segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Todo vicio é circular

Todo círculo é vicioso

Todo vicio é circular

Assim é o desejo

A vontade de amar

Dá-se volta pelo mundo

Sem se sair do lugar

Se pensa que está doente

Com o peito quase a sangrar

Qual um rio caudaloso

Que vai desaguar no mar

A diferença é que o rio

Tem começo meio e fim

Diferente desse impulso

Que não se afasta de mim

Que machuca e dói na alma

Mas que faz bem mesmo assim

Que faz sonhar acordado

Que faz noites não ter fim

Leva a flutuar nas nuvens

Tamanha alucinação

Faz voar ao infinito

Mesmo sem sair do chão

Um sentimento cortante

Qual um fio de navalha

Mas que eleva o espírito

Seja de nobre ou de rico

Seja de letrado ou de rude

Como num círculo igualmente

Que deixa a todos contentes

Se tem no peito a semente

Deste sentimento nobre.

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