Pois brinca feito criança.
SINTESE
Sinceramente,
Sua sagacidade
Selou severamente,
Sistematizando sonhos
Solicitamente sensíveis.
Sinto sintetizar
Sentimento esse suscito,
Simplesmente por ser
Sério tal sentir
Sintetizante, suplício.
Sua sagacidade
Selou severamente,
Sistematizando sonhos
Solicitamente sensíveis.
Sinto sintetizar
Sentimento esse suscito,
Simplesmente por ser
Sério tal sentir
Sintetizante, suplício.
ÂMAGO
Já faz tempo
Madrugada adentro
Sempre embarco
Nessa nau desgovernada
É insano
Esse cruel tormento
De minh'alma
De há tanto desvairada
Não devia
Guardar ressentimento
Se fui eu
Quem trilhou por essa estrada
Enganei-me
Ao confundir n'uma paixão
Ter encontrado
A eterna namorada
Minh'alma
De tanto esperançar
Trás no âmago
Um desejo (in) permissível
De um dia
Poder enveredar
Por caminhos
Quiçá inacessíveis.
Madrugada adentro
Sempre embarco
Nessa nau desgovernada
É insano
Esse cruel tormento
De minh'alma
De há tanto desvairada
Não devia
Guardar ressentimento
Se fui eu
Quem trilhou por essa estrada
Enganei-me
Ao confundir n'uma paixão
Ter encontrado
A eterna namorada
Minh'alma
De tanto esperançar
Trás no âmago
Um desejo (in) permissível
De um dia
Poder enveredar
Por caminhos
Quiçá inacessíveis.
PURA ILUSÃO
Sobre a lage inacabada
Madrugada
A Lua parece-me
Ao alcance da mão
Pura ilusão
Acalanto em meu silêncio
Solidão
Madrugada
A Lua parece-me
Ao alcance da mão
Pura ilusão
Acalanto em meu silêncio
Solidão
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
I N C A B U L A D O
Saudade, coisa esquisita
Deixa-me i n c a b u l a d o
Por mais que tento esquecer
Fico mais incomodado
Melhor conviver com ela
Rememorando o passado
Saudade, bate no peito
Aperta quase da nó
Coração pulsa ligeiro
Qual flecha quiçá anzol
E'o peixe que d'água vem
Amarga quinem g i l ó
Saudade, essa dor aguda
Que machuca sem ter dó
Fura quinem carrapicho
Embrenha-se quinem cipo
É dor que não cura fácil
Já me dizia vovó
Saudade, mexe com todos
Seja rico seja pobre
Não há quem escape dela
Mesmo tendo alma nobre
Ai todos se misturam
Não adianta ter cobre.
Deixa-me i n c a b u l a d o
Por mais que tento esquecer
Fico mais incomodado
Melhor conviver com ela
Rememorando o passado
Saudade, bate no peito
Aperta quase da nó
Coração pulsa ligeiro
Qual flecha quiçá anzol
E'o peixe que d'água vem
Amarga quinem g i l ó
Saudade, essa dor aguda
Que machuca sem ter dó
Fura quinem carrapicho
Embrenha-se quinem cipo
É dor que não cura fácil
Já me dizia vovó
Saudade, mexe com todos
Seja rico seja pobre
Não há quem escape dela
Mesmo tendo alma nobre
Ai todos se misturam
Não adianta ter cobre.
Vida/ via de mão dupla
Tenho sonhos m u l t cores
Tal qual um arco-iris
No entanto desfazem-se
No ar tal qual bolhas de sabão
E nessa vida/ via de mão dupla
Sempre trafeguei em círculos
E tal qual os vícios
Difícil encontrar um ponto de chegada.
Ante a indiferença
Jamais serei refém dos espaços
Quando na absoluta ausência
Eu mesmo me abraço!
Tal qual um arco-iris
No entanto desfazem-se
No ar tal qual bolhas de sabão
E nessa vida/ via de mão dupla
Sempre trafeguei em círculos
E tal qual os vícios
Difícil encontrar um ponto de chegada.
Ante a indiferença
Jamais serei refém dos espaços
Quando na absoluta ausência
Eu mesmo me abraço!
Desvairada selva
E nesta desvairada selva
Ser coerente não basta
Se o efeito cascata
Se propaga a anos-luz
Se o insano conduz
A cometer absurdos
Não dá prá pousar de surdo
Enquanto massacram a 'massa'.
Se a desilusão ataca
Quando vejo gente as pencas
Descartadas tal qual lixo
Ao poder e seus caprichos
A estupidez se alastra
A D E N D O
Cenas grotescas
Homens contra homens
Uns maltratam outros
Mais que fossem lixo
Quando em sua fúria
Fogem da razão
Agem instintamente
Mais parecem bichos
Ser coerente não basta
Se o efeito cascata
Se propaga a anos-luz
Se o insano conduz
A cometer absurdos
Não dá prá pousar de surdo
Enquanto massacram a 'massa'.
Se a desilusão ataca
Quando vejo gente as pencas
Descartadas tal qual lixo
Ao poder e seus caprichos
A estupidez se alastra
A D E N D O
Cenas grotescas
Homens contra homens
Uns maltratam outros
Mais que fossem lixo
Quando em sua fúria
Fogem da razão
Agem instintamente
Mais parecem bichos
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