sábado, 22 de dezembro de 2012

Insônia

Insônia
Saí à rua
Espantei-me
Com a beleza
Estonteante da Lua
Pareceu-me ver a silhueta
De um corpo de mulher
Estava nua
Rememorei tempos idos
Mirava-te
A desvencilhar-te lentamente
Das abas do teu vestido
Extasiado de desejo
Qual vulcão enfurecido
Qual abelha saciava-me
Do nécta da tua boca
Do beijo sabor de mel
Da mais nobre flor do campo
Sentia-me no paraíso
N'um pedacinho de céu
Quicá ao adormecer
Ao menos venha a sonhar
Nos dois naquele lugar
Nevoa em forma de véu
E uma brisa suave
Novamente nos soprasse
Ao amanhecer do dia
E que envolto em magia
Lentamente eu acordasse
Saciado tal qual antes
Mirasse a vir lá distante
Flutuando tal qual plumas
Você de braços abertos
Com seu sorriso marfim
Correndo de encontro a mim
Como tu fazias antes.

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