domingo, 6 de novembro de 2011

*Dona felicidade/ QUEM ME DERA/ Noites e noites/ Vem,/ No peito bate/ qUANTA VEZ

SEM NEXO

Mais uma taça de vinho

A garrafa está quase vazia

Miro por sobre telhados

Garôa fininha, conduz-me a tempos idos

 Bem vividos? Nem tanto...

SEU PERFIL


Encontrei por acaso seu perfil

Seu sorriso como dantes radiante

No olhar o vigor primaveril

Com o viço inerente dos amantes

Te confesso no tempo viajei

Relembrei dos momentos a teu lado

Como é triste essa tal realidade

De não mais reviver nosso passado

Inda lembro na escola te levava

No portão ficávamos a conversar

Quantos planos fazíamos sem saber

Que o destino fosse nos separar

Quando então nas festas do Padroeiro

Te esperava na porta da igreja

Como é doce relembrar o amor primeiro

Ser eterno imaginamos ser certeza

Que saudade das tardes na lagoa

De barquinho a gente passeava

Quando perto passava uma canoa

Lembro ao vento teu cabelo esvoaçava

Quando o Sol, se escondia atrás dos montes

Vinha a brisa com o aroma da floresta

E a Lua a surgir no Horizonte

E a passarada a cantar fazia festa

Hoje só me restou recordação

Das façanhas dos tempos de outrora

Dói na alma essa desilusão

Enrizada num cantinho da memória.


QUEM ME SERA

Poder fotografar teu coração

Desnudar teus anseios e segredos

Descortinar o porque de tantos medos

Desenhar nele o rubro da paixão

Da tua boca quando fala alegremente

Pudesse ler cada palavra que sussurras

Traduziria cada gesto cada esboço

Desvendaria o que se passa em tua mente

No teu sorriso de marfim incandescente

Feito miragem no deserto do meu eu

Qual a abelha a sugar da flor o  n e c t a

Mergulharia nesse teu favo de mel

E nos teus lábios carnudos palpitantes

A inundar meus sentidos mais fugazes

Qual passarinho que canta enquanto voa

Me sentiria qual tivesse lá nos ares.

LOUCA MAGIA

Noites e noites

Ando de um lado pro outro

Pra não ficar

Me contorcendo no sofá

Pensando nela

Um sentimento tão profundo

Que não é raro

Vê meu corpo a delirar

Desejo insano

Pois sei que é proibido

Me escondo dela

Quando sei que vai passar

Cabelos soltos

Esvoaçando ao vento

Como a dizer

Que está a me chamar

Meiga senhora

Teu sorriso estonteante

Louca magia

Em segredo vou te amar.

VEM

Voaremos além do horizonte

Quem sabe ver de perto o por do sol

Deixando para a noite e seu encanto

Quando ele se esconde atrás do monte

Navegaremos na cauda de um cometa

Vizinhos seremos de uma estrela

Faremos lá na lua um ranchinho

Um abrigo seguro sem fronteiras

Partiremos ao romper d’aurora

E uma orquestra um coral de passarinhos

Como que acompanhando nossa história

Saudará a beleza dessa hora.

QUANTAS VEZES

Quanta vez em pensamento

Já despir teu sentimento

Já sentir teu coração

Já vivi mil fantasias

Já amanheceu o dia

E eu envolto em solidão

Já vi teu rosto na lua

Já vi teu corpo molhado

Já fiquei extasiado

Qual fosse alucinação

Já divaguei pelos campos

Já me esparramei na relva

Acordei

Foi só um sonho

Foi só imaginação.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

*Palavras: meras palavras... e tantos outros

Palavras
Meras palavras

Embalam
Agridem
Acariciam
Torturam
Despertam
Dispersam

Encorajam
Inibem
Desencantam
Decidem
Libertam
Sufocam

Educam
Amedrontam
Sugerem
Exigem
Constroem
Desmontam...

O ser poeta - ou metido a tal como eu - é ser contumaz mentiroso: quando narro que estou na solidão, tô sempre bem acompanhado: das lembranças.


SAUDADE DA ROÇA

Sinto saudade da roça
Onde há sinceridade
Diferente da cidade
Onde é raro se encontrá
Alguém que preze o valor
De uma grande amizade
Na roça é todos por todos
Ninguém se acha melhor
Didive as coisa da Terra
Milho, feijão ou farinha
Dos pobre todos têm dó
Na cidade é difícil
Vê alguém se importar
Cm os murmúrios dos outros
Só se quer é se arrumar
Quem quer saber se o outro
Vive a se lamentar
Eu inda era menino
Mas já prestava atenção
No modo de vida simples
Do povo lá do sertão
Onde era todos por todos
Ninguém reclamava não.

LUA BONITA

Lua bonita
Com teu manto prateado
Vê se traz algum recado
Lenitivo a minha dor
Sei se quizeres
Meu desejo saciado
É só trazer pro o meu lado
Novamente o meu amor

Se assim fizeres
Sempre vou te agradecer
Pois perdí meu bem querer
Lá pras bandas do Sudeste

Vim pro Nordeste
E não mais tive alegria
Só alguma fantasia
Tentando esquecer o dia
Solidão ninguém merece.

LÁ NAS BRENHA

Lá nas brenha onde morei
Se um vizinho dizia pro outro
"Tô em dificuldade
Tem algum pra mim' emprestar?
O outro: não tenho não
Mas pode esscolherer uns bodes
Umas galinha, uns porquinhos
Uns garrotes
Umas sacas de milho e de fejão
Você vende e se a r r i m i d e i a
Depois que as coisa melhorarem
Então você vem me pagar

Na cidade é diferente
Cada qual tem olho maior
Ninguém não quer nem saber
Se o outro está na pior
Se puder fura os dois olhos
Pra ficar reinando só

Desculpe ser tão grosseiro
Nas minhas poucas palavras
Mas é que vi uma cena
Homens perto lá de casa
Um querendo 'engoli' outro
Que sequer se lamentava.

BREVE DEVANEIO

Devaneiar é preciso
Faz bem e nos revigora
Tal qual fosse um oceano
Que se'esconnde no Horizonte
Nos transporta a outros cantos
Que fomos felizes outrora.

CORAÇÃO E MENTE

Vez por outra ouço a mente
Que muitas vezes me mente
E seduz meu coração
A crer que assim de repente
Encontrou a alma gêmea
Era quimera somente

Nas cores do arco-íris
N'uma tarde de verão
Deixou-se apaixonar
Imaginou que solidão
O tempo levava embora
Ao vento na imensidão.

Uma das mais saborosas sensações de liberdade que eu conheço é flagrar meu coração feliz sem precisar de nenhum motivo aparente.

Quero mais sinceridade, quero mais paz, quero mais harmonia, quero mais diversão pelas coisas simples,quero ouvir o canto dos pássaros..

Quero poder olhar pro céu sem prédios me atrapalhando, quero acordar com o sol batendo no rosto, quero mais, muito mais.

Quero sorrisos sinceros. Doces sorrisos que vêm involuntariamente depois de ouvir um "eu te amo" de quem se gosta. Quero cafuné...

Quero abraços apertados pra matar a saudade. Quero lágrimas sinceras de alegria. Quero sentir o vento levando meu cabelo. Quero sentir a chuva.

Não desista vá em frente, sempre há uma chance de você tropeçar em algo maravilhoso!

E a gente vai à luta e conhece a dor. Consideramos justa toda forma de amor

CU'MERA A VIDA NO SERTÃO

Sou matuto sou brejero
Me criei nos cafundó
Sou sertanejo da gema
Das banda do Igapó
Lá quando o Sol á apino
Castiga a pele sem dó

Campiei gado nas brenha
Ranquei tôco fui carreiro
Morei em casa de taipa
A dispois fui ser olêro
Fiz tijolo até fiz teia
Pás galinha fiz pulêro

Num fiz teia cuma aranha
Mas pá cubrir os celêro
Donde guardava os provento
Trabaio dum ano intêro
Tombém pá fazer tapera
Qui'abrigava os cumpanhêro

Nos tempo de truvuada
As gotêra pretubava
Pingava pru todo lado
Nos cantinho nois ficava

Seu minino num lí conto
Ocê difíce acredita
A vida de sertanejo
Até parece desdita
Mai juro q'era assim mermo
Quem viu de perto acredita

Nos tempo de verão brabo
Nas catinga eu m'infiava
Mandacaru pú rabanho
Era o qui a gente incontrava
Os bichin cumia tanto
Qui as veis até se babava

Iscola num tinha lá
Vim istudá quando grande
Não no sintido de artura
Pois piquenin inda sou
Mai falando de idade
Cuma dizia vovô

Mermo assim istudei pôco
Pois quando vin pá cidade
Ví tanta muir facêra
Qui mingracei de verdade
Poquin aprendí a ler
Ess'é a pura verdade

Discurpe as tanta trronchura
Qui rasbiquei nesses verso
Mai achei qui era bom
Contá pá todo Universo
Qui a vida de sertanejo
Era assim mermo eu confe

Meu povo mim dê licença
Pá mode me'apresentar
Sou matuto lá das brenha
Das terras dos carua
E careço de sabença
Pá mode me'expilicar
Mas se me dé atenção
Das coisas do meu sertão
Pá voismicês vou falar

No sertão num tem'ispritá
Nem dotor nem infermêra
Se a muier vai parí
Nóis vai buscar a parteira
Quaje sempre madrugada
E ela vem acumpanhada
De arguma resadêra

Pá rezá de má uiado
Tombém de argum qebrado
Qí gente de ôio grande
Butô no recenascido
Ante de cortá u'imbigo
Priviní nunca'é dimais

Se u bruguelo for franzino
Ranzinza e disnutrido
A partera sabe logo
Derna'o premêro gimido
E manda aprepará logo
Prú bichim argum cuzido

E pá arrefoçá
Reune trêis rezadêra
Tudim da cama na bêra
Cumeça logo a rezar
Ôtas vai aprepara
Chá de casca de madêra

Seu minino se'eu lí conto
Uncê mim diz qé buato
Mar mim'espere um bucadin
Qí lí nararei uns fáto
Qí acuntece merma assim
Lá pu'as banda do mato

Os cafundó é dotado
De rezadêra sabida
Qí reza in qarqé duença
Das qí ixiste na vida
E cura bem ligerin
De caganêra a firida

O sinhô mim acridite
Qí'um dia surgiu um cába
As feição era tão feia
Quiném qí coisa macábra
E né qí'as véia evitô
Qí disarrumace ar'mála?!

Pelas feição do sujeito
Paricia apreparado
Pá viajá sem demora
Pois tava bem matratado
Pá cidade de péjunto
Quem vai num dêxa recado

Mar as meizinha apreparada
Lá pás banda do sertão
Parece inté milagrosa
Ninguém num duvide não
Alevanta bicho-bruto
E até mermo cristão

A vida lá num é face
As casa são de sapé
Acridite no qí digo
Qí as vêis farta inté
Caçola qué pá cubrí
Os pissuído das muié

Ôto dia chegou um
Tava cun'a dô no vão
Lí passáro uma meisinha
E num cobráro muito não
Qí poucos dia adispôs
Paricia um cidadão

E pú falá nim meisinha
Inxiste um véio Missia
Qí agarante o qí faz
E nele tudin cunfia
Né qí u abençoado
Faz inté um marmelado
Feito cum leite de gia?!

Se'u caba vem das caatinga
Cu'um tái na pôpa dos pé
Se o véi num tem imbé
Faz cum carrapatêra
E chá de muleque-duro
Mode curá caganêra

Caganêra quem num sabe
É Pirrite, disinteria
E pá curá a morróia
A cocêra no bocá
Na bôca do semvergonha
Tome chá de papaconha
Qí' agaranto se curá

Pá curá dô de pancada
A casca de aruêra
É uma das indicada
E a catingêra-rastêra
É Remédio de primêra
Pá qem já
Num Fáis mais nada

Hômi pá num ser tachado
De curandêro é mió
Eu ir parando pruqí
Pois a tá da medicina
Num adimite êsses dom

ANSEIO MEDONHO

Vidas sem vida
Sonhos sem sonhos
Mentes disprovidas
Esperança ausente
Fazem do presente
Futuro sem glórias

Caminhos inóspidos
Estradas desertas
Pântanos sombrios
Sem vejetação
Coracão vazio
Onde houve rio
Vendaval passou
A margedeixou
Quanto desvario

Navegar sem leme
Sonhar mais um sonho
Flutuar nas nuvens
Transpor dimensões
Pousar noutra nau
Quem sabe por lá
Possa me encontar
Que anseio medonho

Por mais que eu almeije 'imitar' o sábio, mais medíocre me percebo.

Se nessa existência não alcansei as metas almeijadas, deixo escrito meus êrros; quem sabe assim, sirva ao menos de 'espelho'.

Fixar-se no amanhã a pensar o hoje, é certeza de lamentar-se o ontem não vivido intensamente.

A vida não resume-se em meros momentos. Todavia, há, em meros momentos, resumos memoráveis em muitas vidas.

Ousar faz parte de quem sonha acordado. Por certo no futuro há de ser lembrado. Mas que no presente, tende a ser esquecido.

SENSATA MALUQUÊZ

Minha maluquêz mais senzata
É sempre maluquear
Sem comtudo
Perder o equilibrio
Será que consigo?

Se observar-mos bem, perceberemos nos olhos - para muitos inespressivos - dos desprovidos da sorte, a desesperança escancarada

Muita vez, a gente pensa que conhece alguém, quando de repente, numa frase ou até mesmo numa palavra, muda-se o conceito que tinha sobre esta pessoa.

O outono passou, a Lua resurgiu magestosa e imponente. Pena que no meu peito, o outono persiste...

"Depois da tempestade vem a bonanza". O dilema é, que raramente, tempestades por onde passam, não causam danos...

Amar, eu amei. Tanto que esqiecí de mim mesmo. Quando me dei por conta, tarde demais; não ha mais 'espaço'.

No imenso palco da vida, ao invés de memorizar-mos as comédias, preferimos 'salvar' na memória, os dramas

Os momentos mais felizes que armazenamos n memória, são aqueles que apenas gostaria-mos de ter vivido


LEMBRANÇA

Cortante qual o fio da navalha
Dôce qual favos do mais puro mel
Menina/mulher
Sôbre aquele muro
Sorriso tão sincero
Qual um pedacinho do céu.

Como adjetivar um sentimento, quando se guarda na memoria um olhar, um sorriso, um gesto simples que nem o tempo conseguiu apagar?

Perspective o amanhã, sempre mais positivo do que conseguiu realizar hoje. Pensar positivamente, é o primeiro passo rumo ao êxito.

Felicidade: para uns, mansões, viagens, carrões, cruzeiros maritimos. Para outros, saúde, um teto, um trabalho, comida na mesa.

Se não se consegue ser ator/atriz principal, tentar fazer o melhor como coadjuvante, é a melhor opção.

O melhor do dormir, são os sonhos. Nêles, o sorriso franco ofusca o poder, o dinheiro, as diferencas. Sonhar é viver no paraiso.

Se os sonhos não fossem meras fantasias, o viver na Terra, seria tal qual viver num paraiso.

LIBERDADE DE ESCOLHA

Liberdade de escolha
É facultada a todo ser
Optar viver no bem
Basta somente querer
Construir um mundo novo
Sempre a cada amanhecer

Eu explicito: aguardando a proxima. Implicito: fantasio um amanhã de luares primaveris e horizontes com estrelas reluzentes.

PALAVRAS

Palavras...
Simples palavras
Amenas
Cortantes
Insanas
Dementes
Produz lenitivos
E as vezes venenos

VERDADES QUE SÃO MENTIRAS

Mentiras que são verdades
Verdades que são mentiras
Sinceridade escaceia
Quando impera hipocrisia
E a gente faz de conta
Deixa o vento nos levar
Mascara
Qual barco desgovernado
Nesse mundo de magia
Utopia imaginar
Que havera sinceridade
Pois alasta-se qual capim
E prolifera a maldade
Em todo lugar existe
Quem cultua vaidade
Liberdade de escolha
É facultada a todo ser
Optar viver no bem
Basta somente querer
Construir um mundo novo
Sempre a cada amanhecer

CORPOS NUS

Corpos nus
Qual néctas afrodisiacos
Como a incentivar libertinagem
Seus promotores
Ficam cada vez mais ricos
E a massa insana
Embriaga-se nesse circo

Não percebe
Que é ela o palhaço
E a insensatêz
Vai conqistando mais espaço
Pornografia
Escancarada invade os lares
Sob aplasos
Dos incautos cidadãos

Apologia
Às drogas contagia
Pouco há pouco
Toda uma geração

Pretexteiam
Liberdade de expressão
Pulverizam permissividade
Em tenra idade
É praxe perceber-se
Adolecentes
Induzidos à bandidagem

Não entendo
Como a socidade
Não se opõe
A um modêlo deprimente
Que patrocina
Êsse espetáculo indecente

E nesse imenso
Palco que é a vida
Cada ato
A cada dia
É mais macabro

Agigantam-se
As peças onde os focos
São os jovens
Que inconscientemente
São conduzidos
Qual boiadas pros cercados

Os olhos nao falam, nao mentem, nao calam. Mas emitem sinais inconfundíveis contidos no âmago da alma.

CASTELOS DE AREIA

Luz que reluz
No âmago da alma
Gotículas de mel
Que adoça o existir
Fonte enegética
Revigora e me acalma
Quando miro esse olhar
Meu peito quer explodir

Esse olhar feito flecha
Que ocupou fortemente
Um espaço em meu peito
Igualmente em minha mente
Sei, és apenas um sonho
Uma utopia por certo

Sei que estas bem distante
Mas te sinto aqui bem perto
Transformando em oásis
Encanto e até magia
O espaço em mei peito
Que estava tão deserto

Essa insana magia
Talvez seja delirante
Faz-nos enveredar
Num mundo de fantasias
Constroi-se até castelos
Mesmo sendo d areia
Que bela filosofia

Amor, algo tão puro
Setimento que aflora
No peito, no coracão
Quando se ama de fato
Se é vulnerável sim
Se esquece a razão
E mão confunde-se
Com paixão

Ha momentos que o vazio é tão intenso, que tenho a impressão de ouvir o eco do meu próprio pensamento.

AH TEMPO...

Tempo; ah tempo...
Faz o olhar perder o brilho
A pele perder o viço
O corpo perder desptrêza
Ah Natureza...
Repleta de beleza

Ah tempo...
Fazes fôscos sonhos dourados
Nublêias dias ensolarados
Frustras anseios acalourados
Impoe-nos ressentimentos

Ah tempo...
Mostras-nos as mararavilhas
Mas também realidades sombrias
Apogeus dos eleitos
E a realidade cruel e nua
Dos que moram das ruas

Das fases da vida, a mais marcante, é a que somos meio patetas; quando nos apaixonamos.

MURALHAS

Tal qual as ondas no mar
Começam em calmaria
Mas ao soprar do vento
Aquecem-se somam enegias
Antes de atingirem as praias
Muita vez já veem bravias
Assim pulsa o coraçao
Ferve o sangue a bombear
Oxigênio nas veias
Impulsiona a formar
Paredes mais que sao frageis
Muralhas
Prestes a desmoronar

Ha situacoes nas quais, se ter pela metade, é, indiscutivelmente melhor, nao se ter.

Vez em quando, metaforizar é preciso, porque faz parte. Hopocrisias, de um sistema farçante.

CARCARÁ

Nas entre-linhas dos versos
Desnudo o meu pensamento
Pego carona no vento
Desbravo florestas, mares
Dos pássaros ouço os cantares
Das flôres sinto o aroma
Na relva olho o orvalho

Na roça um spantalho
Que afugenta passarinhos
Prá nao fazer seus ninhos
E nas plantas fazer morada

Na manhã ensolarada
A brisa forma partículas
Qual cristais descendo em bicas
Das fôlhas d emburana
Também da palha da cana
No solo forma caçinbas

E o camponês se anima
Pois na escacêz terá onde
Alimentar seu rebanho

Do alto da barauna
O carcará
Dá seu grito
Prá assustar o cabrito
Que esta em meio as ovelhas
E ao sair na carrera
Ser fisgado pelo bico

Carcará quem não conhece
É a águia do Nordeste
Valente qui nem a peste
E quando mira a sua prêsa
Por mais alto que'ele esteja
Desce de lá qual foguête
Nas garras segura cobras
Seu cardápio predileto
Vivente que estiver perto
Quando o ouve se arrepia

INSTANTE

Cada instante é único
Num momento ser lamento
No outro ser euforia
Num ser desolação
No outro so alegria
N'um tá no fundo do poço
No outro ser só simpatia
É assim que é a vida
Tal qual uma roda gira
Em circulos circulando
Nessa eterna magia
Transforma a vida de quem
O encontra em um instante
Nos jardins dos corações
Das flores é a mais bela
Nos bosques da ilusão
Das árvores a mais singela
Magia inexplicável
No estudo da razão
Um vírus que não tem cura
Quando invade um coração
Qual a fúria de um vulcão
Queima o peito dói na alma
Mas o melhor lenitivo
Se correspondido acalma
Não tem sabor mas parece
Ser fruto de puro mel
Um sentimento tão nobre

Bênção descida do Céu

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Não sou poeta/ VERSOS QUERUBINS/ POETIZAR/ ALENTOS/ BILHETE/ NA CAIXA DO PEITO/ INDECIFRAVEL MAGIA/ TEMPO/ SONHO ALADO/ QUE SONHO/ UNS VÃO OUTROS VEM/ VENTO LUZ/ A PALAVRA/ SO LEMBRANÇAS/ RESPIRAR BEM LENTO/ ARRIBAÇÃS E MACAMBIRAS/ DESVAIRADO TEMPO/ UM GESTO SIMPLES/ ESPUMAS AO VENTO/

INDECIFRÁVEL MAGIA

Sonhar revigora a alma
Nos conduz a fantasias
Do passado e do futuro
Indescifravel magia
Mantém uma chama acêsa
Faz almejar belos dias


PAZ NO PORVIR

Qual  o aroma da rosa
Qual o brilho do rubí
Qual a beleza dos mares
Qual esplendor do marfim
Assim é a esperança
Que' haverá paz no porvir

SONHO ALADO


Quando a Lua cobre os montes
Com seu manto prateado
Sinto o perfume dela
Como estando do meu lado
De repente acordo e vejo
Que foi só um sonho alado

Sonho de um tempo longíncuo
Quando ainda acreditava
Que'amor não fosse abstrato
Mas tarde então percebí
O quanto estava enganado


LUZ

Luz no clarão da Lua
No piscar do pirilampo
Numa estrela que brilha
No olhar de uma criança
Reacende a esperança
De um mundo de magia

Luz no rair do Sol
No nascer de um novo dia
Na calda de um comêta
Na poeira que irradia
No lelãmpago que anuncia
Chuva em pleno verão

Luz alimento da alma
Que acende a lamparina
Luz do sonho da menina
De um cavaleiro alado
Do homem de lá do sertão
De florir seu roçado


A PALAVRA

A palavra é tão rebelde
Qual um rio a se'espalhar
Depois de ser proferida
Ninguém a faz recuar
Tal qual as águas do rio
Que vão desaguar no mar

Palavra quando sensata
Tende a ser bem entendida
Mas qiando é maldizente
Causa transtornos na vida
Qual o golpe de punhal
As vezes abre feridas


SÓ LEMBRANÇAS

Do sorriso franco
Do olhar qual flexa
Do andar faceiro
Do falar suave
Do perfume raro
Do jeito menina
Do corpo mulher

Do tempo de'outrora
Dos sonhos sonhados
Do passado longe
Das moites de festa
Dos domingo à tarde
Dos parques dos bares
Daqueles lugares...


RESPIRAR BEM LENTO

Navegar sem lemes
Respirar bem lento
Relembra o tempo
Que existiam sonhos
Voar sem ter asas
Ir além das nuvens
Sentir-se bem longe
Sem sair de casa

Eu e Eu/ Sob Marquises/ Teus olhos/ Relembrando/ Memoriao tempo/ Olvidar de tudo/ Instantes apenas/ Sob o Sol do meio dia/ Chuva e Sol/ Tempo/ Vidas vazias

Quem sou eu?
Real ou fictício?
Quis ser e não sou
E o tempo passou...
Quis ser tudo
E não sou nada.
Um caminheiro nessa estrada
E nesse labirinto me perdi
O que restou?
Um ser opaco sem cor
Sem dote sem emoção...
Distante presença
Um tanto ausente.
Um multicolorido em branco e preto
Um pássaro errante...



SOB MARQUISES

 Frio intenso chuva fina
Sob as marquizes
Meninos e meninas
Percebe-se em seus olhares
Que ninguém
Os quiz alimentar
Noite adentro
Névoa densa se acentua
E poucos veem
Quem pernoita pelas ruas
Indefesos
Talvez nem adormeçam
E assim
Ultrapassam madrugadas
Certamente
Suas almas congeladas
Que fizeram
Prá tantos tormentos
Mereçam.

TEUS OLHOS

Se é que os olhos falam
Os meus
Teus olhos reclamam
Se são espelhos da alma
Mantém acêsa essa chama
Me iludiram de um jeito
Que sentí
O peito em chamas
O coração apertado
Sinto toda vez que vejo
Teus olhos fitando os meus
Fico atônito de desejo
De envolver-te
Em meus braços
E sufocar-te num beijo
Insano, sei nao devia
Pois há muito
Já nao sinto
Vontade de  enveredar
De novo
Em tais labirintos
Pois já padeci o bastante
Se disser que aprendí
Não é verdade
Te minto  

RELEMBRANDO O TEMPO

Meu olhar vagueia
Qual nuvem que passa
A visão embassa
Nessa imensidão
Relembrando o tempo
Que sonhava tanto
Ví q'era utopia
Tudo foi em vão


OLVIDAR DE TUDO

Esquecer os sonhos
Deletar o ego
Pois não mais me apedo
A coisas banais
Ouvidar de tudo
Que sonhei um dia
Era só magia
Que ficou prá trás

INSTANTE APENAS

Olhar distante
Nessa foto dela
Que guardei comigo
Me faz refletir
Que fraqueza a minha
Não ter atitude
Por motivo bobo
Deixa-la partir

SOB O SOL AO MEIO DIA

Qual uma nuvem q passa
Qual o vento a soprar
Qual o sol do meio dia
Qual a cigarra a cantar
Assim fulgura-me na mente
O pensamento a vagar

Qual a beleza da relva
Ao amanhecer do dia
Qual o perfume da rosa
Que'o aroma acaricia
Tal qual massageia o ego
A lembrança de Maria

Qual a graciosidade
D'um beija-flor em pleno ar
Qual borboletas que pousam
Nas flôres deste pomar
Assim é o seu sorriso
E o brilho no seu olhar

Qual o relevo da água
Azul nas ondas do mar
Qual sintilar de estrelas
No horizonte a brilhar
Assim a paz de espírito
Quando se consegue amar

Qual a neve nascolinas
Qual os campos verdejantes
Qual auroraboreal
Eternizada num'instante
Asssim borbulha apaixão
Nos corações dos amantes

Qual o sereno da noite
Qual o frio ao relento
Qual as cinzas de'um vulcão
Qual um cantor sem talento
Assim é a solidão
Na vida grande tormento

CHUVA E SOL

Vem a chuva
E se'esparrama sobre a Terra
Vem mo Sol
E aquece a semente
Uma e outro
São essenciais
Para que haja
Fartura à tanta gente

Sem que'houvesse
Uma ou Outro
Todos sabem
Que na Terra
A vida era impossível
Mas que Deus
Em Sua Oniciência
Sabe disso
E Controla os seus níveis

Como é belo
De ver os campos verdes
Quando caem
As primeiras trovoadas
Vislumbrar
A magestosa Natureza
Sentir o'aroma
Da relva molhada

TEMPO

Tempo: cruel e implacável
Além de nos sbtrair sonhos
Acha pouco
E impóe tiranamente
Desatino imperdoável
Mexe com'a vida da gente

E o silêncio da noite
Qual inóspidos pomares
Tras de volta a nossa mente
Coisas, pessoas, lugares
Refrões de tantos cantares
Que'atormentam pertinentes



VIDAS VAZIAS

Olhei pro Céu e ví estrelas
A noite, extremamente fria
Ví corujas esvoaçando sorrateiras
Quem sabe, enunciando tantas vidas vazias

Passei há pouco pelo centro da cidade
Quanta maldade, ao relento ví crianças
Pernoitando pelos cantos das paredes
Não ví nelas nenhum fio de esperança

A neblina ofuscava o horizonte
Por um instante, divaguiei em pensamento
Me indagando por que tal realidade
Como alguém pode, suportar tanto tormento


MEMÓRIA

Encontrei por acaso seu perfil
Seu sorriso como dantes radiante
No olhar o vigor primaveril
Com o viço inerente dos amantes

Te confesso no tempo viajei
Relembrei dos momentos a teu lado
Como é triste essa tal realidade
De não mais reviver nosso passado

Inda lembro na escola te levava
No portão ficávamos a conversar
Quantos planos fazíamos sem saber
Que o destino fosse nos separar

Quando entao era festa do Padroeiro
Te esperava na porta da igreja
Como é doce relembrar o amor primeiro
Ser eterno imaginamos ser certeza

Que saudade das tardes na lagoa
De barquinho a gente passeava
Quando perto passava uma canôa
Lembro, ao vento teu cabelo esvoaçava

Quando o Sol, se escondia atrás dos montes
Vinha a brisa com o aroma da floresta
E a Lua a surgir no Horizonte
E a passarada a cantar fazia festa

Hoje só me restou recordação
Das façanhas dos tempos de outrora
Dói na alma essa desilusão
Enrizada num cantinho da memória

Noites e noites/ mistureba

Basta está acordado prá lembrar-te
Se dormindo minh’alma não te esquece
Desde sempre que vivvo a amar-te
A lembrar do carinho que me deste
O que fizeste comigo inconsciente
Me recordo desde o tempo de menino
Acho que a ti amei somente
Deve ser capricho do destino
Fico noites e noites acordado
Minhas horas parece intermináveis
Fecho os olhos prá ver se adormeço
Mas te vejo sorrindo do meu lado


Real ou fictício

Ilusório ou ilusão

Perdido no espaço

Conciso e embaraço

Nem um pouco escaço

Um ser multi f a c e t a r i o


Pela ética Justiça seja feita
Pelo probo vigiar e necessário
Pela Pátria muitos deram suas vidas
Pelo povo deixaram seus legados.


Estrela cadente
Move-se ligeira
E eu de bobeira
Miro-a ao passar
Quem me dera esta
La pertinho dela
Daqui da janela

Fico imaginando
E mera quimera
Pensar ir tao alto
A não ser no ato
De devanear


Tédio
Espaço vazio
Brisa
Sopra suave
Bacurau
Canta distante
Viajo
Q devaneio
Queria
Encontrar um meio
De revive


Traduzir-se/ ME BASTA

Fitar-te os olhos
É ver-te a alma
É esquecer a amargura
Ao receber tanta ternura
Em meio à fúria
Sentir calma
É encantar-se
É seduzir-se
É traduzir-se
Em emoção
É divagar
Além fronteiras
É esquecer-se
Que há razão
Ouvir tua voz
Meiga e suave
Enveredar
No teu encanto
Dos pássaros
O mais belo canto
Estreita os laços
Entre nós
É desejar
Ser desejado
É se envolver
Sem perceber
Inebriar-se
Num querer
Estremecer
Ao te abraçar
E no calor
De tal loucura
Perder o senso
A lucidez
Imaginar-se
Que talvez
Desfrute um dia
Teu sabor
Do campo
A mais bela flor
O nécta
Prá fazer o mel
É qual
Se merecesse o céu
Se conquistasse
O teu amor

ME BASTA


Ter-te em meus sonhos me basta

No grande Palco da vida

Na peça que planejei

Principal foi o papel

Que para ti reservei

Recusaste!

Pouco importa


Não baterei tua porta

Ter-te em meus sonhos

Me basta.


Fujo de ti/ Plantinha/ Quimeras/ Fascinio

Fujo de ti.
Fujo de ti contrariando um sentimento.
Confesso que não te esqueço um só memento.
Mas saiba que, é o melhor para nós dois.
Fujo de ti.
Não vale apena dá vazão a tal loucura.
Que adianta investi numa aventura.
Sabendo que problemas virão depois.
Fujo de ti.
Não sei por que fui me envolver dessa maneira.
Confesso que comecei de brincadeira.
Mas com o tempo seu jeito me enfeitiçou.
Fujo de ti.
Mas saiba que de coração arrebentado.
O que eu queria era está sempre do teu lado.
E desfrutar da magia desse amor.


PLANTINHA

Se numa planta não vês
Nada de belo que seja
Precisas urgentemente
Consultar um oculista
Pois são teus olhos
Q'estão
Desprovidos da razão

QUIMERAS

Tento olvidar dissabores
Não relembrar dos meus áis
Doscaminhos percorridos
Dos insucessos das queixas
A realidade não deixa
Sinto que sou incapaz

Quimeras mil tão somente
Magias de um sonhador
Que ousou fantasiar
Acreditar que havia
Possibilidade de se ser
Feliz no amor um dia

FASCÍNIO

Fascina-me esse semblante
Mistérios no olhar dela
De um sorriso estonteante
De pele côr de canela
Indago-me quantos amantes
Sonham em está comela

Quem dera poder um dia
Mesmo que'em sonho encontrá-la
Desfrutar dessa magia
Poder acariciá-la
Dizer do meu sentimento
Quem sabe poder amaá-la