UTOPISTA
Houvesse mais respeito a Natureza
Os homens fossem menos egoístas
Minorada fosse a avareza
A paz não seria utopista.
GAZELA
Pensando nela fico noites acordado
Arde-me o peito qual chama de vulcão
Vejo seu rosto cabelos cacheados
Sorriso franco dilata-me a emoção
Lábios carnudos sinônimo de pecado
Olhar certeiro flechou o meu coração
Quando ela anda seu jeito de gazela
Fêmea tão bela aguça-me a ilusão
Basta-me em sonho senti-la do meu lado
Para olvidar que exista solidão.
ACORDEI
Quanta vez em pensamento
Já despir teu sentimento
Já sentir teu coração
Já vivi mil fantasias
Já amanheceu o dia
E eu envolto em solidão
Já vi teu rosto na lua
Já vi teu corpo molhado
Já fiquei extasiado
Qual fosse alucinação
Já divaguei pelos campos
Já me esparramei na relva
Acordei
Foi só um sonho
Foi só imaginação.
FLUTUANDO NO CHÃO
Todo círculo é vicioso
Todo vicio é circular
Assim é o desejo
A vontade de amar
Dá-se volta pelo mundo
Sem se sair do lugar
Se pensa que está doente
Com o peito quase a sangrar
Qual um rio caudaloso
Que vai desaguar no mar
A diferença é que o rio
Tem começo meio e fim
Diferente desse impulso
Que não se afasta de mim
Que machuca e dói na alma
Mas que faz-me bem mesmo assim
Que faz sonhar acordado
Que faz noites não ter fim
Leva a flutuar nas nuvens
Tamanha alucinação
Faz voar ao infinito
Mesmo sem sair do chão
Um sentimento cortante
Qual um fio de navalha
Mas que eleva o espírito
Seja de nobre ou de rico
Seja de nobre ou de rude
Como num círculo igualmente
Que deixa a todos contente
Se tem no peito a semente
Desse sentimento nobre
Quando amor a gente sente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário