sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Divagando sem roteiros

Meu sono - sempre companheiro
Vem-me em duas etapas
Improdutivo o primeiro
Durmo e sonho - qual pedreiro
Alicerçando caminhos
Para sempre às madrugadas
Ficar navegando em mares
Divagando sem roteiro
Tal qual fosse um marinheiro
Quando vem segunda parte
Desconserta-me por inteiro.

És bela - muito bela
E o que mais te faz mais bela
É o ser minuscula
Em estatura.








Volta que eu quero ver
Olhando pro Sul
Nuvens qual fosse algodão 
Ver o céu azul
O Sol sobre a plantação
As flores do umbu
O laranjal também florido
Mel do uruçú
Brotos nos bananais
A semente azul
Da oliveira silvestre
Azeitona azul
De um sabor sem igual
Supera a do Sul
A sombra dos mangueirais
Descansa um boi zebu.

Toda noite é sempre assim
Os relógios parece preguiçosos
Se de ponteiros, não param; estacionam
Na madrugada como de carona
Lá vem o tédio tomar seu espaço
Nem a labuta do dia
Nem mesmo o cansaço
Seduz o corpo à adormecer
Relembro o tempo, tempo do querer
Mudar o Mundo - era utopia
Pois logo menos amanhece o dia
Tudo recomeça ao anoitecer.

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