"Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá"
Cantava; lá não mais ví
O latifúnidio arrancou
E sabiá não há mais
O agrotóxico dezimou
Quão triste ver lá nas brenhas
Onde a infãncia passei
Que caatingas não há mais
A ganância as destruiu
Não ví um só pau-pereiro
Daquele torrão sumiu
Arribaçãs que se via
Aos bandos esvoçando
Só se ver se for em sonho
Ou então devaneando
Preás e outros da fauna
Que haviam naqueles anos
Juazeiros, macambiras
Algaves que haviam tantos
Baraúnas, mulungus
Quichabeiras nos barrancos
Não resistiram e sumiram
Causando-nos desencanto.
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