FLUTUANDO NO ESPAÇO
Quando a vejo mesmo ao longe
Meu corpo se aquece qual vulcão
Não sei se isso é amor
Ou se apenas paixão
Só sei que me basta vê-la
Pra olvidar solidão
Imagino se pudesse
Envolve-la num abraço
Sei que me sentiria
Flutuando no espaço
Não sei dizer se é sandice
Ou se alucinação
Só sei que me basta vê-la
Pra' aquecer meu coração
Com ela sonho acordado
Qual miragem a vejo sempre
Olhar certeiro qual flecha
Impregnou minha mente
Sei que jamais a terei
Pois sei que enveredei
Por um caminho sem volta
Quando fui abri a porta
Para um sonho inconsequente.
DOCE CANDURA
Você chegou como um raio de sol
Assim meio que de repente
Descortinando uma nuvem densa
Que pairava sobre minha mente
Como sendo fruto do acaso
Surgindo do nada
O nada não existe
Afugentou o meu viver tão triste
Estava eu
Ha tanto tão recluso
Envolto em tédio
Sem um horizonte
Seu jeito meigo
Terno transparente
Um anjo bom
Clareou-me a mente
Oh doce fada
Candura magia
Ter-te comigo
É o que eu mais queria
Mas consciente
Do nada que sou
Guardo no peito
Esse insano amor!
MIRAGEM
Olhei pro alto
Mirei uma nuvem
Nela refletida
Vi a tua imagem
Sorriso belo
Estavas nua
Olhei novamente
Era só miragem.
RETÓRICA
Me erdi n'um labirinto de incertezas
Divaguei perambulei me penitenciei
Por algo que nunca existiu
E num lampejo derradeiro me dei conta
De que foi tudo em vão
De tanto te querer
Perdi a lógica
Perdi o senso
Na retórica
Do tempo perdido
Solidão.
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